21.11.07

Informalidades – Sessão Especial

A Forma

Em primeiro lugar, como já disse anteriormente a Dr.ª Susana Amador ao aceitar o convite para participar nesta tertúlia marcou pontos a seu favor.

Esta minha opinião baseia-se no facto de não ser habitual ver representantes do poder central ou local a debater o seu mandato a meio de uma legislatura com pessoas conotadas com as outras forças politicas, ainda para mais num ambiente aberto, onde a plateia podia participar e quando sabia antecipadamente que iriam haver algumas pessoas dispostas a ser inconvenientes. Por outro lado, a forma informal, a simplicidade e a simpatia com que se apresentou ainda lhe deu mais espaço.

Quanto à forma como decorreu a conversa em si, penso que a Dr.ª Susana Amador conseguiu tornear com a habilidade que eu lhe reconheço e a experiência que tem as questões que lhe eram mais adversas, o formato da conversa também lhe facilitou a “vida”, assim respondeu de forma objectiva às questões que lhe eram fáceis e tentou fugir e não respondeu mesmo a muitas das questões que lhe eram incómodas ou adversas, tais como a questão do objectivo estratégico para o concelho, a utilização da revista municipal para propaganda politica, a alteração do logótipo, etc., etc.. Outras houve em que após uma segunda insistência lá foi respondendo, tal como a questão da encosta da Serra da Luz e do Vale do Forno, locais onde como é do conhecimento geral há habitações de construção com qualidade duvidosa construídas sobre uma falha sísmica.

Para terminar este “post” (ainda virão mais alguns sobre esta Informalidade Especial) julgo também que tentou pintar o concelho com rosa a mais, tentando sempre dar uma imagem pouco real do concelho.

ESPECIAL INFORMALIDADES

Decorreu ontem na Malaposta uma edição especial do Informalidades com a presença da Drª. Susana Amador.

Como de costume foi uma conversa informal, onde a convidada especial, vestida com calças de ganga, como não se esqueceu de referir, fez connosco o balanço dos seus 2 primeiros anos de mandato, no qual, com a simpatia que lhe é conhecida e acompanhada de Hugo Martins, tentou "pintar" o concelho mais de "côr-de-rosa" do que ele já é.
Não posso deixar de sublinhar no primeiro "post" sobre esta tertúlia, como aliás o fiz ontem pessoalmente, a disponibilidade da Drª Susana Amador para ter estado connosco nesta 5ª Edição das Informalidades. Neste aspecto, sem dúvidas, marcou pontos.

INFORMALIDADES 4



A minha cadeira ficou vazia. Peço desculpa.

5.11.07

O Meu Equivoco

"O clímax desta tertúlia informal foi proporcionado por Xara Brasil ao afirmar que «A política em Portugal não presta para nada»" (in: www.diariodeeodivelas.com) e eu que julgava que o climax desta Informalidade (3) tinha sido o trambolhão que dei da cadeira.

Informalidades 3

Aqui está o resumo feito no Diário de Odivelas.

2.11.07

Informalidades 3

Desta vez não correu nada bem, esta 3ª tertúlia, a dada altura tornou-se maçadora e sem interesse, pela primeira vez tive momentos em que estive ali sentado sem sentir o minimo dos prazeres e nesta coisas para mim isso é penoso.
Não enjeito as minhas reponsabilidades, até porque estava longe dos meus melhores dias, mas de facto mesmo que estivesse num bom dia seria difícil inverter o rumo da conversa. O António Pedro (P.C.P.) estava irredutivel, não queria de forma alguma dar tréguas ao P.S. e provocava constantemente o Hugo Martins que por sua vez respondia à letra. Esta situação entre ambos, a qual já se tinha feito notar um pouco na primeira sessão, desta vez foi longe de mais, eu ainda tentei por 2 ou 3 vezes desviá-los deste caminho mas não consegui.
A "assistência" também sentiu o mesmo, chegou a manifestou-se em algumas intervenções e eu senti-me um pouco defraudado, pois quando fui convidado para estas tertúlias pediram-me que participasse em nome pessoal e não como defensor ou voz do partido que sou militante; aliás, se assim não fosse, provavelmente não teria aceite o convite.
Penso que nós todos temos que reflectir a forma como participamos e o Henrique a forma como modera, pois caso contrário estas tertúlias ficam desvirtuadas.

