D. Dinis, uma mais valia de Odivelas.
D. Dinis nasceu a 9 de Outubro de 1261, filho de D. Afonso III e de D.ª Beatriz de Castela, foi aclamado 6º Rei de Portugal em 1279 com 18 anos e reinou durante 46, até 1325, ano em que morreu. Casou em 1288 com D. Isabel, mais tarde Santa, que ficou celebre pela sua imensa bondade, pois ocupou muito do seu tempo a ajudar doentes e pobres.
Além de ser ter casado com uma Santa, D. Dinis não se limitou a ser o 6º Rei de Portugal, durante todo o seu reinado deu prioridade à organização do reino, ele foi sobretudo um administrador.
Foi ele que assinou o Tratado de Alcanices a 12 de Setembro de 1297, o qual hoje nos permite dizer que somos o país com as fronteiras mais antigas da Europa.
Só este Tratado, visto a esta distancia de tempo, poderia ser considerado um feito, mas D. Dinis fez muito mais, vejamos:
- deu continuidade à vertente legisladora do seu pai, entre muitas leis estabeleceu que só junto do rei e das Cortes se podiam se podiam fazer apelações de quaisquer juízo;
- quando subiu ao trono estava a coroa em litígio com a Santa Sé por abusos do clero em relação à propriedade real, aí D. Dinis conseguiu assinar a concordata, após a qual os litígios passaram a ser resolvidos pelo rei e pelos seus prelados;
- percorreu cidades e vilas de todo o país, fortificou os direitos da coroa, zelou pela justiça e organizou a defesa em todas as comarcas;
- não fez de Lisboa a capital, mas acentuou a sua predilecção por esta cidade como local de permanência da corte e assim contribuiu para o seu desenvolvimento a todos os níveis, de tal forma que mais tarde se tornou a capital;
- fundou a Ordem de Cristo;
- mandou iniciar a exploração das minas de cobre, prata, estanho e ferro;
-foi o "pai" da 1ª Reforma Agrária, redistribuiu terras, incentivou a agricultura, fundou várias comunidades rurais e plantou o Pinhal de Leiria, de forma a proteger os terrenos agrícolas dos avanços da areias e a produzir madeiras para a construção de navios; madeira essa que se veio a tornar fundamental anos mais tarde para os descobrimentos e para toda a actividade marítima;
-fez mercados e feiras, promoveu e desenvolveu as trocas comerciais com outros reinos e, assinou o 1º tratado comercial com o Rei de Inglaterra em 1308;
-criou as bases para a criação de uma verdadeira marinha e foi buscar marinheiros a Génova para a assim ficar com mais conhecimentos;
-na cultura também teve um papel de enorme importância. Escreveu vários livros, poemas e fez de Lisboa naquela época um dos mais importantes centros culturais da Europa; fez com que todos os documentos oficiais passassem a ser escritos em Português em vez do Latim; foi o primeiro Rei de Portugal assinar os documentos com o nome completo; pensa-se que foi o 1º Rei português não analfabeto e como se não bastasse a nossa primeira Universidade, a de Coimbra, também fundada por um decreto seu, o Magna Carta Priveligiorum.
Por tudo isto e porque a sua obra ainda é mais extensa do que aqui está escrito, D. Dinis é considerado por alguns, sem reservas, um dos mais importantes reis da História de Portugal, no entanto, há muitas pessoas que não só não têm esta percepção, como nem sequer tem conhecimento da sua obra.
Por tudo isto e porque a sua obra ainda é mais extensa do que aqui está escrito, D. Dinis é considerado por alguns, sem reservas, um dos mais importantes reis da História de Portugal, no entanto, há muitas pessoas que não só não têm esta percepção, como nem sequer tem conhecimento da sua obra.
Como todos sabem D. Dinis está muito ligado ao nosso concelho (Odivelas) e inclusivamente está cá sepultado, no Mosteiro de S. Dinis e, por essa razão eu lanço o seguinte desafio:
Não será uma boa ideia, todos nós odivelenses, fazer deste facto uma mais valia para o concelho? Divulgar a grandeza da sua obra por todo o país, criar atracções relacionadas com este tema para assim promovermos a nossa terra e atrairmos muito visitantes, não poderá ser uma grande mais valia?
2 comentários:
Muito bem..
Não só através disto... Porque turismo é dos objectivos estratégicos que menos sentido faz a Odivelas, mas criar a identidade do concelho, como factor diferenciador dos demais concelhos da Area Metropolitana de Lisboa e Vale do Tejo
Claro que o turismo nunca poderá ser um objectivo estratégico de Odivelas, o que digo e percebeste é que marca D. Dinis é muito forte, se perguntares na rua o nome de 3 reis portugueses, grande parte das pessoas refere D.Dinis, por isso pode criar a tal identidade. Mas pode muito mais, por exemplo podes criar uma série de eventos, sobretudo culturais que atraim muitos visitantes, tanto do concelho, como de fora.
Exposições, feiras, concertos, teatro de rua, bailado, festas mediavais, etc.etc.
Enviar um comentário