28.1.06

In: Coisas da Pontinha (Coluna ás Direitas 28/01/2005)

D. Dinis, uma mais valia de Odivelas.


D. Dinis nasceu a 9 de Outubro de 1261, filho de D. Afonso III e de D.ª Beatriz de Castela, foi aclamado 6º Rei de Portugal em 1279 com 18 anos e reinou durante 46, até 1325, ano em que morreu. Casou em 1288 com D. Isabel, mais tarde Santa, que ficou celebre pela sua imensa bondade, pois ocupou muito do seu tempo a ajudar doentes e pobres.

Além de ser ter casado com uma Santa, D. Dinis não se limitou a ser o 6º Rei de Portugal, durante todo o seu reinado deu prioridade à organização do reino, ele foi sobretudo um administrador.

Foi ele que assinou o Tratado de Alcanices a 12 de Setembro de 1297, o qual hoje nos permite dizer que somos o país com as fronteiras mais antigas da Europa.

Só este Tratado, visto a esta distancia de tempo, poderia ser considerado um feito, mas D. Dinis fez muito mais, vejamos:

- deu continuidade à vertente legisladora do seu pai, entre muitas leis estabeleceu que só junto do rei e das Cortes se podiam se podiam fazer apelações de quaisquer juízo;

- quando subiu ao trono estava a coroa em litígio com a Santa Sé por abusos do clero em relação à propriedade real, aí D. Dinis conseguiu assinar a concordata, após a qual os litígios passaram a ser resolvidos pelo rei e pelos seus prelados;
- percorreu cidades e vilas de todo o país, fortificou os direitos da coroa, zelou pela justiça e organizou a defesa em todas as comarcas;

- não fez de Lisboa a capital, mas acentuou a sua predilecção por esta cidade como local de permanência da corte e assim contribuiu para o seu desenvolvimento a todos os níveis, de tal forma que mais tarde se tornou a capital;
- fundou a Ordem de Cristo;
- mandou iniciar a exploração das minas de cobre, prata, estanho e ferro;
-foi o "pai" da 1ª Reforma Agrária, redistribuiu terras, incentivou a agricultura, fundou várias comunidades rurais e plantou o Pinhal de Leiria, de forma a proteger os terrenos agrícolas dos avanços da areias e a produzir madeiras para a construção de navios; madeira essa que se veio a tornar fundamental anos mais tarde para os descobrimentos e para toda a actividade marítima;

-fez mercados e feiras, promoveu e desenvolveu as trocas comerciais com outros reinos e, assinou o 1º tratado comercial com o Rei de Inglaterra em 1308;
-criou as bases para a criação de uma verdadeira marinha e foi buscar marinheiros a Génova para a assim ficar com mais conhecimentos;
-na cultura também teve um papel de enorme importância. Escreveu vários livros, poemas e fez de Lisboa naquela época um dos mais importantes centros culturais da Europa; fez com que todos os documentos oficiais passassem a ser escritos em Português em vez do Latim; foi o primeiro Rei de Portugal assinar os documentos com o nome completo; pensa-se que foi o 1º Rei português não analfabeto e como se não bastasse a nossa primeira Universidade, a de Coimbra, também fundada por um decreto seu, o Magna Carta Priveligiorum.

Por tudo isto e porque a sua obra ainda é mais extensa do que aqui está escrito, D. Dinis é considerado por alguns, sem reservas, um dos mais importantes reis da História de Portugal, no entanto, há muitas pessoas que não só não têm esta percepção, como nem sequer tem conhecimento da sua obra.

Como todos sabem D. Dinis está muito ligado ao nosso concelho (Odivelas) e inclusivamente está cá sepultado, no Mosteiro de S. Dinis e, por essa razão eu lanço o seguinte desafio:

Não será uma boa ideia, todos nós odivelenses, fazer deste facto uma mais valia para o concelho? Divulgar a grandeza da sua obra por todo o país, criar atracções relacionadas com este tema para assim promovermos a nossa terra e atrairmos muito visitantes, não poderá ser uma grande mais valia?

In:Coisas da Pontinha (Coluna ás Direitas 28/01/2005)

Humildade/ Pobreza.

Muitas vezes oiço na televisão e na rádio diversas pessoas a utilizar o termo "gente humilde" quando se querem referir, de forma "politicamente correcta" a pessoas pobres; mas humildade e pobreza não são sinónimos, nem tão pouco, uma implica a outra.

