7.7.13

INCOMPETÊNCIA, IGNORÂNCIA E DESPESISMO NUMA VIAGEM ENTRE O CATUS E O BEATRIZ ÂNGELO POR CAUSA DE DOIS GOLPES NUM PÉ

 
A nossa saúde não tem cura. A incompetência é absoluta e a ela junta-se muita ignorância. Também por causa de dois golpes num pé, e entre uma visita ao Catus e ao Hospital Beatriz Ângelo, imprimem-se cinco folhas A4 e gasta-se um envelope. Isto excluindo as folhas das receitas.
 
Neste percurso um único dado positivo: Por via de consulta informática é possível saber se temos ou não a vacinação em dia.
Ora se é verdade que temos uma saúde melhor do que a maioria dos países subdesenvolvidos, não é menos verdade que se prestam cuidados demasiado caros para aquilo que são, quer em qualidade quer em competência global. Depois, quem manda nestes centros de atendimento não sabe nada de gestão e gasta o que quer porque alguém paga.
Mas o pior acontece no Hospital Beatriz Ângelo – uma PPP que custa milhões ao erário público -, onde no meio de imensos sorrisos acontecem os maiores disparates que apenas podemos rotular de incompetência de quem manda e ignorância de quem recebe na Urgência:
Ø  Primeiro, pede-se o cartão do utente ou o cartão do cidadão. Não se admite a existência de Bilhete de Identidade;
Ø  Segundo, é inacreditável que, quem recebe, nem sequer seja capaz de considerar o facto do cidadão se ter ali deslocado por uma clarividente urgência e, por isso não se fazer acompanhar dos documentos. No Beatriz Ângelo vive-se um paradigma: Esteja ou não em perigo de vida, não esqueça de trazer os documentos, de tirar a senha e cumprimentar o funcionário no guiché;
Ø  Terceiro, o funcionário ignora a especificidade da urgência e questiona-a uma segunda vez, fazendo de conta que não ouviu nada, tão-só porque não sabe o significado de sutura. É grave para os contribuintes que pagam esta saúde cara e de desperdício e ainda terem de aturar ignorantes que deviam ter formação dada por quem manda no hospital… Os tais responsáveis incompetentes que andam mais preocupados com o parqueamento de viaturas ao longo das vias do hospital do que com métodos internos de funcionamento. Aliás, no “Beatriz Ângelo” vive-se quase e só de contractos a prazo e de rotatividade dos funcionários que jamais se conseguirão adaptar a funções, que precisam bem mais do que a multiplicação de sorrisos.

NOS NOVOS CENTROS DE SAÚDE SUBSISTEM ERROS.
NA PÓVOA DE SANTO ADRIÃO, O AR CONDICIONADO NÃO FUNCIONA.
NA RAMADA, O GABINETE DO DENTISTA FOI MAL CONSTRUÍDO E NÃO FUNCIONA.

Em Portugal as obras públicas são demasiado dispendiosas: custam muito para aquilo em que resultam, sobretudo pela menor qualidade dos acabamentos. Também raramente terminam antes de se iniciar a utilização. E quase sempre têm defeitos, alguns perfeitamente inacreditáveis. As obras públicas decididamente não são fiscalizadas. Quem paga são os contribuintes. E ainda há quem afirme que tudo é caro em Portugal.
Na nova Unidade de Saúde Familiar da Ramada continua a ser impossível marcar consultas para dentista e higiene oral, por erros de construção. O gabinete do dentista, devidamente montado não funciona.
Mas é bom recordar que a obra custou 3,8 milhões de euros, montante que também não chegou para fazer os acabamentos exteriores e estabelecer parâmetros de segurança.
Extraordinário é que na nova Unidade de Saúde da Póvoa de Santo Adrião, também estreada no princípio do mês de Junho, o ar condicionado não funciona.

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