19.10.07

Dia do Tratado – Nota 3

Luis Filipe Menezes afirmou ontem na televisão que este tipo de referendos não fazem muito sentido, pois o povo confunde-os com politicas internas e tende a dizer não como castigo às políticas internas.

Mas será que os holandeses e franceses são burros e não têm a instrução, nem a cultura necessária para separar as coisas.

Que teoria é esta?

Nota:
Estamos a falar de declarações prestadas pelo responsável máximo daquele que ó segundo maior partido politico português da actualidade.

Dia do Tratado – Nota 2

O valor da democracia mais uma vez foi posto em causa, o dessa mesma palavra que por aí é tão soletrada e a qual por desvirtuamento, para mim, mais não serve do que para enfeitar e dar um bonito nome a uma discreta, mas forte ditadura de pensamento único.

Surpreendidos???

Vejamos. Há muito que afirmo que o povo, termo tão utilizado (propositadamente), não é tido nem achado para se prenunciar sobre assuntos importantíssimos para a sua vida, alguns deles mais decisivos do que a escolha de um governo e/ou do que a de um presidente da república, como foram por exemplo:

- A descolonização e independência – neste caso ninguém fez nenhum referendo, nem em Portugal, nem nos agora países africanos agora independentes, para saber se as pessoas eram a favor ou contra a independência e se sim qual a forma como entendiam que a mesma deveria ser feita;

- As nacionalizações - também ninguém foi chamado a pronunciar-se;

- As privatizações – idem;

- A entrada na Comunidade Europeia – idem;

- A entrada na Zona Euro – idem;

Ainda há a referir o caso dos referendos que vão sendo feitos até que o SIM ganhe, como foi o caso do Aborto e segundo parece vai voltar a acontecer com a Regionalização.

Mas se nos casos que acima mencionei nem sequer houve referendo ou qualquer outro tipo de consulta universal, a assinatura do Tratado Europeu, que irá ficar conhecido pelo Tratado de Lisboa (terminologia que é mais suave e por isso mesmo mais conveniente), para além de ser aprovada só por “meia dúzia” de pessoas, já tinha sido chumbado pelas populações de 2 países que tinham sido chamadas a prenunciar-se.

Isto tudo faz parte da democracia que idealizamos???

Dia do Tratado - Nota 1

A caminha para a Globalização e para um mundo dirigido por um governo central, sobre a égide das Nações Unidas, é feita a uma velocidade vertiginosa.

Dia do Tratado

O dia e a noite de ontem ficam marcados para história como a data em que se chegou a acordo para a assinatura do Tratado Europeu, agora denominado Tratado de Lisboa.
Fica só por saber com que consequências a longo prazo.

Informalidades 2 - Uma nota

A certa altura da Tertúlia levantou-se a questão da necessidade e oportunidade da Construção da Igreja da Santíssima Trindade. Tive na altura oportunidade de dizer que a minha opinião não era favorável a esta obra, não tanto pelo dinheiro e montantes envolvidos, mas sim e sobretudo pelo simbolismo, para mim Fátima é valorizada, para além de outras coisas, pela sua simplicidade, pela humildade e pelo sacrifício, aliás como está bem patente não só em toda a mensagem de Fátima, como também na vida de Jacinta, Francisco e Lúcia.

No entanto porque encontrei uma opinião do Prof. João César da Neves, por quem tenho grande consideração, que conhece Fátima muito melhor do que eu e embora não me tenha feito mudar de opinião sobre assunto, sento-me na obrigação de criar aqui o link para o seu
texto.

