30.9.10

Abusos

Tão grave quanto o dsperdicio são os abusos de quem detêm poderes no aparelho de Estado. Estranha-se que ninguem investigue o que fazem durante o dia dezenas de motoristas de detentores de cargos públicos que têm direito a carro de serviço. O que lhes mandam fazer(?)
De tudo - transportar a família às compras, levar os filhos à escola, pais e sogros ao médico e outros variados serviços pessoais.
Há mesmo quem quase todas as semanas, ao domingo e por vezes ao sábado, utilize o motorista e o carro do Estado para se deslocar com a mulher ao supermercado. Vivem na zona de Cascais. Neste caso a despesa ainda se agrava com as horas extraordinárias que o funcionário público apresenta mensalmente.
Estas pequenas não influenciam necessariamente o deficit, denotam acima de tudo desrespeito pelo Estado de Direito, pela instituição que a democracia encerra, pelos contribuintes, pelos mais desprotegidos e uma enorme falta de cultura.

José Maria Pignatelli

Recebe milhões para dar aulas

O ex Ministro da Economia Manuel Pinho, alto quadro do BES, vai dar aulas no âmbito das energias renováveis nos Estados Unidos durante os próximos quatro anos por cerca de 3 milhões de euros que sairão dos cofres da eléctrica portuguesa, EDP.

Manuel Pinho – um independente - vai leccionar na Universidade de Columbia, mas o extraordinário é o facto de não serem os Norte-americanos a pagar qualquer remuneração Esta notícia pode ler-se num link agregado ao website da Columbia University que refere que as aulas de Manuel Pinho são pagas pela EDP e custam apenas 3 milhões de euros.
Extraordinário é o facto da eléctrica nacional não comentar a notícia nem revelar os valores envolvidos. Afinal de contas estamos perante uma empresa participada onde o Estado accionista não revela preocupações de índole ética e moral, num momento de crise que se aprofunda e onde por exemplo se baixam vencimentos aos funcionários públicos, se aumenta o IVA em 2% precisamente em contra ciclo dos países comunitários do Leste da Europa, e se retiram verbas importantes às Câmaras Municipais.

Por outro lado, este acontecimento é mais um que continua a suscitar dúvidas sobre o monopólio da distribuição eléctrica doméstica em Portugal depois dos tão comentados prémios elevadíssimos aos administradores da empresa e dos salários milionários auferidos pelos gestores da EDP Renováveis antes de resultados.

Manuel Pinho licenciado em economia é também (julga-se) um douto sobre questões energéticas. Quanto mais não seja teve a inteligência de retirar dividendos de quando se sentou entre os detentores do poder. É que as mais valias surgem precisamente depois de deixarem a cadeira do poder.

Transcreve-se a notícia original:
Global Leader in Renewable Energy Will Teach at SIPA
Back to News & Events
Manuel Pinho, former Portuguese minister of the economy and innovation, will serve as visiting professor at Columbia’s School of International and Public Affairs (SIPA). In this role, Pinho will help oversee lectures and other new programming to advance education about non-traditional sources of energy. Read more about Pinho and Portugal’s global leadership on energy in the New York Times, which notes that Pinho “largely masterminded the transition” Portugal has made to renewable energy.
SIPA is developing the programming, to launch this fall and to be announced soon, with the support of a gift from Energias de Portugal, S.A. (EDP), one of Europe’s largest energy operators and one of the world’s largest producers of wind energy.
Pinho, a former director of the European Investment Bank and economist at the International Monetary Fund, also will work with SIPA to oversee the development of new coursework, fieldwork, and research through its Energy and Environment concentration. The concentration provides students with the knowledge base and analytical tools needed to address the challenge of sustainably and responsibly powering the developed and developing nations of the world.
Beginning in 2011, SIPA will host each fall semester nearly two dozen students from Portugal’s Instituto Universitário de Lisboa’s Business School (ISCTE), who will enroll in energy-related courses at SIPA. More [August 9, 2010]

José Maria Pignatelli

DESPERDÍCIO

Ouvimos ontem, o governo socialista, vir mais uma vez anunciar medidas de combate ao défice.

Aumentos mais uma vez de impostos, IVA com passagem de 21% para 23%, mas o mais grave não terá sido, esse aumento, mas sim, aquilo que passou um bocado ao lado dos comentadores e do público em geral: a possibilidade do aumento de determinados bens, com uma taxa de 13% para 23%.

Falta-nos agora, aguardar para saber quais serão os bens de consumo que irão sofrer esse aumento.

Reduções nos salários dos funcionários públicos, com vencimentos superiores a 1.500,00€, numa percentagem entre 3,5% e 10%.

Num primeiro escalão, irão estar os vencimentos, entre 1.500,00€ e 2.000,00€ e depois haverá outros escalões, podendo atingir os 10%, nos escalões mais elevados.

Questiono-me, no entanto, sobre o seguinte: não se deveria começar por acabar com o desperdício económico?

Senão vejamos:

Suspensão das horas extraordinárias

Diminuição da frota automóvel, em 50% e não 20%

Suspensão dos cartões de crédito das direcções

Suspensão do direito a veículo, por parte das chefias e directores

Diminuição do número de assessores nos organismos do Estado

Fusão e eliminação de Institutos e outros organismos públicos, dos quais ninguém sabe para que existem

Suspensão de subsídios de combustível

Obrigatoriedade da frota automóvel pública, recolher, a partir das 20 horas e aos fins-de-semana

Suspensão total dos prémios dos gestores públicos, só se os organismos por si geridos, dessem retorno financeiro, vulgo lucro, ao Estado

Suspensão das avenças

Suspensão dos estudos a efectuar, fora dos organismos do Estado, etc., etc..

Quantos milhões de euros, se conseguiriam poupar só com este pequeno número de propostas que apresentei.

Acredito, que caso haja vontade, poderá e haverá muito mais...

Para fazer estas contas, na poupança no erário público, acho que vou precisar de uma máquina de calcular!!!

Somos mesmo fraaaquiiinhooosss



José Carlos Correia

Violar o burro. Sodomizar um país.


Duas notícias ao mesmo tempo: 1ª - Um burro foi violado. 2ª - Novo aumento de impostos pelo Governo. Não deixei de notar um certo paralelismo.





As notícias não têm qualquer ligação. Apenas o facto de por mero acaso as ter visionado em simultâneo. Uma no ecrã do computador. Outra no ecrã da televisão. E notícias que à partida não teriam qualquer relação podiam ser caricatura perfeita uma da outra.

"Jaime ovelha" era um homem problemático. Acabou mal. No seu historial constam dezenas de episódios de violação de todo o tipo de animais. Furtava galinhas e praticava sexo tântrico com elas - 31 exemplares de um só proprietário. Aparentemente Jaime confundia o galinheiro alheio com o bordel local. Acabava as noites coberto de penas enquanto fumava um SG gigante e bebia um copo de branco. Pelo meio, e à falta de um qualquer ser vivo não humano para saciar a sua bizarria sexual, terá ainda violado uma idosa de 90 anos.

