15.6.12

Pedro Mota Soares: as misericórdias são um produto genial da alma portuguesa

PEDRO MOTA SOARES EM SINTRA, ONTEM À NOITE
A coesão social é fundamental porque por um lado promove o apoio aos mais desprotegidos e por outro fomenta a economia social, porque as instituições de solidariedade empregam mais de 250 mil pessoas e representam 6% da riqueza nacional”, precisou Pedro Mota Soares num debate que o colocou frente a uma plateia com mais de uma centena de pessoas, entre elas dirigentes de algumas instituições de solidariedade.
Para Mota Soares importa fazer reformas estruturais que “permitam olhar para estes estabelecimentos como complementares à ação do Estado e, portanto, parceiros de vital importância”. Mas o ministro lembrou que está no governo há um ano e não é possível criar um conjunto de medidas, todas ao mesmo tempo, antes é preciso ter o discernimento de o fazer etapa a etapa, “tanto mais que é fundamental promover o diálogo com os agentes que se encontram no terreno, porque isso nunca foi uma prática de qualquer dos governos anteriores”.
Por outro lado – adiantou – a missão do governo também é fomentar o rigor nos gastos públicos e a racionalização dos equipamentos instalados, porque permite poupar e consequentemente aumentar a capacidade das contribuições para a coesão social. Teremos de mudar de hábitos de suprimir os muitos disparates burocráticos que não permitem o bom aproveitamento dos recursos que existem e de entender que as regras são para servir as pessoas e não o contrário”.
O ministro do CDS-PP lembrou que descongelou as pensões mínimas que tinham sido congeladas pelo anterior governo socialista que tanto apregoa o Estado social e que “é preciso investir nos cuidados continuados ao domicílio para evitar que Portugal se torne num País de lares como etapa final dos mais idosos, vítimas da doença, da solidão ou da exclusão, porque há centenas de pessoas nestas circunstâncias que têm a possibilidade de se manterem no conforto das suas casas e que preferem isso mesmo na vez de serem atiradas para uma instituição”.
Pedro Mota Soares enalteceu a qualidade global das instituições de solidariedade e, em particular “das misericórdias que são um produto genial da alma portuguesa que perdura há 500 anos e se estende mundo fora. É tão extraordinário que mantem os propósitos ao tempo da sua fundação pela mão da rainha D. Leonor”.

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