9.12.11

11 - Separar o trigo do joio.

Se há coisa que não gosto nada, mesmo nada e cada vez menos é de generalizações, sobretudo quando nos referimos a pessoas.

Não podemos afirmar que todos os médicos, advogados, pedreiros, dentistas, políticos, empresários, jornalistas, electricistas, polícias, ou indivíduos pertencentes a qualquer outra classe profissional são bons ou maus. É igualmente verdade se falarmos de qualquer outro grupo, para dar só mais um exemplo, ninguém pode afirmar que todos os portistas, benfiquistas ou sportinguistas são bons ou maus. Definitivamente em todos os grupos, classes e organizações há de tudo.

Nos últimos tempos tem-se verificado uma cada vez maior tendência para a generalização na classificação de grupos e consequentemente para uma etiquetagem condizente para cada um dos indivíduos que os compõe. Quanto mais se generaliza, mais nocivo se torna, pois isso impede a identificação e a personalização.

Para que possamos saber com o que é que contamos urge identificar quem tem valor e quem não o tem, quem é sério e quem não o é. Isolar torna-se essencial, pois só assim poderão ser seleccionados os melhores e os que interessam, caso contrário continuaremos à mercê de medíocres que se escondem habilmente, os mesmos que possivelmente são os mais interessados nas generalizações ou na sua promoção.

É necessário cada vez mais deixarmo-nos de generalizações e sabermos separar bem o trigo do joio, só assim poderemos evoluir positivamente.

In: Nova Odivelas - Pode Haver Luz (Pag. 25).

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