31.3.12

Ontem no Conselho Nacional do CDS

Ontem estive no Conselho Nacional do CDS em Leiria, em nome da seriedade e em coerência com o que tenho defendido fiz uma proposta de alteração ao regulamento autárquico que estava a ser debatido e que foi aprovação.
A pouca vergonha que se tem vindo a passar com as avenças em Odivelas, onde pessoas ligadas ao PS e PSD, já usufruíram, desde as eleições de autárquicas de 2009, de várias centenas de milhares de euros de avenças, as quais já levaram inclusive a que muitos renunciassem aos seus mandatos na Assembleia Municipal, foi o exemplo dado para ilustrar a alteração que propus.

A proposta de alteração que fiz foi aprovada por unanimidade.

29.3.12

Diferenciar a morte é anti Constitucional

É inaceitável cobrar mais para fazer descer à terra um caixão de um muçulmano

A descriminação entre religiões viola a Constituição da República Portuguesa e, por isso, é inaceitável que se pretenda cobrar mais para fazer um enterro muçulmano que de outros credos”, disse o vereador Paulo Aido relativamente à proposta de regulamento e taxas e outras receitas municipais que foi, ontem, à reunião de Executivo do Município de Odivelas.

O autarca afirmou: “Não podemos diferenciar a morte, nem torná-la num exercício meramente economicista. Cobrar mais por enterro em urna de madeira, em talhão muçulmano, só porque a cavidade tem mais dois palmos de profundidade, outros tantos de comprimento e o corpo tem de ficar virado a Meca, é caricato, anticivilizacional, anti urbano e nem oferece qualquer discussão. Trata-se de um valor cobrado para fazer descer o caixão à terra”.

Mais angustiante se torna – prosseguiu – quando se pretende votar esta descriminação, quatro dias depois de a Câmara Municipal ter promovido o fórum inter-religioso intitulado “Proximidade e Cidadania”, realizado aqui, neste mesmo local onde agora estamos”.
Paulo Aido interrogou: “Afinal de contas, em que estádio fica a nossa decência de cidadãos plurais e fervorosos adeptos da igualdade de oportunidades?”

O vereador independente recordou o nº 2 dos artigos 13º e 41º da Constituição da República, - este último que resume o facto de “ninguém poder ser perseguido, privado de direitos ou isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou práticas religiosas” – e ainda a Lei da Liberdade Religiosa e a Convenção para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais.

Ministro das finanças meteu-se com Salazar

Brandão Ferreira, um piloto aviador, também ele autor de algumas crónicas responde à entrevista do ministro das finanças ao jornal “Sol” no passado dia 23 de Março. Naturalmente, reconhecendo que nunca fez sentido apelar por uma doutrina salazarista, importa jamais esquecer alguns conceitos de Oliveira Salazar. Uma questão é assumirmos uma posição anti prepotência, claramente contra a violação de alguns direitos elementares dos cidadãos, outra será questionar todo o exercício de uma carreira política e, sobretudo, das opções de Salazar. Não há certamente nenhum político que tenha somente desempenhado uma magistratura negativa.