Há uns dias ofereci 50 cêntimos (100.00 escudos) a um pobre na rua, ele nem sequer agradeceu, virou-se para mim e perguntou: Só? virou as costas e foi-se embora. Uma outra vez, há mais tempo, estava a almoçar à pressa num café, quando me apareceu uma senhora com duas crianças a pedir; de imediato perguntei se queria uma sandes e um copo de leite para as crianças, a resposta imediata foi: não, só quero dinheiro.

Isto pode ser pobreza, mas não é humildade.

Pergunto?

Não é a humildade uma característica dos portugueses? Onde é que anda a nossa humildade? Será que não andamos nós todos afectados por esta falta de humildade? Não estaremos todos nós a tornar-nos pobres e arrogantes? Não será também a falta de humildade uma das grandes causas dos problemas que Portugal está a passar? Não é a humildade capaz de se tornar numa mais valia para alcançar grandes vitórias?

25.1.06

In: Coisas da Pontinha (Coluna ás Direitas) 14/01/200

Objectivo e Estratégia.

Aqui estão 2 palavras que são chave para o sucesso de qualquer organização, quer seja ela publica ou privada. Esta verdade é tão mais certa, quanto maior for a dimensão da organização em questão.

Para melhor exemplificar vou pegar, de modo simplista, no caso de uma empresa que pretende vender um novo produto, tanto faz que seja um automóvel, como um refrigerante, um iogurte, ou mesmo um sabonete.

Neste caso a primeira coisa a ser feita é um estudo para analisar se a empresa tem capacidade para o produzir e a que preço, e outro para saber se há mercado.

Partindo do principio que o estudo dá resultados positivos, ou seja, que a empresa tem capacidade para o produzir e que há mercado, então são fixados os objectivos e uma estratégia.O objectivo final, neste caso, por se tratar de uma empresa, pode ser o lucro, certo?

Mas para além de ser o lucro, para uma empresa não basta dizer lucro, tem que se quantificar e traçar um objectivo claro que, tanto pode ser 100, como 1000, como de 10.000. Este número será sempre calculado em função do mercado e da capacidade de produção da empresa.

Chegado a este ponto, depois de definido o objectivo, então é traçada uma estratégia de comercialização, que passa por definir o produto, a quem é dirigido (homem, mulher, adulto, criança, jovem, velho, gordo, magro, rico, pobre, remediado, etc.,etc.), a distribuição, o preço, etc.; etc.

Só assim é que uma empresa pode aspirar a que um produto tenha sucesso no mercado. É impossível qualquer organização ter sucesso, sem que tenha um objectivo definido e uma estratégia (bem) delineada.

O pior é que independentemente do objectivo e da estratégia, esta realidade é a mesma, quer se trate de uma empresa, de um clube, de um partido, de uma câmara, ou mesmo de um país.

Os nossos governantes e autarcas, não me estou a referir a nenhum em particular, sabem bem do que estou a falar. Com sucesso traçaram objectivos e montaram as estratégias que lhes permitiram ganhar as eleições; só não percebo (não é de agora) porque é que não fazem o mesmo para o nosso país (Portugal) e para o nosso Concelho (Odivelas).

Referindo-me aqui ao nosso concelho, ouvi na última campanha os candidatos à presidência da Câmara, na Biblioteca D. Dinis, a dizerem que iam fazer "1001 coisas", alguém mais reparou nisto?

Não tenho nada contra essas promessas (desde que as cumpram) e não estou agora a cobrá-las (ainda não é tempo para isso), o que eu não ouvi dizer, é, qual o objectivo, ou os objectivos que têm para o concelho e a estratégia que têm delineada para os atingir e isso par mim é que é a base de um bom trabalho.

Caso contrário andam a "tapar o sol com a peneira", ou seja, andam só a tentar tapar buracos. Dão umas licenças de construção para arranjar mais uns euros, arranjam um jardim ou uma rua, uma escola ou uma ambulância, etc., etc., mas este é um ciclo vicioso que não nos leva a lado nenhum e fazem de Odivelas concelho incaracterístico e sem uma identidade própria.

Vejamos por exemplo (por várias razões até penso que pode ser uma hipótese a considerar/estudar) que se chegava à conclusão que Odivelas, à semelhança de Oeiras, se podia tornar num concelho virado para atrair grandes Polos Empresariais.

Neste caso tinha que se criar um plano e uma estratégia, não só para atrair as empresas, mas para que a vinda dessas empresas trouxesse mais valias significativas, directas e indirectas, para toda a população.