A excepção à regra porque o amor de "Jaime Pires do Ó" residia na sodomização de bicharada variada. A última de Jaime vítima terá sido um burro. E segundo o Correio da Manhã terá engendrado a coisa com artes de malvadez: "sodomizou o burro com um pau e tentou incendiá-lo".

Não contente com o sofrimento do bicho, e com o fogo que ardia dentro dele extinto (dentro de Jaime), ainda tentou pegar fogo ao pobre animal pois ter-se-á apercebido que se tratava afinal de um macho e não de uma burra (enganou-o com o olhar). Teve azar. O bicho está vivo e de boa saúde e Jaime acabou com o sobretudo de madeira vestido no cemitério local. Assassinado por desconhecido "com objecto metálico redondo, desferiram-lhe dois golpes fatais. Um no peito, outro junto ao ânus". Provou do próprio veneno.

Perguntar-me-ão o que raio tem isto a ver com o governo? Nada. Ou tudo. Depende da imaginação. O Governo não é o Jaime e o burro não é o povo. Ou o povo não é burro, se preferirem. Apesar de ser comum tratarem-no como tal. E se não aprecio ver um bicho, como qualquer ser vivo, ser violentado com um pau, menos prazer tenho em assistir a um país inteiro ser empalado com subidas generalizadas de impostos, tudo feito impunemente como quem pilha galinhas e faz amor com elas. E ter, ainda por cima, de continuar feliz e baixar as orelhas, como um jerico.

Jaime Ovelha sodomizou um burro e acabou morto. O Governo vai "sodomizando" um país inteiro com medidas de austeridade de toda a forma e feitio e está, aparente e inacreditavelmente, vivo. Jaime usou o pau e o fogo. O Governo usa o IVA, o IRS e outros. Não se sabe se o burro terá apreciado. Mas confesso estar um pouco saturado de ser tratado como um.


PS: 23% de IVA? Meus amigos: "vão roubar para a estrada".

O Assalto de ontem: Orçamento de Estado 2011.


Principais medidas para o OE 2011 e reforço da execução orçamental de 2010.


Ministério das Finanças e da Administração Pública
Gabinete do Ministro de Estado e das Finanças

Principais Medidas para o Orçamento do Estado para 2011 e para reforço da execução orçamental de 2010.

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental, em que se baseará a proposta de Orçamento do Estado para 2011. Algumas delas serão antecipadas para reforçar a execução orçamental de 2010.

É assim reafirmado, com medidas concretas, o total empenhamento do governo português em atingir os compromissos assumidos, em matéria de metas para as finanças públicas em 2010 e 2011, respectivamente de 7,3% e 4,6% do PIB para o défice orçamental.

Estas medidas representam um esforço adicional no sentido de assegurar o equilíbrio das contas públicas, essencial para defender a credibilidade internacional do País e, assim, garantir o regular financiamento da economia portuguesa bem como a sustentabilidade das políticas sociais.

A proposta a apresentar pelo Governo para o Orçamento do Estado para 2011 materializará um conjunto de medidas (as principais são quantificadas no Quadro anexo) que se concentram principalmente na redução da despesa (2% do PIB).

Atendendo a que se trata de um esforço de ajustamento orçamental muito exigente, estas medidas serão complementadas com medidas de aumento da receita, quer no que respeita à despesa fiscal (como já previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento), quer no que respeita ao aumento da receita fiscal e não fiscal. A componente fiscal destas medidas representará aproximadamente 1% do PIB.

Para a redução da despesa, em 2011, o Governo decidiu:

Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos públicos, entidades reguladoras e empresas públicas. Esta redução é progressiva e abrangerá apenas as remunerações totais acima de 1500 euros por mês. Incidirá sobre o total de salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações;
- Congelar as pensões;
- Congelar as promoções e progressões na função pública;
- Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;
- Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;
- Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente com medicamentos e meios complementares de diagnóstico;
- Reduzir os encargos da ADSE;
- Reduzir em 20% as despesas com o Rendimento Social de Inserção;
- Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1. º e 2.º escalões e eliminar os 4.º e 5.º escalões desta prestação;
- Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e sub-setores da Administração: Autarquias e Regiões Autónomas, Serviços e Fundos Autónomos;
- Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Dsenvolvimento da Administração Central (PIDDAC);
- Reduzir as despesas com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas;
- Reduzir em 20% as despesas com a frota automóvel do Estado;
- Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta;
- Reorganizar e racionalizar o Setor Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.

No que respeita ao reforço da receita em 2011:

Redução da despesa fiscal:
- Revisão das deduções à colecta do IRS (já previsto no PEC);
- Revisão dos benefícios fiscais para pessoas coletivas;
- Convergência da tributação dos rendimentos da categoria H com regime de tributação da categoria A (já previsto no PEC);

Aumento da receita fiscal:
- Aumento da taxa normal do IVA em 2pp.;
- Revisão das tabelas anexas ao Código do IVA;
- Imposição de uma contribuição ao sistema financeiro em linha com a iniciativa em curso no seio da União Europeia;

Aumento da receita contributiva:
- Aumento em 1 pp da contribuição dos trabalhadores para a CGA, alinhando com a taxa de contribuição para a Segurança Social.
- Código contributivo (já previsto no PEC).

Aumento de outra receita não fiscal:
- Revisão geral do sistema de taxas, multas e penalidades no sentido da actualização dos seus valores e do reforço da sua fundamentação jurídico-económica.
- Outras receitas não fiscais previsíveis resultantes de concessões várias: jogos, explorações hídricas e telecomunicações.

Relativamente a 2010, o compromisso firme de alcance da meta orçamental do défice de 7,3% do PIB é reforçado através de várias medidas.
Por um lado, a despesa extraordinária relativa à aquisição dos submarinos (contrato celebrado em 2004) e a execução abaixo do previsto da receita não fiscal serão compensadas pela receita extraordinária decorrente da transferência de planos de pensões da Portugal Telecom para o Estado.

Por outro lado, de forma a salvaguardar os riscos da execução orçamental até ao final do ano, antecipam-se, já para 2010, as seguintes medidas entre as acima elencadas para 2011:

- Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1.º e 2.º escalões e eliminação dos 4.º e 5.º escalões desta prestação;
- Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação;
- Reduzir as despesas com medicamentos e meios complementares de diagnóstico no âmbito do SNS e redução dos encargos com a ADSE;
- Congelar as admissões e reduzir o número de contratados;
- Reduzir as despesas de investimento;
- Aumentar as taxas em vários serviços públicos designadamente nos setores da justiça e da administração interna;
- Aumentar em 1 p.p. a contribuição dos trabalhadores para a CGA.

29.9.10

As crises. As revoluções.

