Neste percurso um único dado
positivo: Por via de consulta informática é possível saber se temos ou não a
vacinação em dia.
Ora se é verdade que temos uma saúde
melhor do que a maioria dos países subdesenvolvidos, não é menos verdade que se
prestam cuidados demasiado caros para aquilo que são, quer em qualidade quer em
competência global. Depois, quem manda nestes centros de atendimento não sabe
nada de gestão e gasta o que quer porque alguém paga.
Mas o pior acontece no Hospital
Beatriz Ângelo – uma PPP que custa milhões ao erário público -, onde no meio de
imensos sorrisos acontecem os maiores disparates que apenas podemos rotular de
incompetência de quem manda e ignorância de quem recebe na Urgência:
Ø Primeiro, pede-se o cartão do utente
ou o cartão do cidadão. Não se admite a existência de Bilhete de Identidade;
Ø Segundo, é inacreditável que, quem
recebe, nem sequer seja capaz de considerar o facto do cidadão se ter ali
deslocado por uma clarividente urgência e, por isso não se fazer acompanhar dos
documentos. No Beatriz Ângelo vive-se um paradigma: Esteja ou não em perigo de
vida, não esqueça de trazer os documentos, de tirar a senha e cumprimentar o
funcionário no guiché;
Ø Terceiro, o funcionário ignora a
especificidade da urgência e questiona-a uma segunda vez, fazendo de conta que
não ouviu nada, tão-só porque não sabe o significado de sutura. É grave para os
contribuintes que pagam esta saúde cara e de desperdício e ainda terem de
aturar ignorantes que deviam ter formação dada por quem manda no hospital… Os
tais responsáveis incompetentes que andam mais preocupados com o parqueamento
de viaturas ao longo das vias do hospital do que com métodos internos de
funcionamento. Aliás, no “Beatriz Ângelo” vive-se quase e só de contractos a
prazo e de rotatividade dos funcionários que jamais se conseguirão adaptar a
funções, que precisam bem mais do que a multiplicação de sorrisos.
NOS NOVOS CENTROS DE SAÚDE SUBSISTEM ERROS.
NA PÓVOA DE SANTO ADRIÃO, O AR CONDICIONADO NÃO
FUNCIONA.
NA RAMADA, O GABINETE DO DENTISTA FOI MAL
CONSTRUÍDO E NÃO FUNCIONA.
Em Portugal
as obras públicas são demasiado dispendiosas: custam muito para aquilo em que
resultam, sobretudo pela menor qualidade dos acabamentos. Também raramente
terminam antes de se iniciar a utilização. E quase sempre têm defeitos, alguns
perfeitamente inacreditáveis. As obras públicas decididamente não são
fiscalizadas. Quem paga são os contribuintes. E ainda há quem afirme que tudo é
caro em Portugal.
Na nova
Unidade de Saúde Familiar da Ramada continua a ser impossível marcar consultas
para dentista e higiene oral, por erros de construção. O gabinete do dentista,
devidamente montado não funciona.
Mas é bom
recordar que a obra custou 3,8 milhões de euros, montante que também não chegou
para fazer os acabamentos exteriores e estabelecer parâmetros de segurança.
Extraordinário
é que na nova Unidade de Saúde da Póvoa de Santo Adrião, também estreada no
princípio do mês de Junho, o ar condicionado não funciona.
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