Fiquei
surpreendido com a reviravolta da Zona J, em Chelas. Demoliram-se alguns
imóveis que prejudicavam o bairro e arrumou-se o espaço público. Também os
edifícios mais recentes, nas franjas da Zona J, são de uma excelente aparência
arquitetónica e com acabamentos cuidados. Na noite de sexta-feira, todos os que
foram assistir à procissão organizada por franciscanos em véspera de uma
peregrinação a Fátima foram bem recebidos. Decididamente Chelas quer mostrar-se
renovada: Quase não há artefactos nas fachadas dos edifícios. Voltam à
originalidade e começam a mostrar-se cuidados.
Em
contrapartida fui surpreendido pela negativa na Ribeirada, no prédio onde habito
que devagar, devagarinho vira a uma espécie de gaiola de bairro social sem
regras. Há cerca de 5 anos 2 vizinhos colocaram estores exteriores nas janelas
da cozinha, a primeira foi uma actual candidata à presidência da Câmara
Municipal, então trabalhadora da autarquia. Agora, mais um condómino decide
colocar um roupeiro de plástico na varanda a juntar aos estendais aplicados de
qualquer maneira, tudo sem qualquer sentido estético. Aliás, esta é uma prática
que se começa a espalhar também no emblemático bairro das Colinas do Cruzeiro.
Percebemos
que existem um conjunto de portugueses, maioritariamente jovens, que se estão
completamente nas tintas para o trabalho dos arquitectos e também para os
demais condóminos, violando regras estabelecidas e ignorando o senso
comunitário.
Caso para
dizer que a degradação urbana não se confina aos bairros sociais. Nos mais
chiques há quem mostre que se encaixava bem melhor em bairros de lata.
A juntar aos estendais da roupa, agora surgem armários nas varandas |
Colocam-se estores com caixa por fora das janelas |
1 comentário:
Já vale tudo para criticar... Havendo tantas e variadas situações, nomeadamente o tradicional "fechar a marquise", o que abunda em toda a cidade, tinham de ir buscar um caso de uma candidata à Câmara. O desespero do CDS_PP dá pena. O partido merecia militantes melhores.
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