A crise é uma coisa má. Infeliz povo que é vítima de maus governos, como é o nosso caso.
Na altura das eleições a crise suspendeu-se, esqueceram-se as dívidas. Bem clamavam alguns mais conscientes, lembrando insistentemente o déficit. Respondiam que não, que era mais importante promover obras, ter iniciativas e sei lá, tantos argumentos mais. Quem se lembra já disso e foi há pouco tempo? Parece que os recursos eram inesgotáveis. O que resolve os nossos problemas é o optimismo! Sejamos optimistas, abaixo o pessimismo!
O prazo para o défit vai ser alargado! Temos tempo de pensar nisso. Lá para as calendas gregas, se ainda formos vivos, talvez convenha pensar nisso. Portugueses, votem nas pessoas optimistas! E lá vai o Zé atrás do canto da sereia. Agora é preciso pagar este optimismo, e, mais uma vez, o Zé paga, agora com língua de palmo.
O que me irrita é que eu, não tendo sequer escutado o canto da sereia, também pago.
Tirem-me deste filme! Deixem-me ir viver para as Berlengas!!
O que temo é que isto ainda acabe em revolução.

Gabinete de Hernâni Carvalho e de Paulo Aido foi assaltado.

A NOSSA SOCIEDADE

Estou «cansado» desta sociedade em que vivemos hoje em dia.
A falta de valores morais, de ética, de família, etc... cada vez mais destroem e arruínam este País, à beira-mar plantado.
A sociedade, hoje parece ter receio que o mundo acabe de um dia para o outro e, então é necessário «viver» a vida o mais rápido possível, sem valores.
A procura de visibilidade, do não esquecimento, obrigam a que as pessoas procurem e se embrenhem em objectivos, de interesse pessoal (camuflados) e não colectivo.
Mas, esta sociedade portuguesa, continua a assobiar para o ar e a preferir não ver o óbvio.
O princípio do «chico espertismo» grassa a nossa sociedade de uma ponta à outra.
Submetemo-nos e aceitamos, muitas vezes de forma disfarçada, certas ideias no sentido de conseguirmos passar a nossa mensagem pessoal, para um determinado grupo, que nos interessa que não nos esqueça e que saiba que apesar de estarmos em fase menos positiva, ainda cá estamos.
É as lutas de poder, em que não se olha a meios para se atingirem fins, usando dinheiros públicos, em ideias e projectos sem o mínimo interesse.
A sociedade hoje em dia «cegou» e não quer ver e separar o «trigo do joio».
Debate-se hoje em dia, acerca de tudo e de nada. Fazem-se projectos e projectos de projectos, gastando-se o dinheiro público, de uma forma desabrida e sem qualquer nexo, e, sem que se verifique o uso de uma determinada palavra: RESPONSABILIZAÇÃO, pelo uso do «nosso» dinheiro.
Criam-se gabinetes para colocar os «nossos» protegidos, não interessando se o mesmo irá criar uma mais-valia com o seu conhecimento, para a sociedade.
Ouvimos os nossos dirigentes políticos, discutirem o aumento dos impostos, pois não é possível reduzir a despesa e verificamos em todos os departamentos do Estado, o excesso de funcionários, a falta de ocupação de muitos deles, o não cumprimento das suas obrigações institucionais... mas, alguém mais uma vez é RESPONSABILIZADO? Não!!!
Como podemos responsabilizar funcionários, se as hierarquias, são as primeiras a não cumprir?
Verificamos, sim, é a ocupação de lugares, em Grupos Desportivos, Culturais, Sociais, Associações, etc...
O trabalhar em prol, do próximo, não interessa, o que é importante é o «eu».
As pessoas cada vez mais, olham para o seu umbigo e não conseguem ver e avaliar aquilo que os rodeia: a pobreza, o desemprego, a fome, etc...
E acabo com a frase com que iniciei este desabafo:
Estou «cansado» desta sociedade em que vivemos hoje em dia.
Somos uma sociedade muito fraaaaquiiiiiinnnhhhaaaaa!!!

José Carlos Correia

Queijos diferentes só no nome

Entre nós a confusão nas estratégias chegam aos mais tradicionais produtos alimentares. Temos dois queijos iguais, produzidos no mesmo local cujas diferenças são unicamente duas - o nome e o preço.
A Cooperativa dos Produtores de Queijo da Beira Baixa produz o conhecido queijo artesanal Castelo Branco, produto alimentar certificado que utiliza o leite de ovelha crú como base única. Mas também vende o mesmo queijo com o nome Idanha-a-Nova. Este não tem qualquer titulo de qualidade e custa menos 2 euros por quilo aproximadamante.
É extraordinária esta forma que se encontrou para baralhar o consumidor e arranjar debates patéticos sobre qual deles é ou não melhor.
Não discuto sobre qual destas é a designação correcta. Porventura nenhuma. Que me recorde esta confusão persiste há mais de 45 anos. E, afinal de contas este maravilhoso queijo dos melhores que se produz no País podia ter vários nomes - queijo do Ladoeiro, de Alcains, de Penamacor, da Lardosa, do Oledo...
A questão está na sensatez, num marketing de verdade, na credibilidade de uma região... Um produto artesanal, único, não pode confundir-se com a indústria em série que aceita fabricar "marca" e "linha branca" em simultâneo, onde basta mudar o rótulo ou quanto muito também a embalagem.
Urge entender que somos pequenos e periféricos e que o futuro se encontra na nossa diversidade de culturas concretizada pelos produtos de excelência ímpares e forçosamente com um preço justo, naturalmente mais elevado que a concorrência da indústria de massas. Estamos a falar de qualidade, sempre, sem sobressaltos.
Trata-se do fim-de-linha de uma cadeia que subsiste da pastoricia de rebanhos com os melhores ovinos e caprinos que se possam imaginar, fruto do engenho e arte que passa de pais para filhos há dezenas de anos.
E isto tem um custo. O prestígio de uma região e mesmo do País em alguns casos.
Estas marcas de queijo não fazem qualquer sentido, muito mais em dois concelhos que possuem muito mais coisas boas do que negativas apesar da interioridade... ou não fosse o talento de um autarca que começou por colocar Idanha-a-Nova no mapa nacional e internacional por força da dinâmica do turismo cinegético e termal, partindo depois para Castelo Branco com os mesmos desafios.
Esta questão é ainda mais inaceitável se atendermos à qualidade e criatividade dos veículos de comunicação existentes como o exemplo da revista "Adufe".
Oxalá saibamos proteger a verdade, sempre!
José Maria Pignatelli

27.9.10

“PENSAR ODIVELAS”


Projecto de Acção de Dinamização e Revitalização do Comércio Local



O CDS-PP de Odivelas na pessoa do seu Presidente da Comissão Política e Concelhia Miguel Xara Brasil, lançou recentemente um desafio à população do Concelho, convidando-a a participar proactivamente em projectos a desenvolver, com impacto positivo na vida dos Munícipes.

Assim e considerando-se de extrema importância a participação da população nos destinos do Concelho, decidiu-se atribuir uma atenção especial e fundamental ao conceito de proximidade, de partilha de ideias, bem como a condução de novos projectos que possibilitem a elevação da qualidade de vida dos Munícipes de Odivelas.

Em suma, pretende-se acima de tudo elaborar propostas contemplando diversas sugestões viáveis que sirvam esses mesmos propósitos. Para isso, reuniram-se vários grupos de trabalho temáticos sobre o lema “Pensar Odivelas”, abordando além da vertente económica, igualmente as restantes áreas administrativas da gestão municipal, como sejam, a economia a cultura, o ambiente e urbanismo, a educação e a saúde.