As directas estão relacionadas com o incremento do comércio local, com a oferta de um maior número de postos de trabalho, sobretudo mais perto de casa, etc.,etc.; as indirectas estão relacionadas com as verbas que a Câmara poderia arrecadar, provenientes de taxas e impostos, o que lhe possibilitava ter mais recursos para interferir nas diversas áreas que são da sua competência, de forma planificada e consistente.

Com uma estratégia bem definida e com objectivos devidamente traçados para cada área, é possível criar uma "nova" identidade para o concelho e sobretudo atingir aquele que sem contestação deverá ser o objectivo final, melhorar a qualidade de vida de todos os Odivelenses.
Miguel Xara Brasil

In: Coisas da Pontinha (Coluna ás Direitas) 14/01/2006

Embora já tenham sido publicados alguns textos meus na Coluna O e na Tribuna dos Leitores, a partir de hoje foi-me dada a possibilidade de passar a ser uma das pessoas a inserir artigos neste novo espaço, Coluna ás Direitas.

Desde já quero agradecer ao Coisa da Pontinha esta oportunidade e dizer que tudo farei, para dentro das minhas possibilidades (disponibilidade e conhecimentos) contribuir para enriquecer este portal.

De forma resumida e para que facilmente possam perceber a origem dos meus pensamentos, informo que me identifico como democrata-cristão. Defendo que todos têm o direito a nascer e a viver com dignidade até à sua morte natural; para mim a Família, a Instrução e os Valores Morais são alicerces fundamentais para que esse objectivo possa ser atingido. Estou convicto que só assim, é que todos nós, podemos ambicionar a ter uma Vida Melhor.

Para terminar este meu primeiro escrito quero dizer que encaro esta oportunidade como um grande desafio pessoal e que o quero aproveitar para 2 coisas:

1º - Defender os Valores em que acredito;
2º - Contribuir de forma construtiva, com ideias e sugestões, para ajudar a fazer de Odivelas um concelho mais bonito, mais próspero e onde todos vivam melhor.
Miguel Xara Brasil

23.1.06

Uma reflexão presidencial.

Imaginemos que Cavaco tinha tido 49.99% e Alegre 20%. Esse facto para mim significava que metade dos portugueses queria mesmo Cavaco a presidente e que a Alegre, só cerca de 20% é que o queria por convicção, contudo teria que haver uma 2ª volta, a qual Alegre até poderia ganhar.
Seria correcto termos um presidente que por convicção só 20% da população é que votava nele? Será que a segunda volta das presidenciais faz sentido?

Um serão bem passado.

Para ser sincero esta eleições não me motivaram. Por diversas razões não me identificava com nenhum dos candidatosn e durante a campanha não ouvi nada de novo ou de inivador que me fizesse pensar que algo ía mudar .

Diz-se que o Presidente da República não tem muito poder mas eu não concordo, sou até da opinião que se ele quiser e estiver interessado pode fazer muito, aliás viu-se com o Dr. Jorge Sampaio ao demitir a meio o mandato de um governo com maioria absoluta e com o seu antecessor aquando das presidencias abertas.

Se nenhum fez mais, foi porque não sabia ou, porque não estava interessado.

No entanto ontem diverti-me a acompanhar as eleições, tive 3 pequenas alegrias, as quais, todas juntas no mesmo dia já não é mau, contudo, ainda fiquei com uma pequena espinha atrevessada na garganta.

Vamos por partes. A 1ª (pequena) alegria deu-se quando vi que Alegre ía ficar bem à frente da “velha raposa” e com isso vi acabar o soarismo. Já não era sem tempo! Embora esteja a léguas ideais comunistas, a minha 2ª (pequena) alegria foi quando vi o Jerónimo de Sousa ficar bem à frente do anárquico representante do B.E. (Francisco Anacleto Louçã), mas aqui também está minha pequena espinha, é que ao passar a barreira dos 5% por 3 dédcimas, este rapaz tem direito a receber umas belas massas; e pena! A 3ª alegria vai para a vitória de Cavaco Silva à primeira, não só por ser da opinião que entre todos os candidatos ele pode ser o melhor para o país, como, porque assim poupam-nos a todos, de assistirmos a uma 2ª volta.

