27.4.13

CONGRESSO DO PS: O QUE JOSÉ SEGURO NÃO EXPLICOU

ESTRANHO: COMO É QUE ANTÓNIO JOSÉ SEGURO GARANTE CUMPRIR OS COMPROMISSOS INTERNACIONAIS ASSUMIDOS E, EM SIMULTÂNEO, PROMETE MENOS AUSTERIDADE?
E COMO É POSSÍVEL GARANTIR UMA ESPÉCIE DE PACTO PARA O EMPREGO, EM CONTRACICLO COM O MOMENTO SOCIAL E ECONÓMICO QUE O PAÍS ATRAVESSA? FICA A IDEIA QUE SE PODE GARANTIR EMPREGOS POR DECRETO...
FAZ-ME LEMBRAR UM PRIMEIRO-MINISTRO QUE PASSOU 4 ANOS A PROMETER 150 MIL POSTOS DE TRABALHO. RECORDAM-SE?
NO DISCURSO DE ABERTURA DO XIX CONGRESSO DO PS, JOSÉ SEGURO ESQUECEU-SE DE EXPLICAR COMO É CAPAZ DE FAZER ESTES MILAGRES!
AGUARDEMOS PELO DISCURSO DE ENCERRAMENTO: TALVEZ AÍ ESCLAREÇA TODOS OS PORTUGUESES.

26.4.13

PPP ODIVELAS VIVA COM BURACO DE QUASE MEIO MILHÃO

Capitais próprios negativos em 477 mil euros num ano
em que se pagou mais de 150 mil euros de juros de mora

A Prestação de Contas relativa ao exercício de 2012 revela um falhanço”, disse Paulo Aido numa declaração na reunião do Executivo de Odivelas, precisando: “A taxa de Execução Orçamental foi de 67,4% e, assim, a receita foi mais uma vez sobrevalorizada, desta vez em 32,6%, quase menos 30 milhões de euros do que o previsto”. Para o autarca trata-se de “um enorme fracasso que demonstra falta de rigor tão propagandeado pela Sra. Presidente e já compromete a execução orçamental do ano em curso porque transitaram compromissos no valor de 16,2 milhões de euros”.

E – prosseguiu – é um falhanço demasiado para se justificar com o menor valor transferido do Orçamento Geral do Estado, cuja redução foi realmente de 0,4%”.
Paulo Aido referiu-se aos temas tratados na reunião extraordinária da passada segunda-feira, à porta fechada, onde se deliberaram assuntos da maior importância como o inventário do património Municipal, a Prestação de Contas do Município referente ao ano de 2012 e a 1ª revisão Orçamental deste ano, salientando: “É muito preocupante que a participada Odivelas Viva, uma PPP, apresente capitais próprios negativos num montante que ultrapassa os 477 mil euros. Esta é uma situação que poderá ter consequências no endividamento líquido do Município, atendendo à concretização do Plano Previsional apresentado que se enquadra no nº 5 do Artigo 40º, da Lei nº 50 de 2012, de 31 de Agosto, onde se justifica o equilíbrio de exploração de uma empresa num modo plurianual que está sempre dependente do apoio dos seus accionistas e credores”.
Ora – explicou - importa não esquecer que o Município de Odivelas é maioritário nesta sociedade porque os 51% do capital privado encontram-se divididos por mais de um acionista. Portanto, facilmente se percebe que o reforço de 500 mil euros da 1ª Revisão Orçamental servirá para colmatar os capitais negativos da sociedade Odivelas Viva, o que revela que esta empresa público-privada se torna na maior devoradora de dinheiros do erário de Odivelas, tudo por causa de uma escola básica com jardim-de-infância e de um pavilhão multiusos, este último uma verdadeira obra do regime socialista que se construiu sem que houvesse qualquer estratégia”.
O Vereador Independente afirmou ainda que “o pavilhão multiusos serve hoje para financiar a empresa municipal ‘Municipália’, por via do património, ou seja porque lhe foi dada a gestão do equipamento, recebendo os dividendos sem ter de pagar um único cêntimo à Câmara de Odivelas ou à PPP Odivelas Viva, facto que poderá representar de 100 a 120 mil euros anuais só das contrapartidas do acordo com o Sporting Clube de Portugal”.
Sobre a Municipália, o autarca recordou que “na Revisão Orçamental verifica-se um reforço da participação da Câmara nesta empresa em mais 88.343 euros, um crescimento da dotação em 31,8%, certamente para viabilizar a Municipália à luz da presente legislação para o sector empresarial autárquico”.