No que à vertente económica diz respeito, e dada a necessidade de intervenção urgente, achou-se premente actuar em primeiro lugar sobre o comércio tradicional local ou de proximidade.

Assim, foram-se reunindo sugestões que resultaram num conjunto de iniciativas que visam essencialmente, por um lado, habilitar os comerciantes locais, a encontrar caminhos que sirvam os interesses e o desenvolvimento próprios de cada sector de actividade, por outro dotá-los com algumas medidas para que essa relação de desenvolvimento e de modernização se estabeleça e prevaleça.

Esta estratégia não é nova e é comum a outros Municípios de País que estão presentemente a desenvolver demarches semelhantes que contemplem a sobrevalorização e a diferenciação do comércio local, bem como, colocá-lo num lugar de extrema relevância no contexto sócio económico de cada Concelho.

O Ministro das Finanças Suiço sobre Portugal.

26.9.10

Odivelas Um Rumo - Mais um número redondo.



Este é nada mais, nada menos que o post 2.000 deste blogue.

Obrigado a todos os que aqui "postam" e sobretudo a todos aqueles que nos visitam.

O rescaldo do dia de ontem.


Como todos os que acompanham as minhas intervenções ou este blogue sabem, nos últimos tempos dediquei muito do meu tempo em prol do Projecto de Revitalização e Dinamização do Comércio Local.

Tudo isto porque entendo que a minha intervenção, sem o prejuízo de criticar o que me pareça errado, deve ser sempre feita duma forma construtiva. Sei que é mais trabalhoso, mas enfim, entendo que deve ser desta forma.

Também entendo que nada se pode construir com propostas avulsas e desenquadradas, como tal propus-me há uns tempos a colaborar no desenvolvimento, não de propostas, mas de projectos. E sem que tivesse a noção, hoje ao elaborar um novo documento sobre o Projecto, cheguei à conclusão que ontem foram apresentadas cerca de vinte propostas, as quais no seu interior ainda tinham cerca de mais cem sub-propotas/sugestões.

É assim que eu entendo que as coisas devem ser feitas e será assim que as vou continuar a fazer, assim consiga continuar a contar com a colaboração que todos me deram e com “alguma” disponibilidade de tempo, o que nestas coisas é sempre necessário.

Embora ontem algumas coisas não tenham corrido como eu desejaria, foi a primeira apresentação deste tipo que fizemos, o certo é que sobre o trabalho, ou seja sobre o Projecto de Revitalização e Dinamização do Comércio Local, que era o importante, só ouvimos aprovações.

Entre outras que não foram filmadas, convido-os a ouvir as palavras que Vítor Machado (Presidente da Junta de Freguesia de Odivelas) e a Dr.ª Maria Máxima Vaz proferiram a este respeito.


25.9.10

Foi um dia grande, mas valeu a pena!


O projecto de Revitalização e Dinamização do Comércio Local de Odivelas foi apresentado e o reconhecimento da sua qualidade foi salientado por todos os que estiveram presentes.

Estou certo que é isto que os eleitores esperam dos seus representantes.

Obrigado a todos.

Para Odivelas e Por Odivelas (2)



Hoje dia 25 de Setembro de 2010, no Auditório do Centro de Exposições de Odivelas, pelas 14h30, vai ser dado mais um passo importante para o Concelho de Odivelas com a apresentação do;
Projecto de Dinamização e de Revitalização do Comércio Local.
Gostaria de referir que, este meu contributo consagra os propósitos também da minha participação de opinião neste espaço. E como tal, este Projecto vem reflectir na práctica a concretização de um sonho que é o tudo fazer para melhorar e por que não até dignificar o Concelho de Odivelas e seus munícipes!
Em consonância com o meu primeiro Post aqui no Um Rumo
"Para Odivelas...e Por Odivelas..."

"...Sou filha da Terra! Nasci e cresci aqui! Pretendo manter a minha família num Concelho que marque a diferença, com pessoas empreendedoras e dinâmicas lutando por viver num lugar onde todos se mobilizem e se esforcem por encontrar soluções válidas que melhorem de facto a vida dos Odivelenses! Pretende-se acima de tudo estabelecer uma relação proactiva, criando “pontes de convergência” e não “muros de separação”, trabalhar em conjunto contrariando as dificuldades e as lacunas que ainda assolam o nosso Concelho, em parceria, se for caso disso com o executivo municipal, como com todos os que quiserem contribuir com sugestões que sirvam os interesses dos Odivelenses. Assim, aqui neste espaço vamos contar com opiniões construtivas que nos habilitem a inventariar Um Problema / Uma Solução - Um Novo RUMO para Odivelas!"
Assim sendo, contamos consigo para participar igualmente neste acontecimento importante para Odivelas e para os Odivelenses!

24.9.10

Xangai - e se lá houvessem Cubos de Marmelada de Odivelas?


Xangai2010: pavilhão português vendeu 17 mil pastéis de nata num dia.
por Agência Lusa , Publicado em 24 de Setembro de 2010.

A venda de pastéis de nata na cafetaria do pavilhão de Portugal na Expo2010 chegou ao recorde de 17 000 na quinta feira, o dia mais concorrido do certame, com cerca de 630 000 visitantes.

A afluência ao pavilhão de Portugal foi também a maior de sempre desde a abertura da Expo2010, no passado dia 01 de maio.

“Tivemos cerca de 75 000 visitantes, que é quase o dobro do anterior recorde. Foi um dia especial em tudo, com filas permanentes para entrar no pavilhão e até para comprar pastéis de nata”, disse à agência Lusa um responsável português.

Veja aqui o resto da notícia.

Continuamos a Pensar Odivelas

Continuamos a Pensar Odivelas, em Odivelas, com os odivelenses e para os odivelenses.

Amanhã damos mais um passo importante neste sentido. Vamos apresentar o Projecto de Revitalização e Dinamização do Comércio Local.

Vai ser no Auditório do Centro de Exposições de Odivelas, as 14:30. A entrada é livre.


Teresa Salvado

Novidade?


Mais cortes e impostos à vista.

Nada que eu não tivesse dito antes do Verão, a continuar assim em pouco tempo passamos a viver como os chineses, 16horas de trabalho por pouco mais que uma chávena de arroz.

Isto para alguns, que para outros ....



23.9.10

Para a Teresa:

Mobilidade, ciência e cultura na defesa do comércio tradicional








O comércio tradicional é a âncora da economia das cidades. E continua a sê-lo apesar da revolução que se fez no comércio sobretudo pela criação das grandes superfícies, conceito onde se juntam lojas de tudo e para todos os gostos ao conforto da mobilidade de maior eficiência.

Nos países do Norte e do Centro da Europa o comércio tradicional adaptou-se principalmente jogando os argumentos da centralidade e da qualidade. Em Paris, as bancas de fruta dos vendedores ambulantes são um dos maiores exemplos de rigor… parece saídas de um filme de princesas e continuam a ser uma das muitas imagens de marca da cidade além fronteiras.

