Como muitos sabem, há muitos, já mesmo muitos anos que acompanho o Sporting. Vi centenas ou milhares de jogos, conheci dezenas de treinadores e centenas, ou por ventura, também milhares de jogadores, para além de cerca de uma dezena de presidentes. Assisti a épocas de glória, a épocas desastrosas e a épocas sem sabor.
Penso sinceramente que conheço razoavelmente bem o Sporting, aliás mais que conhecer, tenho a ideia que sinto o Sporting e há muitos anos que não via no clube um treinador que conhecesse tão bem o clube.
Independentemente da qualidade que Sá Pinto possa ter ou não ter como treinador (não sei se a tem, vamos ver!), uma coisa é certa, conhece e sente o Sporting como nenhum outro que por lá passou nos últimos anos, só isso justificou que ontem, sem que na classificação adiantasse algo, não tivesse poupado um único jogador. Ele sabia que mais importante que poupar algum jogador de uma lesão, era ganhar ao Benfica, isso moralizaria e mobilizaria sócios e adeptos.
Foi audaz, ganhou as duas batalhas (jogo e lesões) e mais importante do que isso, uniu e empolgou jogadores e massa associativa para juntos enfrentarem a dificílima equipa do Atlético de Bilbau. Pode não chegar à final da Liga Europa (tudo pode acontecer), mas uma coisa é certa, começou ontem e bem a preparar essa eliminatória, cujo primeiro jogo é em Alvalade e já na próxima semana.
Tivesse sido outro treinador, um que não tivesse a alma sportinguista, certamente teria inventado a equipa, perdido este jogo e seria eliminado pelo Bilbao.
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