27.11.06

Odivelas, um ano depois.

Em virtude de algumas medidas mais radicais que está a tomar dentro da Câmara, da inveja e ciúmes que se fazem sentir no interior do P.S., das guerras internas e falta de um projecto dentro do P.S.D., a Sr.ª Presidente da Câmara está a ficar isolada no comando desta nau.

Como foi noticiado na imprensa local, pelas razões que mencionei, solicitei à Comissão Politica do CDS-PP de Odivelas a suspensão do meu mandato de Vice-Presidente desta concelhia.

Como também tive oportunidade de afirmar não vou deixar de expressar a minha opinião pessoal, portanto, embora cancele toda a actividade politica, vou continuar a escrever aqui na Coluna às Direitas.

É certo que desde que me disponibilizei para escrever as minhas colunas neste espaço, sempre o fiz de acordo com as minhas ideias e princípios, sem que alguém interferisse ou influenciasse os conteúdos que eu escolhia, não obstante, de por vezes serem feitos de forma concertada no tempo.

Assim, porque me foi solicitado que continuasse a escrever nesta coluna e porque o faço com o maior prazer, vou continua-lo a faze-lo, se bem que de uma forma mais descoordenada com a agenda politica do CDS-PP.

Vou tentar faze-lo utilizando os mesmos critérios, criticando de forma construtiva quando for o caso, dando sugestões noutras situações e apontando alguma deficiência sempre que a detectar e que julgar oportuno.

Agora que está feita esta pequena introdução, a qual tinha que ser feita, passo o assunto que escolhi para o tema de hoje: Odivelas, um ano depois.

Na elaboração deste balanço constata-se:

1º) Que a nova maioria é diferente da anterior, enquanto a última era constituída por 3 partidos, CDU, P.S. e P.S.D., a actual maioria é composta só por dois partidos, P.S. e P.S.D..
2º) Que a C.D.U. passou a ser um partido da oposição, ao invés do que tinha acontecido até aqui, havendo por isso uma maior critica à gestão autárquica.

3º) Que entrou para a Assembleia Municipal um novo partido, o Bloco de Esquerda, sem que tenha trazido algo de novo.

4º) Que o C.D.S.-P.P. deixou de estar presente na Assembleia Municipal, mas hoje em dia tem mais protagonismo, é mais respeitado e considerado pelo Odivelenses, em virtude de ter adoptado uma linguagem clara, fácil e construtiva.

5º) Que a actual maioria P.S./P.S.D. não tem cumprido minimamente com as variadíssimas promessas que fez durante a campanha eleitoral, quer seja na área da saúde, da segurança, dos espaços verdes, etc., etc.

6º) Que embora a actual presidente da Câmara não esteja a fazer o que prometeu (eu considero este facto gravíssimo), tem mostrado uma disponibilidade e uma vontade quase titânica de endireitar as contas do município e de tornar a estrutura municipal mais funcional, pese embora algumas despesas que eu considero supérfluas.

7º) Que em virtude do que referi no ponto anterior, dos problemas internos que lhe são causados no interior do próprio partido (inveja) e pela instabilidade que se vive no P.S.D. local, a Sr.ª Presidente da Câmara está a ficar isolada na Câmara Municipal.

8º) Que o P.S.D. local anda sem rumo, o seu vereador José Esteves está à “trolha” com os outros 2 vereadores do seu partido, acusando-os publicamente de não terem ideias, projectos e objectivos definidos, o que aliás não é novidade para ninguém e muito menos para mim (já o escrevi em: viram por aí o P.S.D.?), mas este facto agora vai ter graves consequências politicas a curto prazo.


9º) Que Odivelas continua sem ter um objectivo estratégico de desenvolvimento económico, devidamente sustentado por um estudo de viabilidade económica.

Nota: Este artigo foi escrito para o diáriodeodivelas.com e está publicado nas Coluna às Direitas.

26.11.06

Suspensão do meu mandato no CDS de Odivelas

Ao longo destes últimos dois anos participei activamente na vida politica do Concelho de Odivelas, onde fui candidato à Presidência da Junta de Freguesia de Famões e Vice-Presidente da Comissão Politica do CDS-PP de Odivelas.

Tentei ao longo deste tempo ter um comportamento diferente daquele com que são conotados a generalidade dos políticos, tentei não ser demagogo, não levantar falsos testemunhos, não fazer falsas promessas e não entrar pela critica “barata” e destrutiva. O meu único objectivo era e continua a ser, a procura do bem comum.