Naturalmente que esta modernização contou com alguns investimentos paralelos feitos pelo sector público, nomeadamente em matéria de mobilidade e de atracções que motivassem o aumento quanto mais não fosse do turismo interno.


Em Portugal também há quem o faça e de várias maneiras. Curiosamente alguns dos melhores exemplos acontecem em concelhos mais pequenos e pobres. Vejamos os casos de Mora com a construção do fluviário, os fantásticos projectos dos centros de Ciência Viva, nomeadamente:

· Do Alviela no concelho de Alcanena, com um fantástico Quiroptário a permitir sessões virtuais que nos transportam a milhares de anos atrás;

· De Constância que nos permite ver o céu “real” em toda a sua grandiosidade, mesmo sobre nós numa sala para pouco mais de vinte pessoas;

· De Sintra que convida à experiência de dezenas de módulos interactivos como uma sala de espelhos genética, reacção e visão de conjunto… (www.centroscienciaviva.pt)


Não menos importante temos o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota no concelho da Batalha, um excelente exemplo a seguir para contar a história e histórias de D. Dinis... que – imagine-se - é visitado por milhares de espanhóis (fundacao-aljubarrota.pt).


Mas quer se queira ou não, a economia suporta-se também nas questões infraestruturais. A mobilidade é a maior. Uma preocupação transversal a todos os grandes meios urbanos. Naturalmente que há excepções e bastantes. Todas aquelas cidades que viram os seus autarcas preocuparem-se com estas questões atempadamente, que tiveram a capacidade de prever o futuro e planear.

Este tema passou a fazer parte das prioridades dos políticos, urbanistas, comerciantes, industriais e grupos de cidadãos mais ou menos anónimos com ou sem deficiências no final da década de 50 e princípio dos anos 60, particularmente entre os que viviam nos meios urbanos mais penalizados pela segunda Grande Guerra.

Foi preciso reconstruir cidades, afastar os receios de uma pobreza extrema e persistente.

Precisou-se pensar depressa e bem para que as novas cidades perdurassem no tempo de forma a adaptarem-se ao crescimento populacional que era expectável.

Conseguiram-se exemplos de sucesso. A metade de Berlim que foi gerida durante 50 anos pelo Ocidente foi uma delas, particularmente pelos eixos viários e de transportes que se criaram, bem como a renovação de infra-estruturas desportivas – o antigo complexo Olímpico da era de Hitler é exemplo do que melhor se pode fazer em matéria de reabilitação - e criação de novas com o objectivo de fomentar as actividades sócio culturais e desportivas. Recordo o elevado número de piscinas públicas (uma por bairro) que são fundamentalmente tanques de aprendizagem. É que em Berlim na década de 90 todos eram obrigados a saber nadar a partir dos sete anos.

Mas a mobilidade encontra desenvolvimentos ímpares na maioria dos países da Escandinávia, no centro da Europa, como no Luxemburgo, na cidade alemã de Colónia, na Suíça ou na Áustria.

Franceses na frente

Mais recentemente os franceses ensaiaram modelos quase perfeitos a partir principalmente do transporte ferroviário, onde são líderes europeus há décadas. A melhor lição é dada em Nantes, a sexta maior cidade francesa a Oeste daquele País onde importava, por um lado aproximar as duas margens do rio Loire, a própria Ilha de Nantes, por outro preservar o centro da cidade, o património, o comércio tradicional e os serviços, retirando parte significativa do tráfego automóvel.

Tratou-se de ajudar a economia local de uma cidade que se tornou opção de desembarque para mais de um milhão e meio de passageiros que anualmente fazem voos transcontinentais, sobretudo em companhias lowcost, com destino a Paris. Aí entrou o TGV em ligações a Paris ou a Orly (esta última cidade também ela uma plataforma entre vários transportes intercontinentais).


O poder local em Nantes percebeu que este fenómeno fez disparar o turismo e aí as empresas locais, particularmente o comércio, encontraram nova oportunidade em aumentar as receitas. Daí a necessidade de tornar o centro da cidade mais atractivo com maior qualidade de vida.

Iniciou-se um projecto de mobilidade cruzando três géneros de transporte com uma gestão integrada. O resultado foi excelente. Em Nantes a mobilidade é quase perfeita. No centro da cidade deixaram de circular mais de 40% dos automóveis particulares que o faziam em 2001. Um só bilhete, um só passe ou um só grupo de bilhetes ou passe(s) adquiridos localmente em máquinas automáticas, em postos do turismo ou ainda na internet, permitem circular e mudar de transporte as vezes que se pretender durante o dia ou durante uma semana.


Vencem os comerciantes e o centro da cidade

Ganharam todos: os que habitam na cidade, os que a visitam, os agentes económicos particularmente o comércio tradicional e os responsáveis que obtiveram o mais importante prémio internacional para projectos de mobilidade concretizados.


No passado fim-de-semana, numa reportagem apresentada pela TVI e realizada por jornalistas da estação, percebemos que este programa se concentra na utilização do metro de superfície, do busway (autocarros com eficiência energética com elevados padrões de conforto) e do barco e na gestão integrada onde se encontram dois call center (centros de comunicações) que permitem fazer a gestão dos passageiros nas várias linhas destes transportes prestando as mais detalhadas informações e a própria gestão da circulação e do parque circulante.

O sucesso deste projecto é mesmo a gestão aplicada que responde às maiores preocupações – eficiência, segurança, cumprimento dos horários, conforto, economia, eficácia energética e contribuição para a melhoria ambiental.

Sinal positivo ainda para o facto de em paralelo ser possível fazer a gestão de transportes ocasionais requisitados por pessoas de menor mobilidade ou moradores em locais fora das rotas dos transportes habituais que conseguem servir diariamente mais de 1100 cidadãos.


Não menos extraordinário neste programa é o facto da adaptação dos veículos às novas tendências como por exemplo a utilização de unidades a gás natural a única alternativa imediata aos combustíveis derivados do petróleo e que no futuro evoluirão para viaturas híbridas, gás natural e electricidade com a vantagem da maior mobilidade pelo facto de não terem catenária.

Em Nantes a rede de Busway é a mais recente – data de Novembro de 2006 precisamente 21 anos depois da instalação da rede de Tranway, o metro de superfície.

A rede de Busway é o primeiro sistema francês de autocarros em via exclusiva, estende-se por 6 quilómetros e possui 15 estações, enquanto a rede do metro de superfície desenvolve-se por 3 linhas que totalizam quase 42 quilómetros com mais de 90 estações.

O Busway circula à velocidade média de 20 km/h e precisa de 20 minutos para cumprir o trajecto. O intervalo entre partidas dos veículos é de 3 minutos nas horas de ponta e de 7 minutos no período normal do dia. Neste sistema são utilizados 20 veículos todos iguais - autocarros articulados com piso rebaixado construídos pela Mercedes Benz sobre o modelo Citaro movidos a gás natural, também conhecidos entre nós, mas com design exclusivo para a rede de Nantes(ver imagem).


As vias dedicadas – espaço canal – são uma espécie de tabuleiros nas zonas centrais das avenidas sem recurso a quaisquer separadores. Em algumas artérias da cidade o Busway circula em vias paralelas às utilizadas pelos veículos automóveis convencionais.

