Esta artigo foi escrito para a Coluna às Direitas do: www.diariodeodivelas.com.
Na minha vida tenho tido períodos altos e períodos baixos, alturas em que estou bem e alturas em que estou mal, alturas em que tenho mais dificuldades e alturas em que tenho menos dificuldades; passei a infância, a adolescência e se calhar também a idade da juventude; chorei, sofri e ri vezes sem conta; vi muita miséria e muita riqueza, mas cheguei aqui. Tenho 40 anos e independentemente de tudo, gosto e sempre gostei de cá andar, por isso agradeço à minha mãe, entre muitas outras coisas, a oportunidade que me deu para nascer.
Repare bem, se as nossas mães nos tivessem abortado, não estava eu a escrever, nem você a ler.
Estive em Angola e em Moçambique em períodos de guerra, vi a miséria de perto, a mesma que muitas vezes nos entra pela televisão e que muitas vezes já nos parecem banais, vi fome, sofrimento e dor, mas vi, mesmo nesses países, nos casos mais extremos, a vontade e a esperança daquela gente. Consegui, por incrível que parece, ver sorrisos nos rostos das crianças. Por tudo isto estou certo que vale sempre a pena: nascer e viver.
Independentemente do que em cima escrevi e debruçando-me agora em questões mais práticas sobre o referendo que aí vem, é oportuno recordar aqui o que verdadeiramente está em questão.
A primeira ideia que devemos ter presentes, é que em Portugal, desde 1984, já é possível interromper voluntariamente a gravidez, em 3 situações distintas:
- Quando a saúde ou a vida da mães estão em causa;
- Por mal formação do feto;
- Em caso de violação.
A segunda é o que nos estão a perguntar neste referendo (Fevereiro de 2007). O que nos estão a perguntar, é se concordamos que uma mulher tenha a possibilidade de recorrer ao aborto, numa clínica privada ou num hospital público, as vezes que entender e, sem ter que dar qualquer justificação, bastando para isso fazer um simples pedido.
Para mim, a vida começa no momento em que o bebé é concebido, sei que há opiniões diferentes, mas duvido que alguém diga com a mais profunda das convicções que ali, na barriga de uma mulher grávida, não há uma vida. Penso contudo, que quem tem uma opinião diferente da minha, no mínimo tem dúvidas, assim levanto esta suposição:
Estive em Angola e em Moçambique em períodos de guerra, vi a miséria de perto, a mesma que muitas vezes nos entra pela televisão e que muitas vezes já nos parecem banais, vi fome, sofrimento e dor, mas vi, mesmo nesses países, nos casos mais extremos, a vontade e a esperança daquela gente. Consegui, por incrível que parece, ver sorrisos nos rostos das crianças. Por tudo isto estou certo que vale sempre a pena: nascer e viver.
Independentemente do que em cima escrevi e debruçando-me agora em questões mais práticas sobre o referendo que aí vem, é oportuno recordar aqui o que verdadeiramente está em questão.
A primeira ideia que devemos ter presentes, é que em Portugal, desde 1984, já é possível interromper voluntariamente a gravidez, em 3 situações distintas:
- Quando a saúde ou a vida da mães estão em causa;
- Por mal formação do feto;
- Em caso de violação.
A segunda é o que nos estão a perguntar neste referendo (Fevereiro de 2007). O que nos estão a perguntar, é se concordamos que uma mulher tenha a possibilidade de recorrer ao aborto, numa clínica privada ou num hospital público, as vezes que entender e, sem ter que dar qualquer justificação, bastando para isso fazer um simples pedido.
Para mim, a vida começa no momento em que o bebé é concebido, sei que há opiniões diferentes, mas duvido que alguém diga com a mais profunda das convicções que ali, na barriga de uma mulher grávida, não há uma vida. Penso contudo, que quem tem uma opinião diferente da minha, no mínimo tem dúvidas, assim levanto esta suposição:
Se alguém tiver que demolir um edifício por implosão e, se tiver duvida que está alguém lá dentro, dá a ordem, ou carrega num botão para o demolir?
Sei que devemos ter em consideração variadíssimas questões, como os problemas das mulheres, que o corpo é da mulher, as gravidezes na idade da adolescência, as dificuldades financeiras e sociais, a questão do aborto clandestino e do perigo que representa, o facto das mulheres ponderem ir presas, etc.. Vou ao longo deste tempo tentar abordar estes temas o melhor que poder e com a maior ponderação possível.
Mas atenção, temos que estar cientes que se o SIM ganhar, estamos a permitir a liberalização indiscriminada do aborto até ás 10 semanas, ou seja, a permitir que se faça, aquilo que em minha opinião é: um crime horrendo, bárbaro e grosseiro.
Permitir um aborto, não é mais do que impedir uma criança, que não se pode defender, de ter a possibilidade de nascer, de viver, nem tão pouco, de ver a luz do dia.
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