Há cerca de 30 anos que acompanho o relacionamento entre Portugal e Angola. Neste relacionamento que por vezes é agitado percebo bem as causas da turbulência, mas não deixo de lamentar que a relação entre dois povos que tão bem se relacionam e que estão ligados umbilicalmente seja muitas vezes prejudicada pelas classes políticas de ambos os Países.
15.10.13
14.10.13
CORTES APENAS NAS PENSÕES DOS VIÚVOS E ACIMA DOS 2000 EUROS
PAULO PORTAS MANTÉM-SE CONTRA
A «TSU DOS PENSIONISTAS».
A «TSU DOS PENSIONISTAS».
Ontem, domingo, o ministro Paulo
Portas explicou que o corte nas pensões de sobrevivência será apenas para os que
auferem mais de 2000 euros, somadas as reformas e mesmo assim não será igual
para todos. Antes, numa fórmula gradual de acordo com o valor total das rendas
que cada um recebe.
O líder do CDS-PP contrariou assim os
mais pessimistas que garantiram que os cortes começariam logo no patamar entre
os 650 e 700 euros. O ministro calou os seus maiores detratores a começar por
alguns comentadores mais conhecidos, como Marcelo Rebelo de Sousa que, há uma
semana, foi crítico desta medida, tão-só por ter embarcado nas profecias dos
mais críticos e da oposição que se fizeram pós-avaliação da ‘troika’. Em contraciclo,
Luís Marques Mendes, no sábado à noite, na SIC, admitiu logo que o patamar de
início para este corte seria seguramente acima dos 1500 ou mesmo 1700 euros.
Afinal, a “montanha pariu um rato”: Esta
decisão tomada pelo governo, no conselho de Ministros extraordinário de
domingo, afecta apenas 5,6% dos pensionistas nestas condições. Também deixa de
fora os deficientes e os combatentes nas antigas guerras coloniais.
O líder centrista acabou opor fazer
jus às suas afirmações de há um ano atrás: Que era contra o «cisma grisalho»,
reflectida naquilo que apelidou de «TSU (taxa social única) aos pensionistas».
Esta actuação de Paulo Portas revela
que o político não deixou na gaveta alguns dos princípios tão publicados pelo
CDS e pela democracia cristã, apesar da crise e do que a ajuda financeira
internacional, personificada pela ‘Troika’, impõe ao País.
Em todo o caso, tornam-se necessárias
medidas que elevem o governo a uma posição mais social-democrata e democrata-cristã
e menos conservadora, de direita ou ultraliberal, sobretudo no que respeita à
partilha de deveres contributivos que ajudem o País a recuperar da crise
financeira. E em simultâneo a coragem para fazer uma verdadeira reforma do
Estado que não impenda unicamente na diminuição de funcionários e das suas
remunerações.
9.10.13
Odivelas: Quatro anos na Assembleia Municipal.
Na passada semana estive presente na última Assembleia Municipal do mandato 2009/2013 e por conseguinte, porque não me recandidatei à Assembleia Municipal, na minha última reunião neste órgão. Independentemente daquilo que aprendi (foi muito) e de com isso ter ficado a conhecer melhor o Concelho, os seus problemas e a forma como é gerido, assim como o facto de através deste cargo ter conhecido inúmeras pessoas e de ter feito vários amigos, não gostei desta função.
Entendi que ao aceitar este desafio tinha firmado um compromisso com quem me elegeu, com a minha Terra e com quem me convidou e por essa razão cumpri este mandato até ao fim.
Posso ter cometido algum (s) erro (s), posso ter cometido alguma (s) incorrecção (s), etc., etc., mas tenho a consciência tranquila que durante estes quatro anos dei tudo o que sabia, assim como tudo o que pude e que o fiz sempre com a convicção que estava a defender em primeiro lugar os interesses de Odivelas, dos Odivelenses e de Portugal.
Nota 1: Agradeço a todos com quem aprendi, a todos os que comigo colaboraram e a todos os que me apoiaram.
Nota 2: Desejo a todos os que em breve vão iniciar um novo mandato - Bom Trabalho.
Entendi que ao aceitar este desafio tinha firmado um compromisso com quem me elegeu, com a minha Terra e com quem me convidou e por essa razão cumpri este mandato até ao fim.
Posso ter cometido algum (s) erro (s), posso ter cometido alguma (s) incorrecção (s), etc., etc., mas tenho a consciência tranquila que durante estes quatro anos dei tudo o que sabia, assim como tudo o que pude e que o fiz sempre com a convicção que estava a defender em primeiro lugar os interesses de Odivelas, dos Odivelenses e de Portugal.
Nota 1: Agradeço a todos com quem aprendi, a todos os que comigo colaboraram e a todos os que me apoiaram.
Nota 2: Desejo a todos os que em breve vão iniciar um novo mandato - Bom Trabalho.