Por curiosidade também lá está mencionada de forma indirecta que esta obra não teve qualquer comparticipação do Estado Português, nem da Comunidade Europeia, foi feita única e exclusivamente com verbas da Igreja.

Informalidade 2.3 - Fim

Esta tertúlia chegou ao fim já passavam alguns minutos da meia-noite, mas não acabou sem que os meus colegas António Pedro e Hugo Martins, trocassem mais alguns “mimos” a propósito de algumas notícias vindas a público no Jornal de Odivelas.

Mas saí com a certeza de que esta segunda Tertúlia tinha corrido muito melhor, tinha sido muito mais agradável e descontraída, tanto assim que um grupo onde eu estava incluído, o qual continuava Tertúlia à porta da Malaposta seguiu para a Marisqueira do António e por lá ficou a petiscar, a beber uma cervejolas e a tertuliar até às quatro da madrugada.

Dia 30, no mesmo local, à mesma, lá estaremos.

Informalidade 2.2 – Eutanásia

Às tantas já não sei por quem, a propósito de um inquérito que tinha sido feito a idosos, onde uma grande percentagem afirmou que era a favor da eutanásia e outra grande percentagem, ainda maior, afirmou que todos os dias pensava na morte, levantou-se este tema.

Aqui apareceu, aquela que foi para mim uma das melhores intervenções da noite, foi feita pela Drª Natália Santos a qual mostrou muitas reservas quanto a este tema, pois acompanhou de perto o trabalho feito pela Dr.ª Isabel Neto, responsável até há pouco tempo pelos cuidados paliativos em Odivelas e considera que a primeira prioridade tem que ir no sentido de proporcionar um acompanhamento médico e social mais constante e eficaz, pois constata-se que quando estes serviços funcionam, que quando as pessoas se sentem mais confortadas e acompanhadas o pensamento predominante deixa de ser esse.
Considerou que a morte é irreversível e portanto …….

Eu limitei-me a subscrever e reforçar esta intervenção, afirmei que ninguém quer morrer, o que quer é ser acompanhada e não ter dores, dei exemplos que acompanhei que reforçam esta teoria e chamei a atenção para o facto de que no caso de se legalizar a eutanásia podíamos estar também a facilitar a vida aos governos no sentido de não se investir o suficiente nos cuidados a ter com pessoas em fase complicadas das suas vidas.

Mais tarde houve uma outra intervenção muito interessante do Dr. Mário Máximo, em que foi referenciado o facto de muitas pessoas dos países ditos desenvolvidos, dizerem-se tristes na velhice. Também este tema foi conversado durante algum tempo tendo eu afirmado que na minha opinião as pessoas desses países levam uma vida activa muito materialista e quando chegam a velhos sentem um certo vazio, talvez por se terem esquecido do lado espiritual da vida. Referencie alguns países em que a miséria é enorme, como Angola e o Brasil, onde apesar de todo o sofrimento causado por questões materias, se consegue ver pessoas felizes, pois sentem-se preenchidas espiritualmente.

Informalidade 2.1

Começo pelo fim, achei esta segunda sessão correu muito melhor do que primeira, foi muito mais Tertrúlia e muito menos debate, o Hugo Martins embora se”picasse” muito com o António Pedro distanciou-se mais do facto de estar ligado ao poder autárquico e isso foi positivo não só para ele, como também para a conversa.

A sala não estava cheia de início mas foi-se compondo, a troca de impressões entre todos foi fluida, animada e serena. Na assistência, para além do meu amigo Humberto Fraga (parece que vai ter presença assídua), apareceu outro grande amigo o Vítor Machado. Quero contudo destacar duas intervenções, a de Carlos Moura fazendo alusão à História da Malaposta (está publicada no Diário de Odivelas on-line) e a da Natália Santos.

Falou-se da fome, da pobreza e das diferenças gritantes que existem no mundo de hoje devido à marcha branca que acontecia nesse dia, a qual tinha como objectivo colocar em todo o mundo na rua vinte e três milhões de lenços brancos para chamar a atenção para este flagelo.

