Esta manhã, aconteceu num posto de abastecimento de combustíveis da grande Lisboa. Trata-se de mais um acto de arte e engenho para caçarem o código dos nossos cartões de débito. É simples e funciona quase sempre, a menos que nós próprios nos enganemos a digitar os quatro dígitos. Foi o que sucedeu precisamente e o funcionário acabou na esquadra da PSP.
Ora vejam como tudo se acontece:
I. O empregado faz uma 'gentileza' e segura a máquina do multibanco para digitarmos a senha, tapando o visor com a ponta dos dedos;
II. Na verdade, ele não colocou o valor da compra, e os dígitos da senha aparecem no visor ficando expostos como se fossem o próprio valor da compra, e não com os quatro asteriscos (****);
III. O funcionário anota a senha e suplica que o aparelho não funcionou;
IV. Faz novamente o procedimento, mas desta vez correctamente e nós pagamos a despesa;
V. O funcionário tem a senha anotada e o número do cartão que fica registado na bobina.
Depois, acabaram na esquadra da PSP e ouvi-se um reparo: em dois dias, um cartão copiado com qualquer nome está na mão da quadrilha e os débitos caem direitinhos nas nossas contas bancárias.
O empregado da gasolineira acabou por confessar que ganha 600 euros por semana para compilar uma lista de cartões e senhas e que nem sequer conhece os indivíduos que lhe contrataram o serviço.
Ainda segundo os agentes da PSP, este método é aparentemente simples e está a ser praticado também em bares, discotecas e lojas de conveniência, locais onde estas operações são comuns e os clientes se encontram habitualmente mais descontraídos.
José Maria Pignatelli
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