O texto de Brandão Ferreira que se publica não deixa de ser pertinente.
“O Dr. Victor Gaspar não tem sido lá grande coisa a explicar as linhas mestras da política financeira do governo, tirando a “austeridade” que, aliás, não precisa ser explicitada pois a gente sente-a…
E como fala a 33 rotações por minuto, as pessoas mudam de canal antes de ele conseguir chegar ao fim. Talvez por isso, tenha resolvido dar uma entrevista ao jornal “Sol”, no passado dia 23, em que disse isto: “Salazar optou por uma estratégia de fecho do País sobre si próprio. Durante décadas prescindiu da possibilidade de se financiar nos mercados financeiros internacionais. A nossa opção é diametralmente oposta”.
Bom, aqui o caso fia mais fino.
E não parece arriscado afirmar, que o Sr. Ministro não tem a mais pequena noção do que andou a dizer. Convém lembrar ao agora Ministro das Finanças, que a situação em 1928 tem pouco a ver com a actual. Lembramos alguns pontos cruciais: Nos finais da Monarquia Constitucional, Portugal era um País profundamente doente em termos políticos, sociais, económicos, financeiros; porém, os desatinos indiscritíveis da I República transformaram o corpo (e a alma) do doente, em moribundo. Em 1926, havia dois problemas que estavam à cabeça de todos os existentes: o problema da bancarrota e o problema da ordem pública (ou falta dela) – talvez o Sr. Ministro não tenha ideia, mas Lisboa assemelhava-se à Bagdad dos últimos anos.
A Ditadura Militar foi tratando da Ordem Pública (sem o que não se consegue fazer nada), mas foi incompetente para resolver o problema financeiro. E quando se tentou obter mais um empréstimo com o aval da Sociedade das Nações (uma “troika” da época), as condições eram de tal modo pesadas que foram tidas como atentatórias da dignidade nacional e recusadas. Não sei se esta coisa da “dignidade nacional” lhe diz alguma coisa, Senhor Ministro, aos seus colegas ou a quem vos antecedeu. V. Exª o dirá, senão por palavras, certamente por actos. Todavia, recusado o empréstimo, o problema financeiro mantinha-se e agravava-se. Por isso foram buscar, novamente, o tal professor de Coimbra. O filho do caseiro humilde do Vimieiro tinha fama de competente mas, também, de pessoa séria, que é um título que os homens públicos hodiernos têm dificuldade em ostentar.
É certo que Salazar colocou condições para aceitar o cargo e veio a impor uma “ditadura financeira”, que obteve um sucesso rápido e extraordinário, criando um "superavit" nas contas em menos de dois anos. No entanto, parece-me que a ditadura dele foi mais benigna e lúcida do que a sua, já que no primeiro caso, tendo sido estabelecido um orçamento para cada ministério, os respectivos ministros tinham alguma autonomia para o gerirem no seu âmbito. O que já não acontece com o actual inquilino das Finanças que se arroga o direito, por exemplo, de autorizar ou não, a contratação ou promoção de pessoas, caso a caso ou a conta-gotas! Será que o seu ego anda a fazer concorrência ao “petit” Sarkozy? Vejamos agora o estado do País quando o jovem Gaspar foi para a ribalta. A seguir à loucura do “PREC” dessincronizou-se todos os aspectos da vida em Portugal e os sucessivos governos foram-se aguentando graças à “pesada herança” em ouro e divisas (deixada por aquele que agora critica), e a duas intervenções do Fundo Monetário InternacionaI (1977 e 1983). Depois da nossa entrada na Comunidade Económica Europeia, em 1986 – de cabeça e de qualquer maneira – começaram a jorrar rios de dinheiro (aparentemente) fácil, das diferentes “ajudas” comunitárias, que foram utilizados com pouca parcimónia, muita aldrabice e nenhuma preocupação com o futuro. Puseram-se em marcha políticas e estratégias muito erradas e outras apenas erradas. Digamos que a única verdadeira mais - valia que se conseguiu foi a melhoria da qualidade do vinho que, por sinal, já era boa! (o que deve explicar o estado de bebedeira colectiva em que mergulhámos).
E fizemos tudo isto depois de termos renegado o Ultramar e toda a nossa História dos últimos cinco séculos (à excepção da proclamação da República), quando poderíamos ter sido uma “CEE” sozinhos, onde mandávamos tudo enquanto agora não mandamos … nada. Ou seja, o regime político pós 1974/5 e os órgãos do Estado que o serviram, nada conseguiram fazer com mais-valias por si geradas, apenas conseguiram fazer coisas com o dinheiro de outros e a mando de outros. E o recurso aos mercados, que o ministro das Finanças tanto gaba, apenas serviu para, agora, termos uma dívida … colossal! Belo saldo. Resta acrescentar que, sendo a dívida actual, muito superior à de 1926, o País não foi afectado por nenhuma guerra, nos últimos 37 anos e que, à excepção de greves, tem gozado de paz social.
Mesmo assim, os órgãos de soberania não encontraram melhor solução do que se rebaixarem a terem uns estranhos a tentar por ordem na nossa casa, segundo uma política que de nacional não tem nada. Os senhores não têm mesmo vergonha na cara, pois não? Não foi assim no final dos já longínquos anos 20. Portugal teve que atravessar o “crash” financeiro da Wall Street, de 1929, seguido da crise da libra (a que nós estávamos ligados), que se prolongou pelos anos 30; depois apanhámos em cheio com a Guerra Civil de Espanha, logo seguida pela II Grande Guerra. E sabe Sr. Ministro, o País não deixou de progredir, passou por tudo sem perder nada de seu, reganhou dignidade e o respeito das grandes potências e logo, a partir de 1935, conseguiu reunir os fundos suficientes – “mesmo estando fechado sobre si mesmo” – para investir na economia que nunca mais parou de se desenvolver até atingir um crescimento de 6,9% ao ano, em 1973 (no Ultramar era ainda superior). E tal foi conseguido apesar de só raramente se ter pedido dinheiro emprestado, que logo era pago a pronto e a horas.
Mesmo o Plano Marshall foi declinado, apenas se aproveitando alguma ajuda tardia a qual foi devolvida (apesar de ser a fundo perdido), em 1962, como bofetada ao governo americano depois da funesta política que a Administração Kennedy passou a ter para com o nosso País. Mas eu compreendo que o Sr. Ministro das Finanças não entenda nada destas coisas, pois ele formou-se em conceitos muito mais modernaços e práfrentex. Pois é, só que a política e opções seguidas que agora quer contrariar “diametralmente”, puseram Portugal a salvo de especulações dos mercados, garantiu uma das moedas mais fortes e respeitados do mundo e nunca deu azo a que o capital apátrida ou quem o movimenta, pudessem beliscar a soberania dos portugueses. O mesmo se poderá dizer do muito criticado “condicionalismo industrial” que, certamente não foi perfeito, mas harmonizava as necessidades com as capacidades e impedia as negociatas entre empórios e a promiscuidade entre empresários, financeiros e políticos.
Por isso, não há notícias de naquele tempo haver Parcerias Público-Privadas, contratos com Lusopontes, esquemas de "scuts", derrapagens e mais um sem número de poucas vergonhas que hoje nos sufocam e deminuem! Mas o que é que isto pode interessar aos “adiantados mentais” que nos governam? Eles andam muito à frente…Salazar mesmo “voltado para dentro” nunca teve portas fechadas e resolveu os problemas. Agora o Sr. ministro, e outros, voltam-se muito para fora e só levam com portas na cara. E quando conseguem algo é com juros leoninos e usurários…O Sr. Dr. Vítor Gaspar já sabe, por acaso, qual é o buraco financeiro do País? Tem alguma esperança – seja honesto – de poder vir a pagar, não direi a dívida, mas os juros da mesma, nos próximos 100 anos (mesmo acabando com os feriados todos e exterminando até, o último militar)? Tem alguma expectativa de quando vai ter um mínimo para investir na Economia, ou de quando pode dispensar a Troika? É claro que não sabe nem tem esperança de saber. A única coisa que se sabe é que vai a caminho de ter 10 milhões de desempregados e que o País vai parar e desintegrar-se aos bocadinhos. E se “alguém” nos emprestar dinheiro é para ficarmos escravos, modernos, mas escravos. Nessa altura o Senhor estará, possivelmente, a salvo com um bom emprego num dessas organizações internacionalistas sem rosto que andam a destruir os Estados-Nação. Finalmente, o mal-amado Salazar esteve 48 anos no poder (os actuais já vão em 35), mas sempre foi de uma integridade imaculada, deu o exemplo e não deixava que outros responsáveis pusessem o pé em ramo verde. Quando morreu viraram-lhe os bolsos do avesso e só descobriram cotão e meia dúzia de contos, que ele amealhara para os seus gastos pessoais. Os senhores, agora, são ávidos de tudo e não dão o exemplo de nada. Por isso, não conseguem por ordem seja no que for.
Um último alvitre: Salazar conseguiu colocar ao seu lado e ao lado das suas políticas a maior parte da Instituição Militar. Nas últimas décadas as Forças Armadas têm sido completamente alienadas pela classe política. Situação dificilmente reversível. Por isso, Dr. Gaspar, quando balbuciar o nome do Estadista Salazar, comece por se por em sentido, depois ajoelhe e a seguir faça um acto de contrição. E fale só do que saiba. Não se queira comportar como um rapazola. Um rapazola deslumbrado”.

Hipocrisia política de António Costa.

