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MIL UTENTES DA CIDADE DE ODIVELAS VÃO SERVIR-SE DESTE EQUIPAMENTO E PARA LÁ CHEGAREM PRECISAM GASTAR 4,40 EUROS
É sempre muito positivo usufruir de instalações públicas novas no domínio da saúde. Em momento de dificuldades financeiras é de aplaudir qualquer esforço de investimento neste sector. De manhã, abrem as portas da nova Unidade de Saúde Familiar da freguesia da Ramada, em Odivelas.
Mas, como também se tornou habitual, raramente se abrem infraestruturas com as obras concluídas. No novo centro de saúde da Ramada faltam terminar alguns acabamentos exteriores:
A escadaria de acesso para quem se desloca das urbanizações do Chapim ou da Ribeirada;
A vedação do pátio superior que se encontra a mais de 3 metros de altura e está assinalada numa opção perigosa, por via de uma rede de rafia presa numa estrutura de varas de ferro;
Mantém-se as protecções de gradeamento a circundar o espaço, mesmo as acessibilidades ao parqueamento automóvel.
De
qualquer modo, o mais preocupante é que esta unidade de saúde vai extrapolar a
sua acção de intervenção: receberá os mais de 12 mil inscritos da freguesia,
mas também mais outros 62.000 utentes do velhinho centro de saúde de Odivelas,
na rua dos Bombeiros Voluntários, e da sua extensão do Bairro Olaio.
Portanto,
estas novas instalações vão ter de servir quase 75 mil utentes, ou seja começam
a operar já lotadas. Não menos preocupante é como se irá organizar o transporte
público a partir da baixa da cidade de Odivelas, atendendo à idade avançada da
maioria dos seus habitantes e às pensões extremamente baixas para sujeitar
estes utentes ao pagamento de 4,40 euros por cada vez que se tenham de deslocar
à Ramada. É que o preço do bilhete único na zona da coroa 1, em Odivelas é de
2,20 euros.
Importa
assim, intervir junto da administração central por força a pressionar a
construção da unidade de Odivelas cujo processo começou em 2005 e foi sucessivamente
prometido pelos autarcas socialistas.
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