«Estes azulejos lindíssimos ainda se encontram todos assim, intactos, dentro do Instituto de Odivelas?», perguntou Assunção Esteves, com tom admirativo, às alunas Sílvia Carvalho, Marta Cunha e Leonor Sousa, ao abrir o livro “Espaço de Memória do Instituto de Odivelas” com que as três alunas agraciaram a Presidente da Assembleia da República.
Ontem, 120 alunas, 8 docentes e o director Coronel José Serra, acompanhados por amigos da instituição, visitaram a Assembleia da República e assistiram a parte da reunião do plenário, no momento da discussão da Lei do Arrendamento.
Margarida Sá D’Antas, subdirectora do estabelecimento, e as alunas Sílvia Carvalho, comandante de batalhão e uma das melhores alunas do País, Marta Cunha e Leonor Sousa compuseram a comitiva oficial que foi recebida por Assunção Esteves. A Presidente da Assembleia, a segunda figura do Estado, congratulou-se com a presença de tantas alunas e com o êxito daquele estabelecimento de ensino. Na oportunidade, lançou-se um repto a Assunção Esteves: um convite para visitar o Instituto de Odivelas e o Mosteiro de S. Bernardo e S. Dinis.
Recorde-se que o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, pretende fechar o Instituto de Odivelas, integrando as alunas no Colégio Militar, decisão que mereceu a maior contestação dos pais das alunas, das próprias alunas e dos militares, sobretudo porque a instituição não se orienta por regulamentos militares. E, também porque mais de 40% das alunas são oriundas de famílias que residem no concelho de Odivelas.
A comunidade da cidade em geral e alguns autarcas - a maioria da linha de orientação política do próprio governo - mostram-se contra a iniciativa de Aguiar-Branco porque se trata de uma instituição secular que encerra a virtude de manter e salvaguardar o património do Mosteiro de S. Bernardo e S. Dinis e os cerca de 6 hectares da quinta que o envolve. Relevante é ainda a influência do Instituto na vida social, cultural e económica da cidade de Odivelas.
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