O 31 da Armada demonstra bem, com esta imagem, a forma como António Costa, á boa maneira socialista, promove por um lado a demagogia e por outro a hipocrisia.
A demagogia, porque no que se refere ao ambiente a imagem é bem representativa. A hipocrisia, porque apesar dos socialistas estarem sempre a dizer que defendem os mais desfavorecidos e os que têm menos possibilidades, mais uma vez vão ser as maiores vítimas.

GRANDE MOMENTO!!!

8 ou 80.


Ontem e hoje tenho ouvido e lido vários comentários sobre alguns sinais positivos que têm aparecido nos mercados, nas estatísticas e por conseguinte nas notícias, inclusivamente já ouvi: a crise está a passar!

Indubitavelmente prefiro as boas notícias às más, prefiro ver sinais positivos a negativos, mas esta tendência que temos, para num ápice passar do 8 para os 80, é tramada.

Estamos a lutar, é certo. Está-se a fazer um esforço titânico para que ela termine, também é certo. Mas uma crise desta dimensão, a qual tem subjacente uma série de vícios e problemas estruturais, não acaba de um dia para o outro em meia dúzia de meses.

Na minha opinião a crise não acabou, nem tão pouco está para terminar tão depressa e mesmo que se consiga minimizar um pouco, se não se fizer o que é objectivamente necessário e isso não é fácil nem indolor, nunca mais nos livraremos dela.

27.3.12

D. Dinis renasceu!

El. Rei D. Dinis
Peça em chocolate - C.F.P.S.A. (Pontinha). 


Há anos, pelo menos desde o início de 2006,  que venho insistindo para o facto de Odivelas não valorizar um dos seu grandes activos, a marca D. Dinis. Voltei a insistir aquando do concurso televisivo "O Grande Português", pois entendo que D. Dinis é uma das mais importantes figuras da História de Portugal e que a nossa Terra teria muito a ganhar caso o seu nome tivesse sido o vencedor. Na altura lancei  o repto para que fosse feita uma campanha nesse sentido, mas ... .

Sei que poucos ligaram, ou se ligaram nada fizeram, mas é com agrado que vejo que desde há um pouco mais de um ano, depois da elaboração do Projecto de Revitalização e Dinamização do Comércio Local em Odivelas no qual participei em conjunto com um grupo alargado de cidadãos, depois da Petição Pública para a abertura ao público do Mosteiro de Odivelas e de uma série de iniciativas promovidas pelo Pensar Odivelas, com o intuito de assinalar os 750 anos do seu nascimento, D. Dinis começa a estar de novo presente em Odivelas.

O fim-de-semana passado ficou marcado por um magnífico Cortejo Real em homenagem a D. Dinis, o qual foi organizado pela Igreja de Odivelas, no qual participaram cerca de 100 figurantes e cujo a organização exigiu um enorme esforço a vários cidadão anónimos e no final desta semana, talvez para tentar apanhar uma boleia da população, a Câmara Municipal, depois de ter promovido um Congresso em Outubro passado, o qual foi um fracaso total, organiza mais um Congresso sobre D. Dinis, ao qual hironicamente chama de primeiro, o qual esperamos que corra melhor.

Ludwig Rohe foi o pai do 'International Style'

Faz hoje 126 anos que nasceu o arquitecto alemão Ludwig Mies Van der Rohe que ficou conhecido pelo racionalismo, pela utilização da geometria vincada e pela sofisticação com que utilizou os elementos geométricos na óptica do racionalismo do próprio espaço. Poderemos considerar que Ludwig Rohe um claro adepto do cubismo. Aliás, a característica da arquitectura de Rohe está evidente em uma das suas obras mais conhecida, o pavilhão alemão na Feira Mundial de 1929 que se realizou em Barcelona, e se encontra documentada junto desta publicação.
Este arquitecto alemão ficou intimamente ligado à Universidade de Bauhaus onde foi professor e à criação do que se viria a chamar de “International Style”. Propõe materiais ainda hoje considerados vanguardistas, como o aço industrial e os vidros para definir espaços interiores e a aparência exterior. Exemplo da ainda actual faculdade de arquitectura de Illinois, nos Estados Unidos. Tornou-se conhecido pela constante procura da ‘purificação’ das formas no ensejo que se apelida por minimalismo.
Ludwig Rohe - que faleceu na cidade norte-americana de Chicago, a 17 de Agosto de 1969 – também ficou famoso pelas várias frases cridas como por exemplo, "less is more " ("menos é mais") e "God is in the details" ("Deus está nos detalhes"), duas das mais famosas em todo o planeta.
Celebramos, hoje, um aniversário que ocorreu um ano antes do nascimento do pintor cubista, espanhol, Juan Gris, comemorado no passado dia 23. Rohe foi uma das figuras mais importantes da Alemanha contemporânea ainda que as suas grandes obras tenham sido realizadas nos anos em que viveu nos Estados Unidos.

O princípio do fim do facilitismo?

Será que com esta medida vamos começar a acabar com o facilitismo, o qual podia dar boas notas nas estatísticas europeias, mas que dava péssimos resultados em termos práticos???

Espero bem que sim.

23.3.12

Juan Gris, um dos melhores do cubismo

Para os amantes do cubismo, passam hoje 125 anos do nascimento do espanhol Juan Gris pseudónimo de Juan José Victoriano González.
O pintor madrileno, apesar de ter morrido aos 40 anos, integrou o movimento cubista em 1912 e ficou celebre pela sua primeira exposição individual, realizada na
Galeria Sagot. Juan Gris foi influenciado por Pablo Picasso de quem se tornou amigo.

Um sobrevivente

O palacete da antiga Quinta dos Pombais é uma das mais emblemáticas edificações da cidade de Odivelas. Data de 1715, ainda que, em rigor, não se saiba por quantas reabilitações passou. Porventura quase nenhuma.

Seja como for, é um dos simbolos de uma história passada que se mantêm viva, em pleno centro da cidade, no Largo da República. Pena é que a escassos 200 metros o mesmo não se passe com o Palácio da antiga Quinta do Espírito Santo, adquirido pela Câmara Municipal e agora deixado ao abandono e em avançado estado de degradação.

Mas este imóvel, sobrevivente ao desenvolvimento desenfreado da urbanidade, merecia agora enquadrar-se num espaço público mais cuidado - o Largo da República pede uma requalificação e reorganização do trânsito e do espaço para estacionamento.