No centro da cidade habitam cerca de 290 mil pessoas e no total da área metropolitana o número ultrapassa os 805 mil. Todos os dias, mais de 300 mil residentes utilizam os transportes públicos.


José Maria Pignatelli

Ontem foi um dia interessante e comprido.


Comprido,
porque começou à 7.30h e acabou às 2.00h.
Durante esse período, para além de ter estado no escritório tive a oportunidade de visitar vários comerciantes (Olival, Póvoa, Ramada e Odivelas) e alguns Presidentes de Junta, tive Comissão na A. Municipal, ouvi o inicio da Conferência promovida pelo Circulo D. Dinis onde o orador principal foi o Prof. Braga de Macedo (infelizmente só pude assistir ao início) e por fim, participei no Informalidades.

Interessante, porque gosto sempre de falar e conhecer novas pessoas, pois entendo que é altamente enriquecedor. E Interessante também, porque ao longo do dia fui sabendo e percebendo muitas “coisa”, para além de finalmente, ao fim de uns tempos, ter reencontrado um “velho” amigo, o qual tem sabido elevar a qualidade do debate aqui no Concelho.

Hoje, a vida continua, tendo a agenda muito preenchida a Pensar Odivelas.


As parcerias público-privadas

Em entrevista, o Doutor Eduardo Catroga, considerou uma irresponsabilidade este sistema de fazer obras. É um individamento para o futuro, remetendo o pagamento para as próximas gerações. É como diz o povo, "quem vier, que feche a porta". As vantagens são para os privados, os encargos são para o público. É um bom investimento (para os investidores). Para eles (e uns outros que todos conhecemos), é que Odivelas é uma terra de oportunidades.
Na Câmara de Odivelas, tem-se usado e abusado deste sistema. Era preciso fazer obra para os munícipes verem....e....votarem. E por se ter ido longe demais é que a Câmara agora não tem dinheiro para "mandar cantar um cego".

Imaginem...

de Mário Crespo
Mário Crespo, jornalista da SIC escreveu mais um texto pertinente e cheio de oportunidade, interrogando-se sobre o que poderia suceder se todos os administradores aceitassem baixar 10% nos salários e em todas as mordomias que têm. Lançou o mesmo repto aos que beneficiam de reformas milionárias, acima dos 6.000 euros mensais. Só pediu 10% como fez a administração da TAP e sobre todos os montantes auferidos, prémios incluídos.
Contudo, Mário Crespo não publicou números, também porque as contas não são fáceis de fazer. De qualquer forma, utilizando a Internet e num quadro de referência com cálculos vários chegamos à conclusão que poderemos estar a falar em mais de 35 milhões de euros anuais e apenas referentes às administrações de 77 empresas públicas. Já nas reformas o valor rondará os 10 milhões de euros anuais. Naturalmente que 45 milhões de euros é um montante importante.
E agora imaginem juntar a isto as verbas que se gastaram na candidatura ao Mundial de Futebol, mesmo em conjunto com a Espanha, que parece desajustada da realidade e que terá um retorno financeiro que dificilmente pagará o investimento. Adicionar ainda o montante que se pretende gastar com o comboio de alta velocidade.

Segue-se o texto de Mário Crespo:
Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.

Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.

Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.

Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.

22.9.10

Pensar Odivelas.


Ontem fiz a apresentação do Pensar Odivelas à imprensa (pode ver aqui o vídeo), agora segue-se, no próximo Sábado (25/9), a partir das 14.30 a a presentação do Projecto de Revitalização e Dinamização do Comércio Local.

É um projecto bastante extenso que abrange vários ou quase todos os sectoresde actividade e a totalidade das freguesias.

Será no Auditório do Centro de Exposições de Odivelas e a entrada é livre.

Agora vou eu almoçar.

Embora gostasse, não vai ser numa mesa tão chique, mas pelo menos uma sopa e um croquete, terá que ser.

Há almoços e almoços!

Hoje há Informalidades.

A piada do dia!!!


"Governo Civil de Lisboa alerta sindicato para a concentração de polícias não afectar piso do Terreiro do Paço"

Está é muito boa. ahahahahahahahah. Adoro o sentido de humor desta gente. Ó pá, é que têm mmesmo jeito. Verdadeiros concorrentes aos artistas de stand up comedy. Continuem assim, miúdos. Estão lá.

Um buraco cada vez maior.

O endividamento de 18 empresas públicas em 2009 é 10% superior aos valores do ano anterior.

Odivelas voltou à TV.

Mais uma vez Odivelas aparece nos noticiários nacionais, desta feita na TVI e por um mau motivo, a falta de alimentação de uma escola na pontinha. Ora Veja!

21.9.10

Paulo Bento, o seleccionador que se segue.


Depois de Queiroz, o senhor que se segue à frente dos destinos da Selecção Nacional de Futebol é Paulo Bento.

Não me parece, pelo que acompanhei aquando da sua passagem de 4 anos pelo Sporting, que seja a pessoas com o perfil indicado para o momento.
Tenho dúvidas sobre a capacidade que terá de mobilizar e motivar os jogadores, tenho duvidas que consiga ter mão nas víboras que há no futebol e tenho duvidas que consiga ter um fio de jogo e um discurso capaz de mobilizar os portugueses no apoio à selecção.

Espero estar enganado.

A "brincar" com Pagagnini

A música encerra vários momentos inesquecíveis. Permite grandes espectáculos. Proporciona a aparição de novos talentos. A música faz-se com muitos mas também com poucos instrumentos.
O link em baixo mostra-nos quanto é possível estar acima da média e a capacidade de oferecer 7 minutos formidáveis com Pagagnini em "Le plus grand cabaret du Monde".



José Maria Pignatelli

20.9.10

Pensar Odivelas - Mais um passo.


Amanhã será apresentado à Comunicação Social um projecto ao qual ultimamente tenho dedicado muitas horas de trabalho.Estou a falar do PENSAR ODIVELAS.

Para além disso falarei um pouco do primeiro trabalho desenvolvido neste âmbito, o qual está relacionado com a Revitalização e Dinamização do Comércio Local e cuja apresentação decorrerá no próximo Sábado às 15.00h.

18.9.10

Imagens do dia de hoje:



MAIS FITNESS LISBOA e CASCAIS.

Amanhã (Domingo) será em Odivelas.

10.30h.

Colinas do Cruzeiro.
(Parque Bio Saudável)






Loures ensaia Feira Setecentista


A Câmara de Loures ensaia uma feira setecentista no próximo domingo dia 26 de Setembro com um programa ambicioso de 12 horas.
O evento decorrerá em Santo Antão do Tojal e será no fundo a grande festa da freguesia.
Surpreendente é a organização mostrar empenho na divulgação do evento, traçando uma política de comunicação que por um lado alcance meios mais abrangentes e, por outro chegue às mãos de munícipes dos concelhos limítrofes como Mafra e Odivelas.
Do programa percebe-se que o homenageado é o Rei D. João V.
Enquanto em outros concelhos se medita em soluções para revitalizar o tecido sócio cultural e económico, procurando em simultâneo novas formas de captar receitas, o Município de Loures continua a concretizar seguindo os passos de Viana do Castelo, Vila do Conde, Lamego, Ponte de Lima, Viseu, Santarém , Óbidos, Torres Vedras, Beja e Portimão.