Como sempre afirmei, não ando, nem andei com ânsia de encontrar um qualquer “taxo”, andei nesta luta materialmente desinteressado, estando certo que a governação, embora não possa ser feita por “carolice”, tem que ser exercida com espírito missionário e desligado dos interesses financeiros e cooperativos.

Também sou por princípio, contra uma série de promiscuidades que se vêm por aí, com as mesmas pessoas instaladas em vários lugares, os quais à partida parecem incompatíveis e que a opinião pública não consegue compreender, nem tão pouco a aceita.

Hoje em dia, talvez mais do que nunca, para credibilizar as instituições e os políticos, não resta outra solução que sermos sérios. Mas embora a seriedade já seja bom, esse facto não chega, temos, na minha opinião que demonstrá-lo, dando para isso sinais exteriores e inequívocos dessa seriedade, de independência e de transparência.

Porque sou da opinião que para se poder exigir, tem que se dar o exemplo, embora me esteja a custar, aqui estou eu a informar que pelo facto de ter sido recentemente eleito para os corpos directivos do Odivelas Futebol Clube, pedi a suspensão do meu cargo de Vice-Presidente da Comissão Politica do CDS-PP de Odivelas.

Quero deixar bem claro que a única razão desta minha decisão, está exclusivamente relacionada com a situação que em cima mencionei. Esta decisão é pessoal e não é resultado de alguma divergência interna dentro da Comissão Politica do CDS-PP de Odivelas, bem pelo contrário, considero que o caminho escolhido pelo partido aqui no concelho é o correcto e o apropriado.

Não obstante esta minha decisão, não quero contudo dizer que me vou abster de opinar e comentar aquilo que julgar oportuno, na certeza porém que sempre que o fizer será a título individual.

Para terminar quero agradecer publicamente a todos os meus colegas de partido a colaboração que sempre me deram; aos jornalistas, a forma como sempre me trataram; a todas as outras pessoas, tanto das mais diversas instituições do concelho, como ao comum dos cidadãos, a forma como sempre me trataram.

Um bem-haja para todos!

9.11.06

EU VOTO D.DINIS

Em Janeiro dediquei uma das minhas Colunas ao Rei D. Dinis. Fi-lo, não só porque o considero um dos mais importantes reis de Portugal, como também e sobretudo, por D. Dinis estar muito ligado a Odivelas.
Nessa mesma Coluna lancei um repto, não só à Câmara Municipal, como a todas as forças do concelho, no sentido de se fazer a promoção da sua imagem, da sua obra e da sua ligação a esta terra. Sou da opinião que caso este objectivo fosse atingido, conseguiríamos transmitir para fora, uma imagem diferente do nosso concelho.
Volto a este assunto hoje porque como é do conhecimento geral vai decorrer nos próximos tempos o programa Grandes Portugueses, o qual vai ter grandes audiências, vai ser muito falado e debatido. Nesse programa vão ser debatidos e analisadas muitas figuras e sem que para mim seja surpresa, D. Dinis está na lista das chamadas 100 sugestões. Na passada 4ª feira, na apresentação do programa feita pela Maria Elisa, foi dos nomes mais falados, penso por isso que Odivelas não pode desperdiçar esta oportunidade.
D. Dinis, para além de ser uma das personalidades mais relevantes da História de Portugal, é um Rei muito popular junto da população portuguesa. Se solicitarem a alguma pessoa que diga o nome de 3 ou 4 reis portugueses, a grande maioria menciona o seu nome. Este facto em termos de Markting vale muito.
Como é óbvio, penso que à semelhança da grande maioria dos portugueses, tenho dificuldades em escolher uma só personalidade no meio de tanta ilustre gente, de uma história tão rica e com tantos séculos como é a nossa. Mas, como para mim, D. Dinis estaria sempre no lote dos elegíveis, faço pela sua ligação a Odivelas, o critério de desempate.
Se por ventura ele fosse eleito o “Grande Português”, já imaginaram na curiosidade que se levantaria ao redor do seu reinado, das vezes que Odivelas seria falado na comunicação social e da vontade que existiria em muitas pessoas de vir a Odivelas visitar o seu túmulo?
E se o último programa, depois de mencionado D. Dinis como vencedor, fosse transmitido em directo, junto do seu túmulo, no Mosteiro de S. Dinis, já imaginaram a repercussão, a todos os níveis, que isto teria para o concelho?
D. Dinis é uma mais valia de Odivelas.
Eu voto D. Dinis.


Nota: Este artigo foi escrito por mim para ser publicado em: http:\\www.diariodeodivelas.com.