No Reino Unido, jogo de futebol acaba com 58 golos

Marcarem-se 5, 6 ou mais golos num jogo de futebol não é comum. Agora, imagine-se uma equipa marcar nada mais que 58 golos em 90 minutos de jogo. Ou seja um golo por cada minuto e 55 segundos. Isto mesmo aconteceu no Reino Unido numa partida entre o Wheel Power FC e o rival Nova 2010 FC, da Liga amadora Torbay Sunday. Mas o mais inacreditável é que os golos foram todos apontados por uma das equipas, a Wheel Power FC que venceu por 58-0!
Segundo o Correio da Manhã, na sua edição online, à passagem do minuto 5 já o líder do campeonato estava em vantagem por 5-0 e, ao intervalo, o marcador acusava já uma diferença de 20 golos. O mesmo artigo refere que os jogadores do Nova 2010 FC ainda pensaram em desistir quando a desvantagem era já de 50 golos… Mas aí o árbitro advertiu com a legislação: o abandono prematuro do relvado resultaria numa coima.
A notícia confirma que este é um novo recorde que ultrapassa o anterior de 55-0, obtido em Novembro pelo Illogan frente ao Madron FC, também em Inglaterra.

Um bom momento

Sumo de morango natural?
Polpa de morango diluída?
Chamem o que lhe quiserem.
Parece simples: morango, água, açúcar e gelo, quanto baste, e meia dúzia de voltas no shaker.


Depois de vertida num copo, acrescenta-se um pé de hortelã.
A textura é a de um batido. O resultado é excelente. É revigorante num final de tarde.
A habilidade é do Ricardo Santos, do Forno da Cidade, aliás um reconhecido especialista em receitas para bebidas.
Aconselha-se.

22.3.12

Compra-se fora em vez de negociar com empresas do concelho

Award Citroën veio para concessionário de Odivelas
No seguimento da entrega de um Award Citroën, na semana passada, em Paris, a um concessionário português e de Odivelas, a Auto Infantado, o vereador Paulo Aido, na última reunião do Executivo camarário recomendou que, “doravante, a Câmara Municipal de Odivelas tenha especial atenção nas suas aquisições, para dar o exemplo que é apoiando as empresas do Concelho que se ajuda na criação de riqueza e emprego, porque a agora galardoada com um prémio europeu de qualidade foi preterida na aquisição de automóveis da própria Presidência da Câmara de Odivelas.
Paulo Aido considerou que “o efectivo apoio às empresas do concelho é mais importante que a Agenda para o Desenvolvimento, Inovação e Emprego, onde a Sra. Presidente da Câmara de Odivelas e o Sr. Vereador com o pelouro das actividades económicas visitam empresas do concelho para a fotografia da Newsletter do Município”.
E adiantou: “Este é um bom exemplo de que importa passar das palavras aos actos, ou tudo não passará apenas de uma encenação, porque Odivelas deve orgulhar-se de todos os cidadãos e empresas que se destacam pela qualidade. Este prémio vem demonstrar que, mesmo em momento de crise, é possível vencer todos os desafios e olhar para o futuro com maior esperança.”

Injusto, mas o risco de quem opta pela vida pública

Não é justo expôr a vida pessoal de cada um de nós nos meios públicos. Mas este é a outra face da moeda para quem escolhe uma vida - ou parte dela - pública, particularmente num meio que mexe com demasiados interesses e num País onde a transparência não é decididamente uma prática comum.
Os árbitros e todos os outros actores do futebol profissional arriscam-se a ficarem mais expostos. Estranha-se é esta onda de indignação de quem, afinal, não deve temer nada, antes regozijar-se de uma vida transparente, imbuída de valores morais elevados concordantes com a actividade de juiz nos jogos de futebol profissional. Quem não se quer expor, quem não gostam que lhe conheçam as virtudes e defeitos, só tem um caminho: sair da actividade.
É assim, com os políticos, actores, os próprios futebolistas e muitos outros profissionais da fama.
Não me parece que este acontecimento seja tema para tantas notícias quando o País se confronta com outros casos bem complexos e que levantam sistemática controvérsia a deixar antever que a Justiça não funciona, muito por força da legislação, mas certamente pela inércia de todos e corporativismo das instituições.
Este caso da publicação de dados sobre a vida dos árbitros será apenas um caso de polícia, por estarmos perante um suposto furto de uma base de dados das instalações de uma associação profissional. E nada mais que isto!

Fiel aos compromissos.

Quando assumimos compromissos, mesmo que em regime de voluntariado, devemos cumpri-los e quando por alguma razão não os podemos cumprir, devemos anunciá-lo.

Entendo-o assim, porque, para além de tudo o mais, ao assumir compromissos, mesmo que para serviço de voluntariado, mais não estamos que a comprometermo-nos e aí o voluntariado torna-se uma obrigatoriedade.

Torna-se principalmente importante, quando com isso nos comprometemos com um grupo e esse grupo, com base nesse prossuposto, se compromete com um grupo ainda maior.Esta é a minha forma de estar na vida, por isso transporto-a com naturalidade para todos os campos e periodicamente faço a este respeito um exame de consciência.

Por norma sou muito exigente e pouco condescendente, pois entendo que só sendo honesto comigo próprio, o poderei ser com os outros e só sendo exigente comigo próprio, terei autoridade para exigir o mesmo dos outros.

Estarei errado?

21.3.12

ODIVELAS: CORTEJO REAL é já no Domingo!


Maria Máxima
(Rainha Mãe)

Pelas 10h e 30m, iniciar-se-à um cortejo real (homenagem a D. Dinis) à entrada de Odivelas, na rotunda junto à escola Avelar Brotero. Cerca de 100 figurantes, integrarão o cortejo.

À cabeça do cortejo suas Magestades, EL-REI D. DINIS e a RAINHA SANTA ISABEL, montados em belos cavalos. O Bispo de Lisboa, e toda a corte vão a seguir. Mais atrás, como sempre, os populares.

Não faltará a figura do bobo, sempre presente nestas ocasiões, para divertir a Corte.

El-Rei nos dirá, o que o trouxe a Odivelas.



O percurso:

Rua Guilherme Gomes Fernandes,

Av.ª D. Dinis,

Rua Dr. Manuel Simões Gomes Coelho,

Rua do Espírito Santo,

Rua do Neto,

Rua Guilherme Gomes Fernandes (voltamos a entrar nesta rua),

Largo D. Dinis.

 

Venha assistir!

