6.6.13

Odivelas: Exige-se contenção.



Vivemos tempos difíceis, muitas pessoas e famílias atravessam momentos de grande dificuldade e ansiedade, importa perceber isso. Nesse sentido, quanto a mim, impõe-se que haja por parte da classe política uma maior contenção de custos, combate ao despesismo e ao desperdício, assim como exemplos visíveis disso mesmo.
Vem isto a propósito das eleições autárquicas. A campanha está a começar, o frenesim está a intensificar-se, os primeiros cartazes e outros suportes de propaganda começam a aparecer. Também as promessas virão umas a seguir às outras, entre elas, certamente aparecerá – “terá que haver moralização e rigor na gestão do município”.

Por isso, a reflexão que trago esta semana passa por questionar se fará algum sentido gastar rios de dinheiro em cartazes quando há tanta gente a passar mal? Se será que faz sentido imprimir milhares de folhetos a cores e com várias páginas, os quais custam muito dinheiro, que a maior parte das pessoas nem os lê e que acabam quase todos no caixote do lixo mais próximo? Se será que as pessoas entendem e compreendem que se gastem estas fortunas em campanhas? Se será que o exemplo não deverá começar por aqui? Se será que fazer uma campanha poupada e ponderada não será também uma boa forma de credibilizar a política e a classe política?

Sabendo que a campanha para as Autárquicas vai custar 48 Milhões de Euros ao Estado Português, subscrevi há muito tempo a “Petição cortar 50% o valor da subvenção pública para as eleições autárquicas de 2013”. Esta Petição já foi subscrita (só via net) por mais de 5.000 pessoas. Não sei o que daqui vai resultar, mas estou convicto que todos os que estamos na política temos que dar exemplos claros sobre esta matéria.

É minha convicção que não basta falar e este, tal como a contenção de custos nas campanhas eleitorais, são sinais importantes que devem ser dados. 

Estarei errado?

In: Pode Haver Luz (31) - Diário de Odivelas

1 comentário:

LaC.R disse...

Estaremos cá para ver se o CDS não usará cartazes, nem panfletos, nem brindes na campanha. Pode crer que estaremos.