Começou o António Pedro com a sua retórica comunista fazendo alusão ao sistema capitalista e culpabilizando-o por todos os males. Foi imediatamente atacado por ambos os meus colegas de tertúlia que falaram antes de mim e dando exemplos de variadíssimos países comunistas onde a fome e a miséria são evidentes.

Ao transportar este tema para a pobreza em Portugal, foi abordada a Comunidade Europeia, a Globalização, a Imigração.

Aqui tentei expor a minha ideia sobre as causas e consequências da Globalização, que caminhamos para um mundo igual, administrado sobre a égide das nações unidas, onde caminhamos para termos uma moeda, uma raça, uma língua e onde se pretende que todos nós sejamos muito ordeiros e seguidores de uma ordem mundial de pensamento único. Embora alguns torcessem o nariz, pareceu-me que foi mais pela surpresa da forma como o tema foi introduzido e justificado do que pela discordância, esta ideia não foi rebatida.

Também para o caso português introduzi na conversa a problemática do relacionamento entre a imigração e o desemprego, em que ficou claro que Portugal não tem condições para receber um número indeterminado de imigrantes, sob a pena de não conseguirmos dar apoio a todos o que traz consequências nefastas tanto para eles, como para nós.

Lancei ainda sobre este tema a importância que tem a Igreja no combate à pobreza e à fome, através das suas múltiplas actividades de carácter social, assim como da mensagem de paz que está sempre inerente aos seus discursos.

Como não podia deixar de ser sublinhei a importância da mensagem de Fátima, tendo afirmado que considero que para mim as Aparições de Nossa Senhora em Fátima foram o maior acontecimento do sec.XX e que esta mensagem está tão viva e presente, que hoje passado 90 anos há cada vez mais pessoas a tentar ouvi-La como ficou bem patente no passado dia13 de Outubro.

Informalidades 2. (Antes)

Já totalmente à vontade e identificado com ambiente encaminhei-me para a 2ª sessão, cheguei antes da hora como gosto sempre de fazer, tentei tomar o meu habitual café o que foi impossível, pois não encontrámos nenhum estabelecimento aberto. Enquanto procurava acompanhado de outras pessoas um local onde pudesse satisfazer esse simples desejo disseram-me, que talvez devido há forma como defendi na sessão anterior a chamada de atenção junto do governo para algumas situações da saúde, que tinham sido questionados se eu era do B.E..

Não estou certo do porquê desta pergunta, mas como defendi energicamente na sessão anterior uma acção de rua mediática à porta de um centro de saúde para chamar a atenção para a falta de elevador nesse local, fiquei a pensar que provavelmente as pessoas já interiorizaram que acções de rua com visibilidade, são feitas só por esse movimento, sorri e continuei.

18.10.07

Informalidades – Sessão 1, 2-10-2007

Dividi-me entre a vontade de ver o jogo do Sporting até ao fim, estava a ganhar por 1 a 0 em Kiev e o facto de ter que chegar um pouco antes desta sessão começar para conhecer os meus colegas de Tertúlia.

Fiquei a meio do desejo que tinha e da necessidade que sentia, perdi os últimos 5 minutos do jogo mas não fui o último a chegar, ainda deu para fumar um cigarro, tomar um café e ambientar-me ao espaço.

Finalmente fui apresentado pelo Henrique Ribeiro àqueles que se iriam tornar os meus colegas de conversa, na primeira impressão todos me pareceram ser pessoas correctas e educadas o que até hoje se tem verificado. Este ponto para mim era importante, pois a única “condição” que coloquei para participar neste evento era que à partida estivessem reunidas as condições para que não houvesses “peixeiradas”.

Conheci o António Pedro, o Hugo e o Pedro Martins, afectos ao P.C., ao P.S. e ao P.S.D. respectivamente, embora todos tivéssemos sido convidados a título pessoal e nos tivesse sido solicitado que não estivéssemos ali a representar partidos estava com curiosidade para ver até onde é que os meus colegas o conseguiriam.