19.3.12

'Portugal Connosco' nos CTT de Odivelas



Rui Barbosa Antunes dá, amanhã, uma sessão de autógrafos em mais uma apresentação do livro “Portugal Connosco, o Olhar dos Carteiros”. Desta vez, será em ‘casa’, na Estação dos CTT de Odivelas, na Rua do Espirito Santo, a partir das 15 horas.
Rui Barbosa Antunes é o carteiro de Odivelas que contribuiu para a edição deste livro fantástico que mostra o Portugal na perspectiva de quem palmilha avenidas, ruas e vielas, nas cidades, vilas e aldeias de mala às costas com o correio de todos nós.
“Portugal Connosco, o Olhar dos Carteiros” tem textos de Pedro Coelho, Miguel salema Garção e Filipa Oliveira, e muitas fotografias que merecem distinção, que nos permitem um olhar diferente sobre o que nos rodeia e, muitas vezes, não damos grande importância.

Dia do Pai.

16.3.12

14.3.12

Ainda o número de equipas.

Há alguns anos, muitos chamavam-me louco quando eu defendia que a primeira liga de futebol não deveria ter mais de dez equipas e ser disputada a quatro voltas. Parece que agora já há mais a dizer  o mesmo (Oliveira e Costa ainda ontem o afirmou na TV), mas acrescento que os factores de subida e descida de divisão não deveriam ser só os resultados desportivos, no mínimo a situação financeira e a média de assistência aos jogos também deveriam ser consideradas.
Não é leal quem não cumpre com as suas obrigações competir com quem cumpre e não faz sentido algum, num espectáculo que é de massas e do qual a assistência faz parte ver estádios vazios.

Cancro da mama.

Campanha de alerta a decorrer no Brasil

13.3.12

No futebol continuam as loucuras.



Na minha opinião a 1ª Liga de Futebol, para que se possa tornar competitiva, minimamente rentável e até exportavel, não tem capacidade ter 10, no máximo 12 equipas. Hoje
vi a notícia que em vez de a reduzirem, vão aumentá-la.


Enfim, ....






11.3.12

'Award Citroen' vem para Odivelas

Os Awards Citroen vão ser entregues em Paris. Um virá para Portugal, para Odivelas, para o concessionário Auto Infantado. A empresa do grupo Arnaldo Dias é distinguida pela qualidade e
satisfação global do cliente, no desenvolvimento da actividade comercial, mas também na assistência técnica e no pós-venda. Esta particularidade é medida pela ‘casa mãe’, ao longo de um ano e somando um conjunto de factores, muito longe de serem aleatórios.
Afinal de contas, trata-se de uma das mais poderosas e importantes indústrias planetárias, principalmente pelo peso da empregabilidade e tecnológico que tem.
Coincidência é que a entrega destes prémios, na capital francesa, ocorre num momento em que a marca lança o seu mais recente produto da gama média alta, o modelo DS5, muito especial porque pretende regressar à audácia que marcou a marca há mais de meio seculo, combinar a tecnologia actual do sector com um design exclusivo. Vejamos dois parâmetros disso mesmo:
- O modelo apresenta uma versão que, para já, é única no globo, um diesel hibrido – ‘Hibrid 4’ -, ou seja um veículo que ao motor de 166 cavalos junta um outro eléctrico sobre o eixo traseiro com 36 cavalos o que acaba por lhe conferir ainda a mais valia da tracção às quatro rodas e uma potência total de 200 cavalos. Pena é que no mercado nacional a versão custará mais de 44 mil euros. No essencial, estamos perante tecnologia semelhante à concebida pelo grupo Fiat, introduzida nos modelos, Opel Ampera e Chevrolet Volt, só que estes são a gasolina e ambos os propulsores encontram-se na dianteira;
- O habitáculo foi concebido na inspiração de um cockpit de um avião com duas consolas centrais, uma ente os passageiros da frente e outra no tejadilho num claro objectivo de manter a ergonomia no acesso a todos os comandos das funções electricas ou electrónicas essenciais do veículo.
Os ‘Awards’ da Citroen são entregues num evento que se inicia amanhã, segunda-feira, e se prolonga por dois dias. É a segunda vez que a Auto Infantado recebe este prémio de excelência e desta será trazido por Anabela Dias. Odivelas será ouvida por uns milhares de convidados de todo o mundo.

Hospital de Loures: A "inauguração"


Hoje tive a oportunidade de estar presente na cerimónia de inauguração do novo Hospital de Loures, algo que logo à partida, porque este equipamento já está aberto e a funcionar há algum tempo, foi sui generis.

Já para não falar de toilettes e de vaidades, aquilo não era uma festa noturna, houve algo mais que foi sui generis. Na porta havia uma manifestação e no interior, de fato e gravata, estavam alguns dos que a promoveram. Também, tendo eu conhecimento, por via de várias mensagens que recebi, sobre de vários problemas que têm acontecido no atendimento dos doentes (horas e horas de espera), não ouvi nos lindos discursos uma palavra a esse respeito, não precisava de se dizer muito, mas uma referência ….

Odivelas: Quando a merda origina acidentes.

Um dos acidentes.

Ontem em Odivelas houve uma fossa que esteve a jorrar, durante várias horas, os seus líquidos para uma curva da Estrada da Paiã, situação que tornou o piso escorregadio e por isso provocou vários acidentes.
Como esses acidentes provocaram prejuízos materiais e vários veículos pergunta-se agora de quem é a responsabilidade?

Nota: Da Polícia a resposta foi esta.

A origem dos acidentes.

Odivelas: Depois de um acidente.

“Uma pescadinha de rabo na boca”

Depois de um pequeno acidente ontem nas Patameiras (Odivelas), provocado pelo esgoto de uma fossa que deitava os despejos para a estrada e por isso a tornava escorregadia, o sinistrado telefonou para a esquadra de Odivelas a fim de chamar as autoridades para tomarem conta da ocorrência. O circuito do telefonema foi o seguinte:

Vou passar a chamada para a Divisão de Transito (Póvoa), daqui passaram a chamada para S. Julião do Tujal, depois para a Esquadra da Pontinha e quando chegou a esta, para espanto total disseram: isso não é connosco, vou passar para a esquadra de Odivelas.

9.3.12

Odivelas - O Melhor Álbum!!!