José Maria Pignatelli

Médicos dos hospitais conhecem a má fama do Centro de Saúde de Odivelas

A saúde em Odivelas vai de mal a pior. E imagine-se que já é reconhecida nos hospitais de Lisboa. Um reputado dermatologista do Santa Maria solicitou a uma munícipe de Odivelas que pedisse um "P1" (a requisição) para uma consulta no serviço de medicina cardiovascular daquela unidade hospitalar... E interrogou a paciente sobre o nome da sua médica de família e o respectivo centro de saúde a que pertencia para redigir uma missiva. Ao que a odivelense respondeu: "Não tenho médica de família e pertenço ao Centro de Saúde de Odivelas"
O clínico retorquio: "À extensão do Bairro Olaio ou o da Rua dos Bombeiros?".
A doente confirma o velhinho centro da rua dos Bombeiros e o dermatologista responde "Não se incomode e pode estar tranquila porque vou iniciar procedimento interno caso contrário não a veremos aqui nos próximos meses".
O médico ainda afirmou que tinha conhecimento do péssimo serviço prestado naquela unidade de saúde e que alguns dos melhores e mais jovens médicos de família deixam a instituição por troca com o serviço hospitalar, sobretudo por falta de condições de trabalho e excessivo número de pacientes por clínico.
O que aquele dermatologista não imaginava é que os profissionais da extensão do Bairro Olaio estam agora na rua dos Bombeiros enquanto decorrem obras e que, para se conseguir uma consulta com um médico de recurso é preciso estar à porta do Centro de Saúde entre as 6 e as 7 horas da manhã e, mesmo assim, a consulta não está garantida... porque o nomeado médico de recurso poderá ter de prestar cuidados a alguns clientes da sua carteira.
Obrigam-se assim centenas de utentes de idade mais avançada a permanecer em filas, quase sempre de pé, e ainda por cima sob a indiferença quase total de quem presta serviço e dirige aquela unidade de saúde, a principal da cidade e do concelho de Odivelas. Uma vergonha.

José Maria Pignatelli

17.9.10

Mais Fitness - Domingo em Odivelas

Domingo (19/9/2010) às 10,30h.
Colinas do Cruzeiro (Parque Bio-Saudável).

Mega-Aula Fitness ao Ar Livre.


Roupa e calçado desportivo.
Coreografia muito simples de 30 minutos.

Oferta de 300 T-Shits aos primeiros a chegar.



Homenagem sincera

Este texto foi escrito pelo radialista, da Rádio Comercial, Pedro Ribeiro, no seu blog "Os Dias Úteis"
Este texto serve de alerta para todos os que têm filhos e todos os que têm responsabilidades sociais.
Este texto é, acima de tudo, uma homenagem sincera e sentida, uma mensagem de solidariedade a todos os pais e filhos que foram separados de forma violenta.



"13 de Setembro de 2010
O dia em que aprendi o que é estar morto.
Hoje, estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os olhos à procura, à procura, à procura.
Morri, ali.
A minha filha deveria sair da Escola de Santo António, na Parede, apanhar uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la.
O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou: "papá?"
Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror que nunca mais vou esquecer. E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus, obrigado! Estacionei às tês pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem.
Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá" eu soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.
Como cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências boas e afinal é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.
E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este horror?
Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo sobrevivendo, morreram para sempre.
Eu tive a sorte de poder renascer.
E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta, segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar descansados.
Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola" eu disse para mim: que importância é que isso tem? Nenhuma, realmente, não tem nenhuma importância.
Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha tido a bênção de poder nascer de novo".


Teresa Salvado

16.9.10

Informalidades de ontem – Os Assuntos.


Ontem houve mais uma sessão da Tertúlia Informalidades.

Para além de ter destacado o lugar de relevo que já tem no Concelho o Festival da Sopa que se realiza anualmente em Caneças, qual demonstra que em Odivelas quando se quer, sabe-se fazer, peguei em mais dois assuntos que me parecem importantes:

1 - A grave crise que atravessa o comércio na freguesia do Olival Basto (post relacionado).



2 - O facto das obras há muito reclamadas na Escola Barbosa du Bucage (Póvoa de St.º Adrião), terem começado há pouco tempo e por isso estarem a ser realizadas, sem qualquer justificação, em pleno período escolar. Esperemos que pelo menos estas obras eliminem de vez os imensos perigos que lá existem para a integridade física dos alunos (post relacionado).


Odivelas: O lixo continua.


Fez ontem uma semana que uma munícipe residente na Ribeirada interveio no Informalidades no sentido de denunciar que estava um amontoado de lixo junto ao ecoponto.

Ontem, passado uma semana, voltou a aparecer e entregou-me umas fotografias desse amontoado e afirmando que o mesmo ainda lá se mantinha.

Este não é um caso isolado no Concelho, antes pelo contrário, e segundo parece, as queixas tem-se vindo a intensificar e o problema dá sinais de estar a ganhar uma maior dimensão.




Informalidades: Ontem houve cara nova.


Ontem foi quarta-feira e por isso mesmo houve Informalidades.

Foi feito num formato um pouco diferente, intervenções mais curtas de cada um de nós, o que provocou uma maior dinâmica e inter-acção entre todos os participantes, sinceramente gostei.

Para além destas alterações, por ausência da Graça Peixoto, tive ao meu lado a Madalena Varela. Igual a ela própria, com as suas intervenções soltas e desprendidas, contribuíram de forma positiva para mais esta tertúlia.

15.9.10

Hoje há Informalidades.

Para além do António Pedro e do Miguel Ramos, hoje por impossibilidade da Graça Peixoto, terei o grato prazer de ter a companhia da minha colega blogueira Madalena Varela.



14.9.10

Cuba adere às parcerias público-privadas.

Definitivamente o mundo está a mudar, a seguir ao início da crise financeira viu-se países considerados capitalistas a nacionalizar e agora vê-se Cuba a incentivar o capitalismo e a recorrer a parcerias público-privadas.

É que acabei de ouvir que o Governo cubano tomou a decisão de despedir, não um, não dois, não cem, não mil, não cem mil, mas sim, MEIO MILHÃO (500.000) de pessoas. Lembro que o único empregador é o estado.

Para minimizar o problema, o governo cubano vai permitir que os cubanos abram os seus próprios negócios ou empresas, a troco do pagamento de impostos.

Tal situação, mais não é que reconhecer a incapacidade do estado para gerar a riqueza necessária e simultaneamente, solicitar aos privados que o façam a troco de uma remuneração, impostos.

Para além de estar curioso para ouvir alguns intelectuais de esquerda que há pouco tempo davam o capitalismo e o liberalismo como aniquilados, estou curioso para ver, se daqui a uns tempos (anos), caso a economia cubana por acaso recuperar e caso se mantenha num regime ditatorial, se vamos voltar a assistir a nacionalizações em Cuba.

