23.1.06

Uma reflexão presidencial.

Imaginemos que Cavaco tinha tido 49.99% e Alegre 20%. Esse facto para mim significava que metade dos portugueses queria mesmo Cavaco a presidente e que a Alegre, só cerca de 20% é que o queria por convicção, contudo teria que haver uma 2ª volta, a qual Alegre até poderia ganhar.
Seria correcto termos um presidente que por convicção só 20% da população é que votava nele? Será que a segunda volta das presidenciais faz sentido?

2 comentários:

LMC disse...

Sinceramente, ao ler pela primeira vez dou-te razão.. pelo menos penso eu.. De facto não faz sentido nenhum haver segunda volta no caso que apontas-te.. Pelo menos foi o meu primeiro pensamento.

E sei que o governo socialista que agora está no poder tem maioria absoluta apesar de não passar dos 50%.. mas julgo que há uma diferença que salta à vista, na Assembleia da Republica há oposição. Todos nós, desde que haja um deputado do partido no qual um determinado cidadão vota, esse cidadão está representado.

E pelo metodo de Wundt, os votos correspondem aos mandatos, logo existe, segundo o metodo de Wundt, o metodo mais leal e justo de distribuir os votos.

Nas presidenciais, a questão é diferente.

O Presidente da Republica Portuguesa é uma unica pessoa. Se não for por maioria absoluta, se não for por 50% mais um voto não temos de facto um Presidente eleito pela maioria dos portugueses.

Neste caso, mesmo que seja 49.99%, há sempre hipotese de numa segunda volta, mais de metade dos portugueses não o escolherem para chefe de Estado. 50.01% dos portugueses.

Não seria justo reduzir apenas à primeira volta.

Miguel X disse...

Pois, mas isso serve para dar a possibilidade de se fazer uma escolha pela negativa, não é? eu sou da opinão que um presidente deve ser escolhido pela positiva.

Mas isto não é uma conclusão é uma reflexão.