Esta verdade incomensurável pode perfeitamente aplicar-se a outra trafulhice, o subsídio de reinserção social que contribui para a delapidação de dinheiros públicos e sem que concretize resultados positivos a curto e médio prazo.
Não é justo afirmar que ninguém precisa dele.
Mas é claro que muitos que o recebem podem muito bem propor-se a vários trabalhos, mas optam pela forma mais confortável e nem sequer o escondem.
Também os milhões de euros dispensados a este subsídio serviam certamente a investimentos geradores de emprego.
Poderiam também proporcionar a troca por trabalhos comunitários alguns de vital importância.
O que não é possível interiorizar é como é que quatro beneficiários levantam perto dos 5 mil euros.
Só um destes favorecidos recebeu à volta de 1.700 euros e colocou sobre o balcão dos CTT, a chave de um BMW e um iPod a brilhar de novo.
Obviamente que todos têm direito às coisas boas da vida, mas quando subsistem à custa do Estado devem ser fiscalizados e justificar eventuais sinais exteriores de riqueza.
Mas mais problemático é quando alguns destes indivíduos comparam as suas condições com a dos funcionários que lhes pagam, deixando transparecer que estes estão errados por prestarem trabalho durante 8 horas!
Oxalá consigam colocar termo a estas injustiças e perceber que há milhares que são prejudicados por estas intrujices, mesmo alguns membros das próprias famílias destes trafulhas que consomem estes benefícios em coisas superfulas.
José Maria Pignatelli