A notícia, imagine-se, foi comunicada pela Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), o único sindicato da ilha e é curioso que nesse comunicado não vemos a convocação de nenhuma greve, nem tão pouco a de uma manifestação. Clique aqui para ver a notícia.

Um novo Bloguer – Xico da Memória.


O Um Rumo conta a partir de hoje com um novo bloguer, trata-se de Xico da Memória.

O Xico da Memória é alguém que conhece o Concelho como poucos e que por motivos pessoais que eu compreendi optou por utilizar um pseudónimo.

O seu primeiro post já foi colocado e tem como titulo, A República em Odivelas.

A República em Odivelas

Centro de Exposições – Fui ver e fiquei baralhado. A exposição no 1.º piso não comento. Os artistas têm carta branca.

No piso 0, reina a confusão! Uma profusão de notícias misturadas! Aquilo não é exposição, é confusão! Uma barafunda! Aquilo parece feito por um anti-republicano! O único critério visível é a ausência de critério.

Esta é a primeira visão que cai sobre nós quando entramos – uma parede forrada com fotocópias onde as notícias se atropelam….

TENTANDO APRENDER ALGUMA COISA, VIRAMO-NOS PARA OS PAINÉIS.

Desânimo. Então não há uma sequência lógica para os colocar? Não acredito que não haja!!

Os acontecimentos não são apresentados por uma ordem cronológica ou por outra qualquer. Os assuntos não têm uma sequência. Quem os organizou deve ter-lhe dado alguma sequência, certamente. Têm a certeza que não trocaram as suas posições originais? Vejam lá, não nos baralhem mais!

Queria dizer bem de alguma coisa e dispunha-me a elogiar os painéis da bandeira, quando reparei que não contaram alguns castelos. É que, sendo 3 em cada canto e havendo quatro cantos…não são 9. Até os maus alunos a matemática acertavam! Foram excluídos por serem contra a República?

É caso para dizer:

Isto é que é uma república!!

13.9.10

Susana Amador na RTP 2

Imagem positiva de Odivelas

Susana Amador, presidente da Câmara de Odivelas interveio esta tarde no programa da RTP 2 “Sociedade Civil” cujo tema central foi o ensino e as infra-estruturas escolares, tocando numa das feridas do sistema ao afirmar que um dos maiores problemas na educação nacional é a deficiente comunicação entre ministério e professores, câmaras municipais e associações de pais e estes com a escola.

A autarca - para quem estes problemas são transversais no País - lamentou a fraca participação da comunidade na discussão destes temas e consequentemente na solução de alguns deles, tão importantes para o futuro.

Susana Amador não escondeu a sua estratégia em privilegiar o sector da educação e recordou algumas das dificuldades orçamentais para a colocar em prática, afirmando que Odivelas era carenciado neste domínio quando foi elevado a concelho.

Evidentemente que a obra a este nível é visível independentemente das lacunas e erros em algumas das edificações, bem como das derrapagens em quase todos os orçamentos das últimas escolas construídas que têm ultrapassado os 12%.

De qualquer forma Susana Amador esteve à altura do painel e levantou algumas questões pertinentes a merecerem debate urgente.

Desta vez Odivelas esteve em destaque pela positiva.

José Maria Pignatelli

Pensamento do Dia.


“Tenho pena de ver tanta asneira na boca de tanta gente”.

Esta semana ouvi esta expressão da boca de um autarca do Concelho. Fiquei com a ideia que nunca ouvi uma só pessoa, formada, doutorada e com um mestrado, dizer em menos de doze minutos e escrever meia dúzia de linhas, tantos disparates em tão pouco tempo.

Penso que nem mesmo eu, apenas com um pouco mais que a quarta classe, o conseguiria fazer.

O erro da RTP

O Caso Casa Pia está encerrado para uns, mas para outros só agora parece ter começado. Estranho é que este mega processo judicial que já teve o seu desfecho em primeira Instância parece envolver apenas um único protagonista, o ex-apresentador de televisão Carlos Cruz.

Enquanto ouvimos Catalina Pestana, antiga Provedora da Casa Pia, afirmar que o processo terminou com as condenações, independentemente das certezas sobre se os arguidos vão ou não cumprir as penas, para determinados líderes de opinião o processo parece ter iniciado.

A RTP é o exemplo: num espaço de uma semana Carlos Cruz, um dos condenados, esteve nos programas ‘Prós e Contras’, ‘Grande Entrevista’ e num ‘Telejornal’.

A este propósito a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) emitiu um parecer com uma avaliação negativa do desempenho do serviço público por ter dado especial destaque e até protagonismo a Carlos Cruz.

Por seu lado, José Alberto Carvalho director de Informação da RTP, afirma numa carta publicada no site daquela estação televisiva: "Recordamos que procuramos ouvir, sistematicamente, diversos agentes envolvidos no processo – vítimas, advogados, magistrados judiciais e do Ministério Público".

No documento da RTP pode ler-se que "a direcção de Informação da RTP acredita firmemente no princípio universal da liberdade de expressão consagrado na Constituição da República, por incómodo que tal exercício possa provocar ao poder político, religioso, económico ou judicial...”

Mais José Alberto Carvalho garantiu que serão apresentados mais trabalhos jornalísticos, considerando "diferentes perspectivas e muito provavelmente divergentes sobre o processo Casa Pia".

De qualquer modo, enquanto ficamos a aguardar os ditos trabalhos jornalísticos não devemos deixar-nos iludir sobre o incomodo que algumas declarações de Carlos Cruz podem ter gerado. O antigo apresentador deixou no ar algumas suspeitas sobre figuras públicas sem contudo especificar nomes.

O desfecho do julgamento com condenação de todos os arguidos mais mediáticos poderá estar a preocupar alguns rostos conhecidos da sociedade portuguesa… e a suscitar algumas pressões, tanto mais que é público que os condenados neste processo vão recorrer da sentença para o Tribunal da Relação o que adia o cumprimento do acórdão.

A RTP prestou efectivamente um mau serviço ao País, ouvindo um condenado sem sequer se conhecer a totalidade da sentença, particularmente a fundamentação na sua globalidade que levou à decisão do Tribunal (porventura só hoje divulgada) e não dando espaço de antena igual ao contraditório. Extraordinário foi também o facto de Fátima Campos Ferreira, pivot do programa ‘Prós e Contras’ ter aludido ao fenómeno da pedofilia como sendo uma responsabilidade da sociedade…

O que a sociedade sabe como resultado de duas décadas de investigação é que os pedófilos dificilmente aceitam terem cometido tais actos, são normalmente pessoas insuspeitas e que a pedofilia encerra contornos de doença. Também sabemos que em muitos dos casos esta prática termina em violência.

Carlos Cruz foi condenado por um conjunto de crimes que hoje ou amanhã conheceremos em detalhe (oxalá assim seja para bem da credibilização dos serviços adjacentes à Justiça) e de certo que o colectivo de Juízes não avaliou documentos probatórios de forma incompetente.

José Maria Pignatelli