"Quem achava que o Ponto e Virgula tinha levado um Ponto Final desengane-se. O Ponto e Virgula esteve de férias, fez uma pausa para acentar ideias, observar e observar o que o rodeia, mas está de volta.
E está de folga no rescaldo da Greve Geral e antes da semana de luta convocada pelas centrais sindicais para o início de Dezembro.
O Ponto e Virgula, na realidade a pessoa que o escreve, concorda com o direito à greve.
Considera até a greve uma ferramenta de luta produtiva. É um direito adquirido, uma forma dos trabalhadores se fazerem ouvir mais alto.
No entanto, admito que no momento que o país atravessa uma Greve Geral que paralisou a produtividade do país só nos faz mal a nós, trabalhadores.
Porquê? Foi um dia em que não se produziu para que o país saia da crise (sim, só com produção o Portugal pode avançar num sentido ascendente) e foi um dia em que os trabalhadores em greve perderam o seu salário. Já os patrões perderam na produção, mas ganharam em salários, água e luz. O Metro, por exemplo, pura e simplesmente encerrou todas as suas estações.
Depois há que assinalar os sinais pidescos, a lembrar os tempos “da outra senhora”, que se foram registando um pouco por todo o país. Refiro-me por um lado aos famosos piquetes de greve que impediam quem queria trabalhar de o fazer, por outro os “capangas” enviados pelo patronado para dissuadir os que queriam fazer greve. Atitudes que nos envergonham a todos.
Para já não falar que já não acredito no discurso oportunista das centrais sindicais e que desprezo o discurso miserabilista do Governo.
Na realidade, não temos para onde nos virar. Estamos rodeados de mal feitores.
Solução? Ou arregaçamos as mãos e trabalhamos, ou somos nós a levantar Portugal com a nossa capacidade de luta, ou este país vai mesmo ao fundo".
Teresa Salvado
Nota: Texto de Opinião escrito para o jornal Nova Odivelas de 2 de Dezembro, 2011
2 comentários:
wellcome!
Já lhe tínhamos sentido a falta!
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