Um dos quatro espécimes dos contratos
onde se
negoceia a troca do índice de rentabilidade entre dois ativos
Uma das perguntas que a maioria dos portugueses mais faz nestas últimas semanas é: O que são os contratos Swap ou os Swaps? Convém referir que estamos perante uma espécie de produto financeiro tecnológico. Ou seja, enquanto a indústria tem uma faceta eminentemente criativa na procura de novos bens de consumo, mais ou menos inertes no âmbito dos produtos ou serviços que servem uma comunidade alargada, no sector financeiro procuram-se novas formas de ganhar dinheiro, aumentar lucros das instituições, satisfazer os investidores mais ou menos gananciosos, protegendo simultaneamente uma determinada franja de clientes.
Ora com esse propósito, a JP Morgan
Chase & Co., uma sociedade gestora de participações sociais, e líder mundial em serviços
financeiros, foi a maior impulsionadora dos Swaps ou, melhor dizendo dos
contratos derivativos. É que os Swaps são um dos quatro principais espécimes
dos contratos derivativos.
Portanto, para percebermos o que são
os “Swaps” temos de conhecer, em primeiro lugar, o Derivativo que é um
contrato onde se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com
base:
Os Contratos Derivativos recebem esta
denominação porque o seu preço de compra e venda, deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objecto.
No início do desenvolvimento dos mercados financeiros, os derivativos foram
criados por uma boa causa: Como forma de proteger os agentes económicos
(produtores ou comerciantes) contra os riscos decorrentes de
flutuações de preços, durante períodos de escassez ou superprodução dos produtos negociados.
Presentemente, a ideia básica dos
agentes económicos, ao operar com derivativos, é obter um ganho financeiro nas
operações de forma a compensar perdas em outras atividades económicas. Desvalorização
cambial e variações
bruscas nas taxas de juros são exemplos de situações que já ocorreram na economia, onde os prejuízos foram reduzidos
ou até se transformaram em ganhos, sobretudo para os operadores financeiros que
protegeram os seus investimentos, realizando operações com derivativos.
Entre os derivativos mais populares
encontram-se os optativos ou opções e, sob estes, existem diversas
versões teóricas de valorização. Entre elas, uma das mais difundidos é o Modelo
de Black & Scholes, publicado por Robert C.
Merton, em honra a Fischer
Black e Myron Scholes, que valeu o Nobel
de Economia aos seus
autores, Merton e Scholes (Black já tinha falecido quando o prêmio foi dado).
Os mercados «futuros e de opções» são extremamente importantes no mercado
financeiro. São
utilizados por hedgers - especuladores - e a sua formação de preços deriva
de mercadorias e de ativos
financeiros.
Os principais tipos de contrato
derivativo são:
Swaps (a Troca) são contratos que
determinam um fluxo de pagamentos entre as partes contratantes, em diversas
datas futuras previamente definidas. Negoceia-se a troca (em inglês, swap)
do índice de rentabilidade entre dois ativos. Por exemplo: a empresa
exportadora A tem uma dívida cujo valor é corrigido pela inflação e prevê que terá moeda em caixa,
como dólares ou euros. Portanto, ela pode preferir que a sua dívida seja
atualizada pela cotação do dólar ou do euro.
Já a empresa B, que só vende no
mercado interno, tem um contrato reajustado em euros, e pode preferir usar
outro indexador, tal como a taxa de juros.
Então, as empresas A e B, que estão
interessadas em trocar os seus respectivos riscos, poderiam fixar um contrato de swap
(diretamente ou pela mediação de uma instituição financeira).
No entanto, o swap implica
risco. Variações inesperadas nos indexantes das dívidas podem eventualmente
prejudicar um dos subscritores, lesando outros nas mesmas circunstâncias. A
operação de swap - tal como nas operações a termo, um outro
espécime dos derivativos – tem de ser liquidada integralmente no
vencimento.
A termo é quando o comprador e vendedor se comprometem a comprar ou
vender, em data próxima, certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo
financeiro), a um
preço fixado antecipadamente, na própria data da celebração do contrato. Os
contratos a termo somente são liquidados integralmente na data do vencimento.
Um risco efectivo. Estes contratos podem ser negociados em bolsa e no designado mercado de balcão.
Os contratos Futuros são aqueles em que se estabelece a
compra e venda de um ativo a preço certo, num prazo estabelecido. O comprador e
vendedor comprometem-se a comprar ou vender uma quantidade determinada de um
ativo por um preço previamente ajustado, a ocorrer num prazo futuro.
Estes compromissos são assentes
diariamente de acordo com as expectativas do mercado e ao preço futuro do bem,
por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e ganhos).
Os contratos futuros são
negociados somente nos mercados bolsistas.
De
opção são
acordos que dão a compradores ou vendedores o direito - mas não a obrigação -
de comprar ou vender o ativo relacionado, num data futura (data do vencimento
da opção), por um preço previamente estabelecido (o preço de exercício da
opção).
Tal como num contrato de seguro, o
comprador deve pagar um prêmio ao vendedor. O detentor de uma opção de compra (call
option) ou de venda (put option) não é obrigado a exercer o seu
direito de compra ou venda. Opções do tipo americano podem ser exercidas a
qualquer momento, até a data de vencimento, enquanto as opções do tipo europeu
só podem ser exercidas na data de vencimento do contrato. Caso não exerça seu
direito, o comprador perde também o valor do prêmio pago ao vendedor.
Quem é quem neste negócio
O JP Morgan é uma das empresas
responsáveis pela criação dos derivativos de crédito. É a maior especialista a
negociar estes produtos.
O banco de investimento associado a
esta empresa é um dos maiores negociadores destes produtos nos mercados
nova-iorquinos.
A JP Morgan Chase & Co., de Nova
Iorque, é uma sociedade
gestora de participações (associada sob a lei de Delaware de 1968) líder mundial em serviços
financeiros e uma das maiores instituições bancárias.
A JP Morgan possui ativos superiores
a 1,2 triliões de dólares norte-americanos, consequência de margens de lucro
obtidas a partir dos investimentos dos acionistas e em contratos especulativos.
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