Quero no entanto registar 2 factos:

1º) A falta de respeito, de civismo e de cultura democrática demonstrada pelo Sr. Primeiro 1º Ministro, Eng. José Socrates, quando fez a sua intervenção ao país, cortando assim a palavra ao candidato que tinha acabado de ficar em 2º lugar. Em comunicado, o seu gabinete, diz ter-se tratado de uma distracção e que o Sr. Primeiro Ministro não tinha conhecimento de que o Dr. Manuel Alegre estava a falar; eu duvido. Mas, se assim foi também é grave, por ventura ainda mais grave, porque um Primeiro Ministro não pode ter níveis de ansiedade tão grandes que o levem a fazer estas “gaffes”.

2º) Dizem que o Sr. Prof. Cavaco Silva ganhou por cerca de 64.000, mas esta diferença é contra todas as outras candidaturas juntas, a diferença para o Dr. Manuel Alegre,que ficou em 2º lugar é enorme, é de ........ 1.620.000 votos. É pouco?

13.1.06

3 Leituras Recomendáveis.

Dos livros que recebi este Natal já li 2 e passei os olhos pelo outro.

Por ter gostado do que li recomendo-os:

- Não Há Soluções, Há Caminhos (Vasco Pinto Magalhães) - Este é o tal livro pelo qual só passei os olhos, não porque falta de vontade, mas porque assim o “obriga”.
São 366 pensamentos/reflexões, um para cada dia do ano e mais 30 a que o autor por brincadeira chama o 13º mês.
Como em cima referi dei uma olhadela por todos os textos e agora estou a ler com a profundidade necessária um por dia.
São textos pequenos (+/- 10 linhas), de simples leitura e que nos ajuda a reflectir sobre o mais variado tipo de situações, as quais nos aparecem à frente no nosso dia-a-dia.

- Portugal Genial do meu amigo Carlos Coelho. Este livro é a compilação de um conjunto de artigos que ele escreveu semanalmente para o Diário Económico nos últimos 2 anos.
Com este artigo Carlos Coelho quis demonstrar que Portugal tem inúmeras riquezas, muitas delas mal aproveitadas e por conseguinte não razão para “andarmos” deprimidos com o estado do país.
Segundo o autor parece que Portugal está adormecido, quando só tem é que ter uma atitude positiva, deitar mãos à obra e começara trabalhar.
Nestes 82 artigos Carlos Coelho ilustra bem algumas das nossas riquezas nas mais diversas áreas. Fala de Reis, de Rainhas, de Arquitectos, de Engenheiros, de Desportistas, de Sociólogos, de Treinadores e de “Designer’s”; fala também da nossa cultura, da nossa musica, do nosso mar, da nossa luz, da nossa floresta, das Baleias dos Açores e dos Tesouros da Madeira; fala ainda de Portugal futurista, de Portugal especial, do hidrogénio, da saudade, da hospitalidade e da diversidade.

- O Século de Fátima (César da Neves) – Porque fiquei surpreendido com a quantidade de pessoas (centenas de milhares) que no passado mês de Novembro, apesar da chuva e do frio fizeram questão em acompanhar a imagem da Nossa Senhora de Fátima na Procissão que houve em Lisboa, senti a necessidade de conhecer melhor a mensagem de Fátima e por isso ofereci a mim mesmo este livro. Com ele aprendi muito e fiquei muito mais esclarecido.

10.1.06

Doença e Velhice.

Recebi neste Natal um livro, Não Há Caminhos, Há Soluções, de Vasco Pinto de Magalhães, é composto por 366 textos, um apara cada dia do ano e mais 30, a que o autor chama o 13º mês. São textos pequenos em tamanho, mas grandes em espiritualidade e profundidade, por isso ideais para reflexão.

Confesso que fiz batota e dei uma olhadela por textos de outros dias. Talvez por a minha avó estar doente e por eu ver o seu estado de saúde degradar-se muito no último mês, reparei em 3 desses textos, os que estão relacionados com a velhice e com a doença.

Um dos textos diz qualquer coisa como isto, “as mesmas coisas” podem ser ditas sempre com novidade, o segredo é não dizer coisas, é transmitir algo e conclui o texto dizendo, quem fale envelhece, mas não fica velho.

Outro texto diz, quem sabe envelhecer é uma pessoa admirável; ser novo é ter a capacidade de dar e os mais idosos tem um saber e uma experiência enorme para transmitir. Conclui a dizer que velho é aquele que desiste de amar, porque dar é amar.

No último texto questiona a eutanásia, “isto é dar a morte ou matar os doentes terminais..”, fala da mania que temos de tratar pessoas com determinadas doenças como “coitadinhos” e de os vermos como um fardo para as nossas vidas. Conclui o texto dizendo, se estes doentes não estivessem sós e não os fizessem sentir como um peso, com toda a certeza não queriam a eutanásia.