Eu e o Pedro temos conseguido, o Hugo não resistiu às provocações proferidas pelo António Pedro (ideológico como todos os seus camaradas) e chegou mesmo a assumir-se como defensor e representante da autarquia na Tertúlia.

O primeiro tema a ser abordado foi relacionado com a cultura, estava relacionado com uma exposição que está a decorrer na Malaposta, mas o António Pedro não perdeu tempo, puxou logo a brasa à sua sardinha e começou a glorificar a Festa o Avante. Por mim não lhe estraguei a festa e disse mesmo que eu já lá tinha estado para assistir a alguns bons concertos, mas lembrei que aquele evento não era inocente, era politizante e tinha como objectivo angariar gente e dinheiro. O Pedro Martins acrescentou o facto do dos Domingos à tarde, momento dos discursos, ser a pior parte do programa. Este tema foi encerrado comigo e com o Pedro a pedir ao António Pedro para nos ofereçer umas E.P.’s para o próximo ano.

As Informalidades estavam lançadas, este tema tinha servido para aquecer a malta, eu aproveitei para sentir o pulso aos meus colegas e à assistência. Daqui partimos, salvo erro, para a Saúde onde tivemos uma conversa mais animada, porque por acaso na assistência estava o vereador deste pelouro (por coincidência o único presente) que sentiu na justa obrigação de esclarecer e de se defender. Foi pena que tivesse sido assim, não por o Vereador estar presente, para mim é sempre bem-vindo, mas porque esta fase da Tertúlia tornou-se mais parecida com um debate, até porque o Hugo Martins tomou aqui a posição de defender o executivo camarário e não é esse o objectivo.

Esta primeira sessão acabou de forma simpática, com toda a gente a manifestar boa disposição e na esperança que este evento se venha a tornar uma referência no concelho, um espaço de sã convivência e de reflexão.

Parabéns Henrique por esta iniciativa.

INFORMALIDADES


Aqui está um novo desafio, aceitei participar nesta tertúlia e agora que já houveram 2 sessões posso afirmar que esta experiência está a ser altamente enriquecedora, não só ao nível da troca de ideias e de opiniões, como também ao nível de relacionamento com pessoas que até então não conhecia.

De Regresso


Passado um período de “travessia no deserto”, devido a vários factores de ordem pessoal, estou de volta.
Vamos ver se consigo manter a regularidade o que nestas coisas nem sempre é fácil.

6.2.07

João Paulo II, sobre o aborto.


“a legalização do aborto, não é senão a autorização dada aos adultos de tirar a vida a um ser humano que não se pode defender, antes de ele ver a luz do dia”

Aborto, o 2º referendo.

Estamos quase a chegar ao dia em que somos chamados, mais uma vez, a pronunciar-nos sobre a tão falada despenalização do aborto.

A primeira pergunta que me ocorre é a seguinte: será que se o não ganhar, voltamos a ter outro referendo? É que em Portugal parece que não temos mais nada para referendar. Entrámos na Comunidade Europeia e não fomos tidos nem achados, apanhámos com o Euro e foi a mesma coisa, fizemos a descolonização, as nacionalizações e posteriormente as privatizações, e, idem, aspas, aspas.

Tenho ouvido falar que aborto clandestino é a vergonha nacional e de facto estou plenamente de acordo com essa afirmação, mas maior vergonha é o estado, em vez de promover a natalidade, através de apoios e incentivos reais às famílias, andar a promover a possibilidade de se fazerem abortos. O estado não pode estar, por um lado a fechar maternidades e escolas, alegando razões financeiras e por outro lado estar a ponderar a possibilidade de autorizar e financiar abortos, sem que haja qualquer razão aparente.

O que está em causa neste referendo é, se uma mulher, por sua única e exclusiva vontade, sem qualquer razão aparente, pode impedir uma criança de nascer, a quantidade de vezes que entender, com todos nós a pagar essa factura através dos nossos impostos.