Na PSP de Odivelas, só um carro patrulha circula

O concelho de Odivelas é seguro. É bom para viver. Existem muitos outros com maior registo de criminalidade”, eis as afirmações do comandante da esquadra da Policia de Segurança Pública de Odivelas, feitas, ontem, no decorrer da entrega do prémio municipal Beatriz Ângelo. Compreende-se que aquele graduado da PSP quisesse sossegar a plateia quase toda formada por pessoas de idade mais avançada.
No entanto, a realidade é diferente: o maior problema poderá não se prender com as estatísticas das ocorrências, mas seguramente com os meios disponíveis da PSP de Odivelas, principalmente no que respeita à mobilidade.
Em Odivelas, pelo menos esta semana, só um automóvel se encontra em condições de fazer serviço. Os outros, que não são muitos, estão imobilizados por razões que se prendem com maiores ou menores avarias. Não há dinheiro para pagar as intervenções em oficina.
Assim, as rondas são feitas a pé ou, em alternativa em veículos particulares. Até já aconteceu quem tenha emprestado uma viatura para viabilizar o patrulhamento nocturno, principalmente na cidade de Odivelas. Porventura chegou o tempo de sermos solidários com as autoridades se quisermos dormir mais seguros.

Dia da Mulher 3

Para além de tudo o que escrevi no post 1 e no post 2, também gosto de mulheres bonitas, cultas, simpáticas, elegantes, honestas, sérias, etc., etc., etc..
Isso é importante!!!


Dia da Mulher 2

Para além do que no post anterior escrevi, há mulheres que se tornaram, pelo seu testemunho, verdadeiras referências. Podia citar vários exemplos, mas como ainda há pouco morreu uma, DªMaria Adelaide de Bragança, fico-me por este exemplo. Ela lutou com enorme coragem por aquilo em que acreditava, enfrentou a força da Alemanha de Hitler (chegou a estar presa), tendo inclusivamente colocado de forma consciente a sua vida em perigo e dedicou outra parte importante da sua vida, prejudicando até a sua família, a ajudar pessoas desfavorecidas. E fico por este exemplo, porque para além das causas e da forma como se empenhou, nunca disso fez publicidade, nem tão pouco algum alarido. Uma pessoa não é alguém por aquilo que diz ter feito, mas sim pelo que fezz, ou, quanto muito, pelo que faz.

Há pouco tempo, quase por acaso, descobri que houve uma Mulher, a qual morreu há cerca de 74 anos, que para além de muito ter escrito, coisa rara na época, e, segundo constam alguns relatos, de ter colocado a vida de muitos outros à frente da sua, sempre quis ser a Maria Ninguém.

É essa Mulher que hoje recordo e deixo por isso aqui a forma como a conheci.

Bem Haja!
 



Dia da Mulher 1.

Definitivamente que quem manda ou comanda a minha vida são as mulheres. Não tenho sobre isso qualquer dúvida, nem tão pouco qualquer problema em assumir, até porque as que têm voto nessa matéria são fantásticas. Há muito que me entreguei em boas mãos, nas da minha mãe, nas da mulher com quem casei, nas da minha filha e nas de Nossa Senhora. Por isso, para mim, todos os dia são: Dia da Mulher.

8.3.12

Hoje é dia de colocar:


Nota: Não só porque ganhou, mas porque nasceu mais um SPORTINGUISTA.

"Aula" na Escola Miguel Torga



Paulo Aido contou histórias do livro “A primeira derrota de Salazar”

O general Vassalo e Silva, então governador da Índia portuguesa, foi um herói porque, sozinho, decidiu salvar de um massacre a vida de três mil e quinhentas militares, de muitos outros milhares de civis e um edificado que é hoje Património da Humanidade”, afirmou Paulo Aido, durante uma palestra sobre o livro ‘A primeira derrota de Salazar’, num auditório repleto de alunos, na Escola Miguel Torga, em Massamá, na linha de Sintra.
O autor do livro recordou que aquele general “revelou uma enorme coragem ao resolver-se pela rendição poucas horas depois das tropas da União Indiana começarem a invasão, contrariando a mensagem do presidente do Conselho de Ministros de Portugal, António Oliveira Salazar, o líder de um regime fechado e ditatorial que jamais aceitaria ser questionado ou desautorizado, e por saber, perfeitamente, as consequências que daí decorreriam para o seu futuro pessoal”.
Paulo Aido esclareceu que “o general Vassalo e Silva teve a coragem de não cumprir a mensagem clara de Salazar, onde se lia ‘só prevejo soldados vitoriosos ou mortos’, de regressar a Portugal após a libertação dos militares portugueses, presos em campos de concentração, para ser expulso das forças armadas e passar por humilhações inimagináveis, tendo mesmo a necessidade recorrer à sua formação em engenharia para sobreviver”.
O autor e jornalista explicou que “os militares portugueses que se encontravam em Goa, em Dezembro de 1961, dispunham de armas ligeiras antiquadas que nem sequer eram automáticas e algumas peças de artilharia, para combater as tropas da União Indiana que eram mais de cinquenta mil, equipadas com armas e carros de combate modernos, apoiadas por aviões caças e vasos de guerra, entre eles um porta-aviões”. E precisou: “Certamente por isto, Salazar tentou sempre evitar a invasão da Índia portuguesa através da acção diplomática, particularmente junto do Reino Unido e dos Estados Unidos (…) mas acabou por ter o infortúnio da eleição de John Kennedy para presidente dos Estados Unidos que era fervoroso adepto das descolonizações e por quem Salazar não tinha qualquer simpatia”.
Na altura – prosseguiu Paulo Aido – Portugal encontrava-se relativamente isolado do ponto de vista político, talvez sem que os portugueses se apercebessem dessa realidade porque se censuravam determinadas notícias que o regime não gostava de ver difundidas. Isto era feito por um grupo de pessoas, os censores, que eliminavam ou filtravam as notícias antes de serem publicadas nos jornais, ouvidas na rádio e vistas na televisão”.
Daí a razão do titulo do livro – adiantou o autor - porque esta primeira derrota de Oliveira Salazar, se ficou a dever à contrariedade que motivaram as inúmeras notícias em todos os maiores Órgãos de Comunicação Social de todo o mundo sobre este acontecimento, que está longe de ser triste ou frustrante para o nosso País, porque a relação de forças entre as nossas tropas e as da União Indiana eram abismais e porque não podiam ser socorridas por estarem a milhares de quilómetros de distância”.
Paulo Aido explicou ainda que na génese do livro esteve uma entrevista realizada a este propósito com antigos combatentes, há cerca de quatro anos, que “me fez perceber da existência de uma espécie de hiato na nossa história contemporânea, em particular sobre a perca deste território, num momento em que se apelava à necessidade de consolidar a união nacional e de todos os territórios portugueses”.
Por outro lado, o autor revelou a metodologia da investigação que fez para poder escrever com enorme precisão não só os factos, como todo o ambiente da Goa de então, como os simples detalhes do restaurante do hotel, que curiosamente se encontra intacto, o palácio do governador, até ao interior dos aviões Douglas da transportadora aérea TAIP, Transportes Aéreos da Índia Portuguesa, e das refeições aí servidas.
Importa aqui ter-me socorrido dos mecanismos que me habituei enquanto jornalista que sou, há mais de 20 anos, da paixão pela escrita, da flama em narrar um acontecimento que acredito que todos devem conhecer, de um pedaço da nossa história recente”, disse Paulo Aido que antecipou: “Por exemplo, precisei da minha mesa da sala de jantar para espalhar toda a documentação e rascunhos com anotações da minha investigação e, por isso, durante seis meses, a minha família teve de emigrar para a cozinha nas horas das refeições”.
O autor manifestou a sua visão sobre a individualidade e a conduta que os escritores devem ter e das suas experiências diferentes sobre cada um dos livros que escreveu, sobretudo do “Peregrino de Fátima, João Paulo II” e da “Confidente de Sá Carneiro, Conceição Monteiro”.
“A primeira derrota de Salazar” foi lançado em Dezembro último, dias antes do quinquagésimo aniversário da queda da Índia portuguesa, às mãos de Pandit Nehru, e a posterior anexação na União Indiana. Foi considerado como a obra literária de 2011, elogio veiculado por Maria Barroso, antiga primeira-dama portuguesa, também ela uma das figuras que fez questão de apresentar o livro, então no espaço da Fnac do Colombo. Recorde-se que este trabalho foi ainda anunciado pelo professor Narana Coissoró, na Casa de Goa, e pelo jornalista e docente universitário Joaquim Letria, no Forno da Cidade, em Odivelas.