Ora bem, para além dos seus 90 anos, por cima de uma doença incurável, na semana passada a minha avó contraiu uma infecção respiratória e uma insuficiência renal. De imediato foi de urgência para o Hospital e teve que ficar internada na Unidade de Cuidados Intensivos. Nessa mesma noite quando cheguei a casa procurei os três textos que em cima mencionei, li-os com maior atenção e prometi a mesmo que ia dar o melhor de mim para que ela tivesse vontade de ficar connosco mais tempo.

É isso que tenho feito e depois de há 3 ou 4 dias a minha avó ter estado ás portas da morte, ontem deu-me mais uma lição (Post anterior). Sei também que ao ter recebido essa lição a ajudei a sentir-se útil e rejuvenescida.

Agora, não escrevo mais, tenho que ir trabalhar, para ver se hoje ainda arranjo tempo para uma nova lição.

Aos 90 deu-me mais uma grande lição.

Há muito anos que sou um fiel devoto de Nossa Senhora, sempre tive por ela um carinho, uma ternura e um amor muito especial. Também muitas vezes me refugiei junto d’Ela em oração, e, em Fátima muitas vezes procurei e consegui encontrar a Fé que algumas vezes questionei.

Estou cada vez mais convencido que muitas das minhas orações foram escutadas e sinto que recebi várias vezes ao longo da vida sinais disso mesmo.

Nunca duvidei das Suas aparições, aliás sinto, por ventura de forma errada que Fátima sempre foi o meu caminho e a minha via de comunicação para Deus e para Jesus Cristo.

Contudo, crente nas aparições, na veracidade dos “segredos”, impressionado muitas vezes com os banhos de Fé que recebia na Cova da Iria, talvez por distracção, nunca tenha sentido a necessidade de perceber a verdadeira mensagem que Nossa Senhora deixou em Fátima.

Há cerca de 6/7 anos, de forma acidental, num curso para dirigentes desportivos, imagine-se(!), ouvi um dos professores, o ilustre Dr. Silva Resende chamar a atenção para um facto sobre o qual eu nunca tinha pensado e com o qual de imediato concordei, dizia ele:

Fátima Foi o Maior Acontecimento do Sec. XX

Nessa altura, embora concordando absolutamente com essa afirmação, continuei sem sentir a necessidade de aprofundar os meus conhecimentos sobre a mensagem de Fátima, até que no passado mês de Novembro, impressionado com a dimensão da procissão que houve em Lisboa, senti a necessidade interior de conhecer melhor a Sua mensagem.

Li alguns livros, vários textos e com isso consegui tirar vários ensinamentos. Conheci os seus pedidos, aprendi muito do que aconteceu, das profecias e mais importante, penso que percebi a sua mensagem.

No entanto o que mais me continua a marcar, penso que é isso também que marca e faz mover milhões de pessoas em todo o mundo, em Portugal de forma particular, são os enormes sacrifícios que nós todos, consciente ou inconscientemente, sabemos que Maria fez e faz, não só pelo seu filho Jesus, como por todos nós, a quem Ela, Graças a Deus, considera seus filhos.

Ontem, numa sala de cuidados intensivos, em estado grave, com 90 anos, grande dificuldade em respirar e em falar, a minha avó que já perdeu 2 filhos confidenciou-me:

1º - Para uma mãe os filhos nunca morrem;
2º - O Segredo de Uma Mãe é Ter Sempre os Filhos no Coração.

Parecem simples, mas estas duas frases ditas pela minha avó no alto dos seus 90 anos, são fruto de uma profunda reflexão e são certamente, a par do amor a Deus e a Jesus Cristo, as mesmas certezas que fazem com que Maria esteja sempre a acudir-nos e a proteger-nos.

Obrigado Avó (M.ª Cristina) por mais esta lição.

7.1.06

ESTAR SEM "UM RUMO" É:



- estar como um tolo em cima de uma ponte, sem saber para que lado sair, ou;

- como estar num barco à deriva , sem saber qual o vento favorável, ou;

- como estar no meio de uma floresta , sem saber onde está o Norte.

Para sair desta situação são precisas motivações claras, a coragem para escolher um caminho (Um Rumo), muitas vezes sem entrar em modas, e, sobretudo não ter medo de perder.

Para tudo é preciso Um Rumo.