29.3.10

Exposição D.Dinis na Malaposta.


De 21/3 a 11/4.

D. DINIS ENTRE A HISTÓRIA E A LENDA.

REPORTAGEM FOTOGRÁFICA DE MARGARIDA NUNES.


D.Dinis foi sem qualquer margem para dúvida um dos grandes monarcas do seu tempo.

Após a reconquista cristã era preciso, edificar sobre os alicerces deixados pelos seus antecessores. Assim, D.Dinis implementou, o que hoje se designa, um desenvolvimento sustentado, fomentando a agricultura, o comércio interno e externo, a indústria e a exploração mineira. Mas, o rei "Lavrador, depois de lavrar a terra também se preocupou em lavrar os espíritos sendo a cultura um dos seus maiores interesses pessoais.

D. Dinis não só apreciava a literatura, como foi ele próprio um poeta notabilíssimo e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias chegaram 137 cantigas da sua autoria, distribuídas por todos os géneros: cantigas de amor, cantigas de amigo e cantigas de escárnio e maldizer), bem como a música original de 7 dessas cantigas (descobertas casualmente em 1990 pelo Prof. Harvey L. Sharrer, no Arquivo da Torre do Tombo, num pergaminho que servia de capa a um livro de registos notariais do século XVI, e que ficou conhecido como Pergaminho Sharrer).

Durante o seu reinado, Lisboa foi, pois, um dos centros europeus de cultura. A Universidade de Lisboa, a primeira Universidade em Portugal, foi fundada pelo seu decreto Magna Charta Priveligiorum. Desde se ensinou aqui as Artes, o Direito Civil, o Direito Canónico e a Medicina. Mandou traduzir importantes obras, tendo sido a sua Corte um dos maiores centros literários da Península Ibérica.

D. Dinis deixou para a história o Tratado de Alcanices que definiu a mais estável e antiga fronteira europeia e também o Tratado de Turrelas onde brilhou com diplomata e juiz. Casou com D.Isabel de Aragão, de quem teve dois filhos: D. Constança. e D.Afonso, seu sucessor.

Fonte: Malaposta.



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