É só isto que está em questão, é nisto que vamos votar e a esta pergunta eu respondo NÃO.

Nota: Este texto foi escrito para a a Coluna às Direitas do www.diariodeodivelas.com


As minhas razões para votar NÃO.

Está-se a aproximar o dia do referendo, no qual vai ser perguntado aos portugueses se uma mãe, por sua única e exclusiva vontade, unicamente porque lhe dá na cabeça, poderá vir a praticar um aborto até às 10 semanas, num estabelecimento autorizado.

Ora, sabendo eu que já estão contempladas na lei 3 casos (a vida da mãe estar em perigo, o da má formação do feto e da gravidez ter sido provocada por violação), os quais me parecem razoáveis, não me parece que haja razões para mais excepções. Muito menos razoável me parece, permitir que sem qualquer justificação, uma mulher possa impedir as vezes que quiser o nascimento de uma criança, sem ser minimamente penalizada e com todos nós, através dos impostos, a pagar essa conta.

Na minha opinião, não permitir o desenvolvimento natural de um feto, não é mais do que tirar a possibilidade a uma criança, a qual não se pode defender, de ver a luz do dia. Aliás, como já uma vez escrevi, se as nossas mães nos tivessem abortado, eu não tinha escrito este texto, nem você o estava a ler.

Por outro lado, a questão de uma mulher ser presa por fazer um aborto é uma falsa questão. Não há nenhuma mulher que esteja presa por esse facto, por isso, a lei existente só serve para dissuadir as mulheres de o fazerem e não para as prender.

Mas há mais razões pelas quais vou votar NÃO:

1ª) Sou contra este referendo, porque por um lado o direito à vida não se referenda e por outro lado, porque houve um referendo há poucos anos sobre este assunto.

2ª) O estado tem obrigação colaborar, ajudar, apoiar e até de incentivar as famílias no sentido destas poderem vir a ter mais filhos e não o contrário.

3ª) O estado não pode estar por um lado a fechar maternidades, não ter pediatras na maioria dos centros de saúde e depois estar simultaneamente a aumentar a despesas com os abortos.

4ª) O estado tem obrigação de combater situações ilegais e não se pode demitir de o fazer, não é liberalizando que as resolve.

5ª) Se não consegue neutralizar o aborto clandestino até às 10 semanas, também não vai consegui-lo às 11, portanto este problema vai continuar a existir.

6ª) O estado tem obrigação de promover a educação sexual junto de toda a população, até de promover campanhas de prevenção, agora inverter a situação e permitir a utilização do aborto como “método anticonceptivo”, por uma vez que seja, é que não.

7ª) Porque não como é que o Serviço Nacional de Saúde, o qual não consegue acabar com a intermináveis listas de espera, iria agora conseguir dar cobro a esta situação.

Nota: Este artigo foi escrito para o Jornal de Odivelas


9.1.07

A mulher e o aborto

Interessantíssimo este artigo escrito por João Malta (Médico, especialista em Obstetrícia e Ginecologia), o qual está publicado na Alameda Digital On-Line, diz entre ontras coisas:

… E é esta uma das questões centrais no próximo acto referendário: estarão devidamente esclarecidos aqueles a quem é pedido que se pronunciem? Ou, pelo contrário, se dividem, maioritariamente, entre os que não exercem o seu dever cívico; e os que, cumprindo-o, orientam o seu sentido de voto por instruções de terceiros e não por uma convicção formada por um conhecimento razoável do fenómeno?

O artigo completo pode ser lido em: www.alamedadigital.com.pt/n4/mulher_aborto.php

Obrigado mãe.

Esta artigo foi escrito para a Coluna às Direitas do: www.diariodeodivelas.com.
Na minha vida tenho tido períodos altos e períodos baixos, alturas em que estou bem e alturas em que estou mal, alturas em que tenho mais dificuldades e alturas em que tenho menos dificuldades; passei a infância, a adolescência e se calhar também a idade da juventude; chorei, sofri e ri vezes sem conta; vi muita miséria e muita riqueza, mas cheguei aqui. Tenho 40 anos e independentemente de tudo, gosto e sempre gostei de cá andar, por isso agradeço à minha mãe, entre muitas outras coisas, a oportunidade que me deu para nascer.
Repare bem, se as nossas mães nos tivessem abortado, não estava eu a escrever, nem você a ler.