1.10.13
FORA-DE-HORAS
ELEIÇÕES
AUTÁRQUICAS 2013 (1)
Os eleitores
escolheram livremente, no dia 29 de Setembro. Sobre o concelho de Odivelas, a
terra onde nasci e vivo, os resultados não foram tão surpreendentes assim: Os munícipes
não participam nas reuniões públicas do Executivo da Câmara, nem nas Assembleias
Municipais (é claro que estas se realizam durante o horário de trabalho mais
habitual), o que não lhes permite conhecer a realidade da gestão da Câmara de
Odivelas.
Por outro
lado, o discurso político também não permite que os cidadãos percebam a
amplitude das decisões. Saliente-se que os temas mais complexos e que abrem
maior debate, apenas são levados a reuniões da Câmara à porta fechada. Portanto,
os munícipes só sabem o que os políticos lhes querem dizer. Participei em quase
todas, nestes últimos 4 anos, e apercebi-me do teatro político e das enormes
contradições entre quem decide.
O desfecho
destas eleições autárquicas mostra que a abstenção somada aos votos brancos e
nulos são uma maioria preocupante. Em Odivelas, em média, significaram 64% dos
eleitores. Só na eleição para o governo da Câmara isso representou 66,57% e a
abstenção situou-se nos 57,11%, a maioria dos eleitores do concelho.
VOTOS BRANCOS
E NULOS FORAM QUASE 5000:
REPRESENTAM UMA 4º FORÇA
Para a mesma
eleição – Executivo da Câmara -, entre os cidadãos que se deslocaram às urnas,
2583 votaram em branco e 2403 anularam os seus boletins de voto. Este número de
eleitores era suficiente para alterar o panorama dos resultados eleitorais.
Somados, representam uma 4ª força. Esta é uma análise que os políticos não
fazem, mas deviam considerá-la.
Os cidadãos
acreditam cada vez menos na maioria dos candidatos e no próprio sistema. Em 39
anos de democracia, o País não evoluiu grandemente, não saiu da crise (ainda
que em alguns momentos tenha estado adormecida) e encontra-se agora num momento
de enormes dificuldades sociais e económicas. Portugal também não evoluiu
culturalmente.
EM ODIVELAS,
O PS GANHOU COM APENAS 17,20%
DOS ELEITORES DO CONCELHO
Realmente a
classe política deve meditar: Por exemplo, em Odivelas, para o Executivo da
Câmara Municipal ganhou o Partido Socialista com 39,52% dos votos expressos, ou
seja 20.821 eleitores de um total que ultrapassa os 121.000 (119.594 inscritos
em 2011). Portanto, na realidade, o PS ganhou com 17,20% do total de eleitores
do concelho de Odivelas.
Estas
percentagens são comuns a uma maioria muito significativa dos 308 concelhos do
País. Se a isto somarmos que a vontade de centenas de milhares de portugueses
foi de votar contra o governo, então temos a preocupante noção que não se
escolheram projetos e pessoas para as governações dos concelhos e das
freguesias.
Quem não
ganhou as eleições é porque explicou mal o seu projeto: Falhou no planeamento
financeiro, na estratégia, na comunicação e terá personalizado a sua
candidatura em demasia.
Odivelas Merece.
Se dissesse que não tinha ficado desapontado com o resultado das
eleições autárquicas, estaria a mentir. Apesar de ter sido a melhor votação de
sempre que o CDS ou uma coligação liderada pelo CDS teve no Concelho de
Odivelas e de ter sido, a par com Torres Vedras, o melhor resultado no Distrito de Lisboa, a verdade é que face ao trabalho desenvolvido nos últimos anos, à
proposta que apresentámos e ao empenho de tanta e tão boa gente, este resultado
ficou muito aquém das expectativas.
Não gosto de vitórias morais e não as aceito, os números nas eleições
servem-se a frio, perdemos e obviamente governa quem as vence. Jamais colocaria
isso em questão, mas não quer isso dizer que a maioria tem sempre razão, muito
pelo contrário, o tempo muitas vezes encarrega-se de dar razão precisamente às
minorias.
Conheço Odivelas desde que nasci, já lá vão umas boas dezenas
de anos, mas é verdade que nunca tinha feito tantos quilómetros a pé
nesta Terra e esta campanha eleitoral permitiu-me ficar a conhece-la muito melhor.
Confesso que houve muitas situações que me chocaram, vi
pessoas a viver em situações de pobreza extrema e zonas que fazem lembrar países
de Terceiro Mundo, o que é inaceitável tendo em conta o potencial de Odivelas e
que estamos a falar de um concelho que faz fronteira com Lisboa. Com isso
cresceu a minha convicção sobre a validade do nosso discurso e da nossa proposta,
por essa razão, apesar do resultado não ter sido favorável, vou continuar a
lutar com a mesma firmeza e dedicação. Odivelas merece.
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