8 de Março 2012

Que dia estranho, de manhã recebi uma quantidade de notícias com sentidos díspares. Umas “boas” e outras “más”, umas de “chegada” e outras de “partida”. Para todos aqui fica:

Um exemplo para o dia de hoje.

5.3.12

O nosso contentamento

Maria da Conceição Cruz, há vinte anos, ‘presa’ num 2º andar de um prédio da Póvoa de Santo Adrião, dependente dos bombeiros para se deslocar, já pode sair à rua apenas com a ajuda de uma pessoa.
Desde a passada quarta-feira pode utilizar uma trepadora de escadas, uma dádiva de muitos amigos, mais e menos anónimos, despertados para este problema em Março de 2010, precisamente quando Paulo Aido, vereador independente na Câmara de Odivelas, levou este caso a Reunião de Executivo camarário, então a propósito da degradação da habitação Maria da Conceição por obras de requalificação do edifício mal feitas e que foram adjudicadas pelo próprio município.

Seguiram-se um conjunto de intervenções do autarca independente, de notícias na comunicação social regional e nacional, o entusiasmo da Associação Salvador e de centenas de odivelenses.
Se o primeiro problema era - e continua a ser - a reparação das obras de manutenção do edifício que foram mal executadas da responsabilidade do Município de Odivelas; o segundo enigma foi o que acabou por se resolver primeiro: Maria da Conceição precisava dos bombeiros para descer do 2º andar e, claro, de pagar o serviço, porque não era possível uma só pessoa descê-la e tão pouco transportar a cadeira de rodas eléctrica. Este infortúnio durou duas dezenas de anos.
Quarta-feira, foi dia de festa: Rute Araújo da Associação Salvador, os jornalistas Lina Manso, Henrique Ribeiro, do Nova Odivelas, Luís Garcia do Jornal Notícias, o vereador Paulo Aido e o seu gabinete ficaram certamente mais ditosos.
Cumpriu-se parte do objectivo: promover a mobilidade de uma cidadã que jamais se resignou à sua condição vítima de um conjunto de doenças que já a levaram 47 vezes a uma sala de cirurgia.
Agora, importa inter-agir com a Maria da Conceição, uma artista, que pode voltar a dar aulas de trabalhos manuais e artes decorativas. Não faltam instituições no concelho e na freguesia da Póvoa de Santo Adrião onde outros idosos podem passar parte do dia em actividades destas, porventura das melhores para o estimulo do intelecto e de manter activas estas pessoas, muitas delas a sofrerem o sindroma do isolamento.
Oxalá, haja alguém que se recorde deste fenómeno e deite mão a esta janela de oportunidade da maior importância.
Estão de parabéns todos os que lutaram por esta causa que acreditam ser sua missão acarinhar os menos afortunados.
Afinal de contas, como escreveu Paulo Aido, com quem construo uma boa amizade, “todos podemos e devemos utilizar o nosso metro quadrado de influência por boas causas”.


José Maria Pignatelli in "Nova Odivelas"

Antigo primeiro-ministro islandês começa a ser julgado

Geir Haarde, ex primeiro-ministro islandês acusado de negligência durante a crise de 2008, começou a ser julgado hoje em Reykjavik. Haarde é acusado de negligência durante a crise financeira de 2008, que causou o colapso dos três maiores bancos islandeses que quase levou aquele país à banca rota e à necessidade de ajuda financeira externa.
Na altura, o colapso do banco Icesave, que atingiu milhares de depositantes no Reino Unido e na Holanda, levou a uma disputa sobre indemnizações que ainda não está resolvida. De qualquer modo, esta situação também levou à detenção de uma série de agentes financeiros e a mandatos de busca internacionais.
A resolução de julgar Geir Haarde foi aprovada pelo parlamento e surgiu no seguimento de uma recomendação emitida pela comissão que investigou o colapso bancário e financeiro da Islândia.
Geir Haarde é acusado de ter permitido uma expansão descomedida do sector bancário islandês sem nenhum controlo estatal, com consequências desastrosas para a economia do país, até então um dos melhores do planeta.
De qualquer modo, a Islândia apressasse a sair da crise, só aceitou um empréstimo internacional num montante determinado e negociou a taxa de juro que podia pagar que ficou abaixo dos 3%.