Estive em Angola e em Moçambique em períodos de guerra, vi a miséria de perto, a mesma que muitas vezes nos entra pela televisão e que muitas vezes já nos parecem banais, vi fome, sofrimento e dor, mas vi, mesmo nesses países, nos casos mais extremos, a vontade e a esperança daquela gente. Consegui, por incrível que parece, ver sorrisos nos rostos das crianças. Por tudo isto estou certo que vale sempre a pena: nascer e viver.

Independentemente do que em cima escrevi e debruçando-me agora em questões mais práticas sobre o referendo que aí vem, é oportuno recordar aqui o que verdadeiramente está em questão.

A primeira ideia que devemos ter presentes, é que em Portugal, desde 1984, já é possível interromper voluntariamente a gravidez, em 3 situações distintas:

- Quando a saúde ou a vida da mães estão em causa;
- Por mal formação do feto;
- Em caso de violação.

A segunda é o que nos estão a perguntar neste referendo (Fevereiro de 2007). O que nos estão a perguntar, é se concordamos que uma mulher tenha a possibilidade de recorrer ao aborto, numa clínica privada ou num hospital público, as vezes que entender e, sem ter que dar qualquer justificação, bastando para isso fazer um simples pedido.

Para mim, a vida começa no momento em que o bebé é concebido, sei que há opiniões diferentes, mas duvido que alguém diga com a mais profunda das convicções que ali, na barriga de uma mulher grávida, não há uma vida. Penso contudo, que quem tem uma opinião diferente da minha, no mínimo tem dúvidas, assim levanto esta suposição:

Se alguém tiver que demolir um edifício por implosão e, se tiver duvida que está alguém lá dentro, dá a ordem, ou carrega num botão para o demolir?

Sei que devemos ter em consideração variadíssimas questões, como os problemas das mulheres, que o corpo é da mulher, as gravidezes na idade da adolescência, as dificuldades financeiras e sociais, a questão do aborto clandestino e do perigo que representa, o facto das mulheres ponderem ir presas, etc.. Vou ao longo deste tempo tentar abordar estes temas o melhor que poder e com a maior ponderação possível.

Mas atenção, temos que estar cientes que se o SIM ganhar, estamos a permitir a liberalização indiscriminada do aborto até ás 10 semanas, ou seja, a permitir que se faça, aquilo que em minha opinião é: um crime horrendo, bárbaro e grosseiro.

Permitir um aborto, não é mais do que impedir uma criança, que não se pode defender, de ter a possibilidade de nascer, de viver, nem tão pouco, de ver a luz do dia.

7.1.07

Na barriga da mãe com 7 semanas.

Na barriga da mãe com 16 semanas.

Na barriga da mãe com 18 semanas.

Samuel, um milagre da medicina ou da vida?


No início de Novembro de 1999 o bebé Samuel Armas de 21 semanas de gestação foi operado dentro do útero da mãe pois sofria de espinha bífida. A operação foi realizada na Universidade de Vanderbilt em Nashville, Tenessee, EUA pelo Dr. Joseph Bruner. Em determinado momento o Samuel deitou a mão de fora do útero e agarrou o dedo do médico...

O MÃE!

Do teu ventre nós saímos,
tu que és a fonte da vida.
O teu amor nós sentimos,
durante toda uma vida.

Força tão grande não sei onde vais buscar,
algum segredo deves ter para nos contar.

És mais forte que um condor,
lá do alto sempre a observar.
Sacrifícios, sofrimento e dor,
tu os consegues ultrapassar.

De baixo da tua asa estamos sempre a pairar,
abrigo tão grande não voltamos a encontrar
.