Lacunas no inventário confirmadas
por Revisor Oficial de Contas
Quanto ao inventário do património, Paulo Aido recordou que “no documento, os detalhes que devem integrar a ficha cadastral de cada um dos imóveis do património municipal não se apresentam na sua totalidade e algumas das descrições aparecem com registo em duplicado”.
O Vereador Independente disse que “o inventário não só não responde ao requerimento do Vereador Hernâni de Carvalho, aqui apresentado há mais de 37 meses, precisamente há 1141 dias, como também não se encontra conforme as «Normas de Inventário e Cadastro do Município de Odivelas» aprovadas na 26 Reunião Ordinária da Comissão Instaladora do Município de Odivelas, em 20 de Dezembro de 2001”.
E interrogou: “Como é que é possível inventariar em separado os Paços do Concelho, a Casa da Juventude, a Casa da Música e o Centro de Exposições de Odivelas se todos assentam num único imóvel, com a mesma ficha predial e matricial que nunca foi desanexado? Mas há mais como sucede com o imóvel onde se encontram as Piscinas Municipais, a loja da restauração e o Parque do Castelinho. E ainda devo perguntar por que razão consta da página 12 do ‘mapa de imóveis – localização’, o terreno onde se encontra construído o canil, mais conhecido como parque dos Bichos, que é um terreno da Escola Agrícola da Paiã?”
Paulo Aido lembrou ainda que “o Revisor Oficial de Contas, cita na Prestação de Contas, que a forma como o património se encontra descrito, não permite com qualquer rigor promover as necessárias conciliações financeiras”.

Casal da Serena hipotecado para sempre
Ainda a propósito do inventário do património, o autarca independente realçou um outro episódio: “Não deixa ainda de ser curioso que se conseguiu, como por milagre, transformar um imóvel do domínio privado do Município de Odivelas, que fica num concelho vizinho - conhecido por Casal da Serena-, em domínio público da Amadora, agora do domínio hídrico, porque se construiu uma bacia de retenção de águas pluviais para que se pudesse construir o Dolce Vita Tejo no local em que se encontra. Portanto, a Câmara de Odivelas hipotecou, para todo o sempre, um terreno que era do seu domínio privado e que tem quase 44.000 metros quadrados”.
Aliás, este assunto fez com que Paulo Aido pedisse cópias do acordo celebrado, em 30 de Junho de 2008, entre o Município de Odivelas, Município da Amadora, Governo Civil de Lisboa, Companhia Portuguesa de Hipermercados SA e Grupo Auchan e ainda dos documentos com as recomendações realizadas por parte do Instituto da Água, o INAG e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e vale do Tejo.

«É A 'PAISANADA' QUE QUER FECHAR O INSTITUTO DE ODIVELAS PORQUE É CONTRA A DISCIPLINA E O RIGOR»

Medina Carreira no programa "Prós & Contras" , na RTP 1, na passada segunda-feira, a propósito do encerramento do Instituto de Odivelas: «JÁ QUANDO FUI MINISTRO SE FALAVA NA FUSÃO DOS ESTABELECIMENTOS MILITARES DE ENSINO, MAS A QUESTÃO NÃO ERA, NEM É AGORA, DO FORO FINANCEIRO, PARA POUPAR CUSTOS, MAS SIM A "PAISANADA" QUE É CONTRA A DISCIPLINA E O RIGOR».

25.4.13

Impossível - Possível.


Se há dois ou três dias alguém tivesse apostado que o Barcelona ia levar 4-0 do Bayern e que o Real ia levar 4-1 do Dortmund, todos diriam que estaríamos perante um louco, a verdade é que aconteceram, o que de certa forma prova que não há impossíveis.

Com trabalho e crença tudo é possível, até vencer de forma expressiva os mais poderosamente instalados.

Odivelas: 25 de Abril de 2013

Há coisas muito peculiares e nem nas tradicionais comemorações do dia de Abril elas desaparecem.


Em Odivelas a Sessão Solene da Assembleia Municipal evocativa da data realizou-se na Pontinha, Regimento de Engenharia 1, que já é território de Lisboa; realizou-se a 24 de Abril, não fosse a iniciativa estragar o feriado a alguém, mesmo aos mais entusiásticos admiradores da revolução, e como se não bastasse, a cada deputado da Assembleia Municipal foi paga uma senha de presença, não fosse a sala estar vazia.

Sobre o 25 de Abril

Hoje na Assembleia Municipal de Odivelas coube-me a responsabilidade de fazer o discurso alusivo ao 39º aniversário do 25 de Abril.

21.4.13

A HISTÓRIA DO FECHO DO INSTITUTO DE ODIVELAS


A solidariedade institucional de alguns políticos tem um preço
O encerramento do Instituto de Odivelas decretado pelo ministro da Defesa, Aguiar-Branco, e toda a polémica que levanta nos mais variados sectores da vida política e social, quer local, de Odivelas, quer ao nível nacional, faz-me regressar ao passado não muito distante. Os verdadeiros interessados - alunas, pais, professores e funcionários - devem saber com quem estão a lidar. Desde a primeira hora, que sou frontalmente contra o encerramento da instituição, mas possivelmente numa óptica mais egoísta porque estou consciente do que isso representará de negativo, a curto prazo, para a cidade de Odivelas e para o seu centro histórico.
Para o poder político instalado no concelho, uma espécie de coligação governativa entre o PS e o PSD, foi produtivo o reinado da antiga directora do Instituto de Odivelas, porque só abria a instituição à comunidade exterior para os eventos da Câmara Municipal, muitos deles de pura propaganda.
Em boa verdade, o estabelecimento abriu as portas à comunidade odivelense em geral, com o coronel José Serra, responsável pela instituição há cerca de dois anos, que jamais se envolveu em questões político-partidárias, numa clara oposição ao desempenho da sua antecessora. José Bernardino Serra fez mais: motivou funcionários, alunas e até professores para isso mesmo.
Em menos de dois anos, aconteceram mais eventos no Mosteiro de Odivelas que em décadas. Mas certamente esta abertura ao exterior, a que se juntam outras ideias novas (criação do ensino básico, lar para alunas universitárias, maior divulgação da escola nos países de língua portuguesa...), chegou tarde. As chefias militares também não estão isentas de culpa. Durante anos, esqueceram-se dos três estabelecimentos militares de ensino.
Mas voltando a Odivelas. O início do fim do Instituto de Odivelas terá começado com a venda do palacete da chamada Quinta do Espanhol à Câmara Municipal. O tal prédio que custou quase 1 milhão de euros a todos nós contribuintes, e se encontra completamente abandonado, degradado e com uma recuperação que será cada vez mais difícil de fazer.
Recordo, que então, os proprietários despejaram a associação das Antigas Alunas para poder vender o palacete à Câmara de Odivelas. Aquela associação de antigas alunas acabaria por construir um lar de excelência dentro de um ‘gueto’, entre paredes de um edifício militar em Carnide. Um erro histórico, porque o estabelecimento devia ter nascido dentro da Quinta do Mosteiro de Odivelas que tem quase 6 hectares e espaço de sobra, para que qualquer instituição de apoio social possa crescer. Hoje, era um trunfo a jogar em cima da mesa do Ministro da Defesa.
Mas não fico por aqui: lembro-me que o actual executivo da Câmara Municipal (os vereadores do PS e PSD) não apoiou uma iniciativa, traduzida numa petição, para a abertura ao público das partes monumentais do mosteiro aos sábados, Domingos e feriados. Até recordo que a Presidente da Câmara se apressou a fazer um acordo com a antiga directora do Instituto de Odivelas para abrir aquele mosteiro, quinzenalmente aos domingos num horário reduzidíssimo. Com esta proposta da Presidente da Câmara seriam precisos 100 anos para que todos os odivelenses visitassem o espaço. Tristemente, o resultado desta petição só produziu efeitos práticos na Assembleia da República, faltando ainda a aprovação da recomendação ao Governo para que ser torne efectiva.
Também não foram tornadas públicas as propostas a concurso para a revitalização da zona histórica da cidade de Odivelas, onde naturalmente o Mosteiro de S. Dinis e S. Bernardo terá de ser equacionado. Não nos podemos esquecer que este tema fez parte da propaganda socialista nas últimas eleições autárquicas em 2009. Passados quase 4 anos, ninguém conhece as propostas. Sabe-se apenas que o Executivo da Câmara decidiu-se por uma proposta que nem sequer incluía quaisquer maquetas.
É muito relevante que os pais, alunas, professores, funcionários do Instituto de Odivelas tenham cuidado com alguns dos agentes políticos do concelho, cuja defesa do Instituto de Odivelas apenas lhes dá jeito, por estarmos em ano de eleições autárquicas. A solidariedade institucional tem um preço!
Por exemplo, seria importante ouvir declarações feitas por um vereador com pelouro, do PSD, que declarou, recentemente, numa reunião do Executivo camarário pública que o Instituto de Odivelas era uma «escola privada, apenas para gente rica», numa clara concordância com a decisão do Ministro da Defesa. É por estes acontecimentos que apelo a que todos os munícipes participem nas reuniões públicas do Executivo camarário que acontecem uma vez por mês e cujo calendário se encontra publicado em www.cm-odivelas.pt
 

19.4.13

HÁ FUNCIONÁRIOS DOS CTT A TRANSPORTAREM VALORES ACIMA DOS 120 MIL EUROS



 
EM SETÚBAL, FORAM ROUBADOS 120 MIL
MAS NUMA SÓ ESTAÇÃO DOS CTT PAGAM-SE MAIS DE 250 MIL EUROS NUM SÓ DIA DE REFORMAS E OUTROS SUBSÍDIOS DA SEGURANÇA SOCIAL
 
Primeira página do 'CM' de 10 de Abril
Há estações do Correios de Portugal que pagam reformas e outras subvenções da Segurança Social como o RSI (rendimento social de inserção) todos os meses. Estes pagamentos ocorrem em dias certos e as estações dos CTT que habitualmente o fazem socorrem-se da dependência do banco mais próximo para terem dinheiro em caixa. As quantias são elevadas porque nem todas as estações se encontram dispostas a fazer estes pagamentos.
A manchete da edição do Correio da Manhã, do passado dia 10 de Abril, dava conta de um assalto a funcionários dos CTT, em Setúbal, que rendeu 120 mil euros. Segundo as notícias, tratou-se de um golpe cirúrgico eventualmente de quem tinha recebido informação privilegiada sobre o transporte do dinheiro. Este detalhe leva agora as autoridades a investigar tanto os funcionários dos CTT que então transportavam o dinheiro como da dependência bancária onde foi levantado aquele montante. Eles são suspeitos de terem informado os assaltantes. Será esta uma possibilidade a examinar. Claro que se devem encarar todas as circunstâncias.
Mas porventura, as autoridades devem antes ser informadas que esta é uma prática recorrente em algumas estações dos Correios de Portugal, ou seja há funcionários dos CTT que percorrem a pé ou de carro, 100 e 200 metros transportando quantias verdadeiramente exorbitantes, muitas vezes superiores aos 120 mil euros furtados no passado dia 10 de Abril, em Setúbal. E seguramente isto não acontece por acaso, por iniciativa dos funcionários, nem tão pouco pelo empenho dos chefes de estação. Alguém superior nos correios o manda fazer e, se isso acontece é porque certamente se confia nos trabalhadores.
Mas o mais grave é que há demasiadas pessoas a saber destes transportes de dinheiro feitos nas algibeiras e em envelopes ou pastas. Sabem-no clientes e funcionários dos correios e dos bancos.
Uma vergonha!
Colocam-se vidas em risco para não pagar a uma empresa de transportes de valores!
150 Mil ou mais euros são apetecíveis aos amigos do alheio, sobretudo num momento em que a crise é transversal e mais ainda quando se encontram debaixo das nossas barbas, à distância de um estalido de dedos.
Recentemente, abordei esta questão com um alto responsável dos CTT, precisamente sobre o que se passa numa das estações de Odivelas, a única que aceita fazer estes pagamentos num raio superior a 10 quilómetros. Chega a fazer embolsos destes numa quantia superior a 250 mil euros num só dia.  E o dinheiro é levantado no banco e transportado por funcionários dos CTT, vulneráveis, sem qualquer segurança. Aliás, nos dias destes pagamentos, nem sequer se está por perto da estação dos correios um agente da PSP, nem mesmo em serviço gratificado.
O golpe de Setúbal deve servir de exemplo, particularmente aos trabalhadores que se dispõem a fazer o transporte de tanto dinheiro. É que agora, ao fim de o fazerem tantas vezes, de terem viajado com centenas de milhares sem que nada tivesse sucedido, encontram-se no fio da navalha da investigação policial que, oxalá seja competente e não enverede pelo caminho mais fácil.
Este deverá ser um sério aviso às mulheres e homens que trabalham nos CTT e que fazem habitualmente estes transportes a pé ou de carro sem qualquer segurança, para descanso de outros que, à boa maneira portuguesa, sacodem a água do capote num momento de aflição dos seus subordinados que foram verdadeiramente lançados às feras. Por exemplo, em Odivelas, há demasiadas pessoas que são conhecedoras destes transportes, tão-só porque não é possível evitar quem veja.

Valor acrescido.

Se 1+1 podem ser 3, se 3 +1 podem ser 5 ou 6, e por aí fora, então este é o caminho. Até porque 1+1 = 2 é evidente e porque 1 - 1 é igual 0.

É por essa razão que muitas vezes digo - o segredo não está em gastar mais e mais, está em criar redes e mais redes.

18.4.13

“A culpa é deles.”



Esta é uma acusação que fazemos e que ouvimos fazer com frequência, sobretudo quando em questão está o estado do País ou da nossa Terra. É sem dúvida uma acusação dirigida à classe política e ao poder instalado.

Se aprofundarmos esta questão e estando ciente que parte importante da responsabilidade seja objectivamente “deles”, importa perguntar se não teremos todos nós parte dessa responsabilidade. Não para tentar encontrar culpados e para nos culpabilizarmos, não para desculpabilizarmos ninguém, mas porque entendo que face à dimensão dos enormes problemas com que nos confrontamos, todos teremos que ser parte da solução e só assim, fazendo esta pequena e objectiva reflexão, poderemos descobrir o contributo que cada um de nós poderá dar.

Vejamos:

1 x 10.000.000 de pequenos contributos = 10.000.000 de contributos.

Sei que a tendência é para dizermos que já contribuímos muito, que já trabalhamos e trabalhámos muito, que já pagamos e pagámos muitos impostos, que, que, que … , mas penso que valerá a pena fazer o pequeno esforço de pensar nisto.

A solução terá que passar por aqui.

14.4.13

ALEMANHA DEVE 2,3 MILHÕES A PORTUGAL

AINDA AS DÍVIDAS DA I GUERRA MUNDIAL

A comunidade internacional conhece as dívidas da Alemanha resultantes das duas Grandes Guerras. São débitos a vários países por força do número de mortos causados. Naturalmente que sempre houve alguma consciência por parte da comunidade internacional que dificilmente os alemães conseguem pagar essas imensas dívidas. Mas elas existem e é bom que não se esqueçam, particularmente na presente conjuntura dos países europeus da Zona Euro.
Vivemos com a meia certeza que os países credores jamais receberão um cêntimo, muito por força da comunidade internacional, salvo raríssimas excepções, se mostrar disposta a branquear essas dívidas de guerra.
Entre os países credores também se encontra Portugal que ainda pode ajustar contas com os alemães em resultado dos mais de 273 mil portugueses que perderam a vida na I Grande Guerra, entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.
O valor a pagar pela Alemanha a Portugal foi fixado pelo Tratado de Versalhes em cerca de mil milhões de marcos-ouro que corresponderá a cerca de 2,3 mil milhões de euros.
Este facto é noticiado pelo semanário “Expresso” que adianta que porém "pouco deste dinheiro entrou nos cofres do Estado devido às sucessivas revisões da dívida alemã". A notícia revela que apenas recebemos 0,75 das compensações devidas.
O valor em dívida é equivalente a mais de 1,8 do PIB português.
Interessante ler o artigo de Paulo Gaião.

OS ESTRAGOS QUE FAZEMOS

O EGOÍSMO E A ESTUPIDEZ HUMANA FAZEM ENORMES ESTRAGOS. POR VEZES INTERROGO-ME SOBRE ATÉ QUE PONTO SOMOS RACIONAIS, INTELIGENTES...
COMEÇO A DUVIDAR DAS CAPACIDADES HUMANAS EM DETERMINADOS DOMÍNIOS. QUANDO É QUE PERCEBEMOS QUE OS MOSSOS COMPORTAMENTOS SÃO, TANTAS VEZES, NEFASTOS À COABITAÇÃO COM O MUNDO NATURAL QUE NOS RODEIA. NEM SEQUER IMAGINAMOS O QUE ACONTECE À NOSSA VOLTA. SÃO LAMENTÁVEIS OS ESTRAGOS QUE PROMOVEMOS.

Este vídeo é sobre uma ilha do Atol de Midway, no Oceano Pacífico Norte, a mais de 2000 milhas de qualquer outra linha de costa.
Ninguém vive lá, apenas pássaros e não vão acreditar no que vão ver no filme em baixo.
Este filme deve ser visto por todo o mundo.
Por favor, não deite o lixo no mar.
Deite o lixo no lixo!
Inacreditável, basta olhar para as consequências.
Por favor, partilhe.
Ver mais
Este filme deve ser visto por todo o mundo [partilhem pf]
Journey to Midway <http://bit.ly/Zj2E8>

 

10.4.13

24 - Pode Haver Luz.

"Quinta do Espanhol – Uma vergonha Municipal", é titulo do texto que escrevi esta semana para o Diário de Odivelas, no qual pegando num exemplo concreto,  abordo a forma como a Câmara Municipal de Odivelas gere o dinheiro público e cuida do património.

Clique aqui para ler o texto.
Quinta do Espanhol - Aspecto geral da casa e do jardim.

Qtª do Espanhol - Estado das janelas.

Quinta do Espanhol - Uma das paredes do interior da casa

8.4.13

Pode Haver Luz (23) - Uma Referência.

Estamos a atravessar tempos onde impera a dúvida e a incerteza, tempos onde por vezes temos dificuldade em encontrar uma luz de esperança, um caminho ou apenas uma pequena e simples referência. Tempo onde vemos muito do que tínhamos dado por adquirido e inquestionável fugir-nos ou escapar-nos entre as mãos.

Questionamos e interrogamos o porquê e nunca conseguimos obter uma resposta objectiva e cabal, porque será?

Questões conjunturais deste novo mundo globalizado e a velocidade sem precedentes a que tudo gira, a qual nos tira a serenidade e o tempo necessário para colhermos o que de melhor passa por nós, estão certamente na base desta confusa pirâmide ou no epicentro deste turbilhão.

Importa no meio de tudo, de toda esta confusão e de toda esta velocidade conseguir apanhar boas referências e bons sinais. Mas não chega, depois de os colher é necessário acarinhá-los, valorizá-los e contribuir para os fortalecer, só assim poderão crescer e ganhar maior relevância.

Vem tudo isto a propósito da recente eleição do Papa Francisco. Independentemente se sermos católicos ou não, de termos mais ou menos Fé, com este Papa têm chegado imagens de valores que são indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa e mais humana, de todas elas destaco as mensagens e os exemplos de HUMILDADE.

A humildade torna-nos mais solidários, consequentemente mais unidos e por isso mesmo mais fortes; a falta dela desune-nos, divide-nos e fragiliza-nos.

Referenciar e referenciar-nos no Papa Francisco pode ser um caminho para fazer face a este tempo conturbado, difícil e doloroso que todos estamos a viver.



Nota: Peço desculpa, a todos quantos acompanhavam esta coluna, por estas pequenas férias ou, melhor dizendo, interrupção. Aproveitei o Domingo de Páscoa para escrever este primeiro texto, melhor dia para recomeçar não podia haver.

Texto publicado em Diário de Odivelas.

7.4.13

COINCIDÊNCIAS

AINDA A PROPÓSITO DO INSTITUTO DE ODIVELAS, CONVINHA SABER PORQUE É QUE OS ANTIGOS PROPRIETÁRIOS DO PALACETE DA QUINTA DO ESPANHOL CORRERAM COM AS INQUILINAS, AS ANTIGAS ALUNAS DO INSTITUTO DE ODIVELAS, QUE ALI TINHAM UM LAR E ESPERAVAM PODER FAZER MELHORAMENTOS, PARA POUCO DEPOIS NEGOCIAREM COM A CÂMARA MUNICIPAL A VENDA DO IMÓVEL POR QUASE UM MILHÃO DE EUROS... E AGORA, AQUELA CASA APALAÇADA, QUE CONVINHA PRESERVAR, ENCONTRA-SE COMPLETAMENTE ABANDONADA E EM ELEVADO ESTADO DE DEGRADAÇÃO.
NATURALMENTE, A SETE MESES DAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS CONVÉM A ALGUNS DOS PARTIDOS SAIR À RUA A ENGROSSAR AS FILEIRAS DE QUEM DEFENDE AS INSTITUIÇÕES QUE NUNCA FORAM DEFENDIDAS NA ALTURA CERTA. CORREM ATRÁS DO PREJUÍZO E DOS VOTOS QUE VÃO DAR IMENSO JEITO, NUM MOMENTO EM QUE SE REVELAM VÁRIAS ASNEIRAS E SE PROPAGANDEIA OBRAS FEITAS QUE POR ACASO JÁ TÊM MAIS DE 5, 6 E 8 ANOS.

6.4.13

Instituto de Odivelas - Qual é afinal a posição de Susana Amador?

Ao ouvir neste debate que a Câmara está de pés atados e é apenas um mero espectador numa questão tão importante para o Concelho, como é a do hipotético encerramento do Instituto de Odivelas, ficou para mim claro que das duas uma: ou Susana Amador não se soube posicionar, ou então, porque o PS também não emitiu a sua posição, a Presidente da Câmara talvez não seja muito adversa a esta decisão do Ministério da Defesa.

Se já tinha ficado com esta opinião durante o debate, mais esclarecido fiquei quando vi a Drª Susana Amador, num comentário no Facebook, dar os parabéns à Drª Carla Rosinhas pelo magistral desempenho no debate.

3.4.13

Sobre a HUMILDADE.

A humildade torna-nos mais solidários, consequentemente mais unidos e por isso mesmo mais fortes; a falta dela desune-nos, divide-nos e fragiliza-nos.

In: Diário de Odivelas - Pode Haver Luz - Uma Referência.

Sobre o Instituto de Odivelas.



Sobre o Instituto de Odivelas.

Entre mandar alguém atirar-se a um poço e esse alguém atirar-se vai uma grande diferença, não vai?

Entre mandar alguém “àquela parte” e esse alguém ir, também vai uma enorme diferença, não vai?

Por isso digo - entre alguém mandar fechar o Instituto de Odivelas e ele fechar, também vai uma enorme diferença.

Tudo continuarei a fazer para que tal diferença se mantenha e que essa decisão não venha a ser concretizada, é que não faz nenhum sentido.

Para onde ias?

Várias vezes já colocámos essa questão a amigos e/ou familiares, também muitas vezes já fomos alvo dessa pergunta, ou até simplesmente, sem que ninguém nos colocasse essa questão, já demos por nós a pensar nisso.

Por vezes somos tentados a pensar em aviões, barcos ou carros, também em países (uns mais longe, outros mais perto), em cidades ou campo, em praia ou neve, na savana, em safaris, em cruzeiros, em spa's, etc., etc,. Algo que também costumamos associar a este tipo de pensamento é o tempo, não estou a falar do tempo climatérico, estou a falar do tempo como medida, uma semana aqui, duas ali, etc... E com o prémio do Euromilhões? Ups ... . Enfim, tudo isto depende de cada um de nós, dos gostos, das preferências, também das ambições e até do momento, mas a verdade é que por vezes tudo isto não passa de imaginários ou de sonhos que construímos em busca da nossa Terra do Paraíso, não será assim?

E se te dissessem que essa tua viagem, à tua Terra do Paraíso, podia ser uma volta a pé na tua cidade, acreditavas?

2.4.13

PELA MANUTENÇÃO DO INSTITUTO DE ODIVELAS


UMA REFERÊNCIA NACIONAL NO ENSINO PÚBLICO

PAULO AIDO, VEREADOR NA CÂMARA DE ODIVELAS, FOI DOS PRIMEIROS AUTARCAS A CHAMAR À ATENÇÃO PARA A INICIATIVA DO MINISTRO AGUIAR-BRANCO EM ENCERRAR DEFINITIVAMENTE O INSTITUTO DE ODIVELAS. HOJE EMITIU UMA NOTA AOS ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL SOBRE O TEMA QUE PASSO A DESCREVER:
«Num momento de enormes dificuldades para as instituições de todos os sectores da vida social, económica e cultural do País, qualquer êxito de maior dimensão que aconteça é motivo de regozijo e deve encher-nos de orgulho e, dentro das limitações, abrir uma janela de esperança no futuro.
Mas nem sempre é assim: Afinal, aos olhos do Ministro da Defesa, vale pouco o Instituto de Odivelas ser um bom exemplo entre os estabelecimentos de ensino do País.
Faz quinze dias que Odivelas foi falada nos Órgãos de Comunicação Social pelos melhores e piores motivos:
I. Se por um lado, o Instituto de Odivelas Infante D. Afonso reúne centenas de cidadãos e um consenso, quase universal, sobre a sua importância no contexto do ensino em Portugal e no que significa para a vida cultural, social e económica do concelho e, em particular, da cidade de Odivelas;
II. Por outro, deixa a comunidade perplexa com a decisão do Ministro da Defesa Nacional de encerrar a instituição definitivamente, no final do ano lectivo de 2014/2015.
Acontece assim mais um corte cego deste governo que é um duro golpe na história de Odivelas. Também para o centro histórico da cidade e para o património de todos nós que, a fazer fé nas notícias, ainda não tem destino.
O Instituto de Odivelas encontra-se, há muito, aberto à comunidade civil e também aos descendentes dos militares da GNR e dos agentes da PSP de todas as patentes que pagam uma propina de acordo com o seu rendimento mensal, porque optaram claramente pelo modelo de ensino diferenciado.
Lamenta-se a forma como o processo foi conduzido. Os encarregados de educação, os verdadeiros clientes daquela escola, foram desconsiderados, não foram ouvidos apesar das propostas que realizaram e que são conhecidas do Gabinete do Sr. Ministro.
O Ministério da Defesa ainda não mostrou nenhum relatório com os fundamentos da decisão, nomeadamente:
I. Quais são objectivos deste encerramento?
II. Quanto vai custar ao erário público esta mudança, na adaptação e aumento das instalações do Colégio Militar a ensino misto, incluindo internato para as alunas do IO, a partir do 8º ano?
III. Que destino vão dar ao Mosteiro e quanto custará a sua manutenção e quem será encarregue de a fazer?
IV. Quanto vai o Estado poupar e em quanto tempo?
V. Por comparação, quanto custa cada aluno no ensino privado subsidiado?
Vale a pena salientar que o Prof. Marçal Grilo - que apesar de ser autor do um dos estudos que suporta a decisão do ministro da Defesa - alertou para o facto do seu estudo se tratar de um trabalho preliminar e insuficiente para suportar uma resolução destas.
O Prof. Marçal Grilo salientou, também, que qualquer mudança deveria ser posta em prática com cuidado, para que não se desvirtuem valores fundamentais e que, a serem implementadas, essas mudanças deviam ser negociadas e aplicadas com cautela.
Então, que outros estudos existem, para suportar a decisão agora anunciada?
Importa, portanto, incentivar e acarinhar a escola que tem como designação o Instituto de Odivelas e ponderar novas iniciativas para demonstrar ao Sr. Ministro da Defesa e ao País o erro crasso que este Governo está a cometer.
O Instituto de Odivelas é escola há 112 anos e só a Odivelas pertence!
Foi fundado precisamente em 1900 pelo Infante D. Afonso de Bragança e é preciso que não acabe que se contrarie a sua degradação para que possa futuramente servir outros horizontes mais alargados no âmbito do estudo e da cultura nacionais, porque tem espaço e capacidade para que isso aconteça.»

O Instituto de Odivelas encontra-se no mosteiro de S. Bernardo e S. Dinis


MAIS DE 20 MIL CASAS POR ESTREAR ENTREGUES AOS BANCOS


IMOBILIZADO DEVERÁ ULTRAPASSAR OS  2,5 MIL MILHÕES
Herdade dos Salgados faliu e deve 1,2 mil milhões à banca
No ponto de vista económico, o primeiro dia de Abril ficou marcado por mais uma notícia confrangedora: Só habitações novas entregues aos bancos pelos construtores ou promotores ultrapassam as 20 mil. Portanto, falamos de casas que nunca foram habitadas que os construtores viram-se obrigados a entregar – por via da figura jurídica de Dações em Cumprimento - às instituições bancárias por não conseguirem pagar mais juros dos empréstimos à construção então contraídos. Estamos perante edifícios completos, fracções ou moradias, regra geral com dois anos ou mais, que não se conseguiram comercializar pelas mais variadas razões, todas ligadas à depressão que vivemos, sobretudo depois do final de 2008, agravada no decurso de 2009.
O acontecimento foi noticiado por todos os canais de televisão, mas numa perspectiva de quase normalidade de um mercado saturado. Mas será que a oferta é assim tão maior que a procura? E qual será o número de casas que realmente se encontram totalmente em poder dos bancos, atendendo aos milhares que são entregues pelos seus proprietários por não conseguirem liquidar as prestações?
O montante do capital imobilizado pode ser dramático. Mas situemo-nos nas notícias de ontem para faze contas simples que os Órgãos de Comunicação Social optaram por esquecer, talvez no intuito de não aumentar ainda mais as preocupações de todos nós. Vejamos:
        I.            Se multiplicarmos 20 mil fogos por um custo médio de 80 mil euros cada, obtemos um imobilizado de 1,6 mil milhões de euros;
      II.            Mas a média cifra-se na ordem dos 120 mil euros por habitação, o que nos atira para um número que ronda os 2,4 mil milhões de euros;
    III.            E quantas pessoas serviriam estes 20 mil lares? 50 Mil habitantes à média de 2,5 pessoas por casa. Mas podemos reter um exemplo: O concelho de Odivelas tem quase 150 mil habitantes para um universo de pouco mais de 37 mil lares.
Estamos claramente perante uma ‘bolha imobiliária’ à portuguesa, uma perturbação sem precedentes no sector da construção civil que ainda arrasta a banca para maiores dificuldades. Aliás, o resultado dos leilões que se anunciam dificilmente cobre o montante global que os bancos emprestaram aos construtores e promotores.
DÍVIDA AUMENTA SE LHE JUNTARMOS
OS 'BURACOS' DOS PROJECTOS PIN
E, nos casos de condomínios fechados, muitos resultantes de projectos PIN (projectos de Interesse Nacional, uma criação do governo de José Sócrates), o buraco que perdurará será relativamente grande, porque se emprestou dinheiro para a realização de projectos globais que englobavam os loteamentos, respectivas infra-estruturas, casas e em alguns casos unidades para exploração hoteleira, cujo valor das habitações ficará distante desses montantes. Portanto, a recuperação dos capitais investidos na construção poderá ser uma miragem.
Aliás, se juntarmos a estes 2,4 milhares de milhões de euros, mais 1,2 mil milhões que só o mega projecto da Herdade dos Salgados, no Algarve, deve à banca, então estamos perante dívidas que somam uma pequena fortuna que deverá ultrapassar os 3,6 mil milhões.
A estes números teremos ainda de somar a esta crise imobiliária os ‘buracos’ de outros projectos PIN que se encontram falidos e que devem ascender a mais de 4,5 mil milhões. Ou seja, se todas estas contas forem bem-feitas e publicadas chegaremos à conclusão que o sector da construção será responsável por um débito maior que o tão propagandeado deficit do arquipélago da Madeira, que sendo questionável do ponto de vista das opções foi, pelo menos, maioritariamente investido em infra-estruturas que vão perdurar no tempo e se encontram à vista de todos os que visitam a região.