2.3.12

O Gato das Botas (In:Nova Odivelas)


Lembro-me em pequeno de ter lido e ouvido as mais variadas histórias infantis, as mesmas que há menos anos, na função inversa, a de pai, li vezes sem conta. Primeiro para o meu filho mais velho e depois para a rapariga.

Se é um facto que quando era pequeno ficava fascinado com algumas personagens, com as atitudes de cada um deles, até com a emoção e entoação de cada um dos contadores, a grande verdade, é que quando passei para o papel de leitor, senti que muitas delas eram autênticas lições de vida e que podiam muito bem ser lida e contadas a adultos.

Uma delas, a do Gato das Botas, conta-nos a história de um rapaz, o mais novo de três irmãos, o qual tinha herdado do seu pai apenas um gato e uma moeda. Rapaz esse, que ao ver-se órfão, ao ver o seu irmão mais velho ter ficado com o moinho e o do meio ter ficado com os dois burros, andava triste e angustiado. Segundo consta não parava mesmo de se lastimar.

Apesar do gato por diversas vezes lhe ter dito que não valia nada andar a lastimar-se, que tinha que reagir e até que o ajudava, a verdade é que o rapaz não conseguia parar de questionar a sua sorte e por isso não resolvia os seus problemas. Mas um dia o gato disse-lhe – “meu amo, compras-me um par de botas e um saco de sarapilheira e eu farei de ti o homem mais rico deste reino”

Incrédulo, o rapaz hesitou, mas porque o gato já lhe tinha dado mostras de ser esperto, audaz e fiável, resolveu investir tudo o que tinha, a sua única moeda, e comprar o par de botas e o saco de sarapilheira para o seu animal de estimação.

A parte da história que se segue, talvez todos se lembrem, o gato através das suas mil e uma peripécias e sempre com as suas elegantes botas calçadas, conseguiu fazer com que o seu amo se casasse com a filha de um Rei. Fez dele, tal como tinha prometido, um homem rico e feliz.

Esta história, para além de salientar importância de uma franca amizade, mostra-nos também, por um lado, que nada vale queixarmo-nos da nossa sorte e por outro, o quanto pode valer investir naquilo em que confiamos. Para além do mais, permite-nos questionar se não temos ao nosso lado, ou mesmo diante de nós, um qualquer “gato das botas” no qual possamos fiar e investir.

In: Nova Odivelas.

Os três porquinhos.

Lembram-se desta história? Pois bem, serviu de base para um pequeno texto que escrevi este mês para o jornal da Distrital de Lisboa do CDS/PP.


1.3.12

Crianças portuguesas só trocam de fígado em Espanha

Emanuel Furtado pode regressar ao Hospital de Coimbra dentro de 15 dias

Em Portugal já não se fazem transplantes hepáticos pediátricos. Uma vergonha num País onde a medicina regista importantes avanços nas duas últimas décadas e numa área que, apesar de algumas vicissitudes se avançou relativamente depressa. Mas esta é uma vergonha que herdámos do anterior governo liderado pelo primeiro-ministro José Sócrates.
Em Junho do ano passado, Portugal deixou de fazer transplantes hepáticos pediátricos. A única unidade que o fazia era em Coimbra e dirigida pelo cirurgião Emanuel Furtado, filho de Linhares Furtado, o pai dos transplantes em Portugal.
Pelo que se percebe a equipa corria riscos de deixar de poder promover as intervenções com qualidade. Também não parece haver muitos interessados apreender a tecnologia desta disciplina, porque não é a mesma que transplantar o fígado a adultos. Mais se sabe que esta falta de aposta no serviço de Coimbra deixou Emanuel Furtado de pé atrás, sem condições para ver o projecto ter futuro.
O único cirurgião "capaz de realizar transplantes hepáticos pediátricos em Portugal" deixou o projecto e o hospital de Coimbra em 2010. Emanuel Furtado desenvolve uma técnica que permite transplantar crianças abaixo dos 5 anos a partir de fígados de adultos, prática muito pouco comum em outros países europeus como em Espanha, para onde são enviadas agora as nossas crianças.
Desde Junho último, as nossas crianças têm de se socorrer do Hospital Universitário Pediátrico de La Paz, em Madrid. Os custos destas intervenções, da sua preparação, de semanas em que algumas crianças têm de permanecer na capital espanhola, são elevadíssimos para o Estado. Também o acordo realizado com aquela unidade espanhola dita que lá se fará a formação e especialização de novos cirurgiões nesta área de transplantes, naturalmente dentro da técnica ali praticada que, no essencial, se reflecte na utilização de fígados de jovens até aos 12 anos. De qualquer modo, não se conhecem esses resultados, mais de seis meses passados do contrato com o Hospital de La Paz.
Mas o pior revela-se: os médicos espanhóis ignoram os pais das crianças portuguesas e mesmo a médica de Coimbra que acompanha alguns processos.
Mais escandaloso é o alheamento da nossa Embaixada nestes processos, mesmo quando a sua intervenção é suscitada.
Independentemente dos contornos desta situação foi uma enorme vergonha aquilo a que assistimos ontem, na reportagem da RTP, "Linha da Frente".
Resta-nos as esperanças em que se confirmem as últimas notícias veiculadas pelo jornal Público: Emanuel Furtado, deverá "formar uma equipa que garanta o futuro" deste tipo de intervenções cirúrgicas em Portugal. O médico disse ao Público ter sido sempre essa a sua intenção, "mas nunca tive condições para o fazer". O cirurgião deverá voltar ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) no próximo dia 15 de Março. Contudo, a intervenção do ministro da Saúde Paulo Macedo deixa antever que agora aparecem, pelo menos, mais dois núcleos de médicos de hospitais diferentes candidatos. Só não se percebeu quem são os clínicos que os lideram e onde ganharam rotina nesta especificidade da cirurgia dos transplantes.
Recorde-se que a transplantação hepática pediátrica foi introduzida em Portugal, em 1994 por Linhares Furtado, pai de Emanuel Furtado, também ele o autor do primeiro transplante em Portugal que aconteceu a 20 de Julho de 1969. Mais, foi Linhares Furtado que também liderou a equipa que realizou o primeiro transplante renal em Portugal que aconteceu em 1980.

O Gato das Botas

O leite para o vinho: