▪ Será que temos vergonha dos nossos pobres?
As organizações humanitárias ajudam quem podem de acordo com critérios próprios, muitas vezes discutíveis, mesmo quando resultam de acções públicas e amplamente publicitadas.
De qualquer forma, o destino das ajudas nem sempre é conhecido, salvo raríssimas excepções… Quem passa pelos cenários de pobreza que aguardam por ajuda todos os dias, percebe que o chega ao destino é uma pequena parte dos donativos. Muitas das organizações contraem obrigações dispendiosas, com salários, meios, instalações e mesmo algumas mordomias. Os donativos recebidos não acompanham as receitas.
Esta é uma questão apenas é referenciada entre jornalistas e alguns voluntários que passam pelo terreno da miséria.
Quem dá fica de consciência tranquila – não interroga e muito menos procura certezas quanto ao destino do que ofertou, ou mesmo das organizações a quem deu.
A Caritas Portuguesa vai distribuir uma importância significativa para a construção de umas dezenas de casas no Sri Lanka (Sudoeste asiático) para realojar famílias vítimas do tsunami.
Gesto meritório da organização.
O planeta está cada vez mais globalizado e a ajuda humanitária também.
Têm de ser os mais ricos a ajudar os mais pobres estejam eles onde estiverem.
Mas não haverá entre os milhões de bilionários asiáticos quem possa ajudar a Caritas neste propósito?
As organizações humanitárias ajudam quem podem de acordo com critérios próprios, muitas vezes discutíveis, mesmo quando resultam de acções públicas e amplamente publicitadas.
De qualquer forma, o destino das ajudas nem sempre é conhecido, salvo raríssimas excepções… Quem passa pelos cenários de pobreza que aguardam por ajuda todos os dias, percebe que o chega ao destino é uma pequena parte dos donativos. Muitas das organizações contraem obrigações dispendiosas, com salários, meios, instalações e mesmo algumas mordomias. Os donativos recebidos não acompanham as receitas.
Esta é uma questão apenas é referenciada entre jornalistas e alguns voluntários que passam pelo terreno da miséria.
Quem dá fica de consciência tranquila – não interroga e muito menos procura certezas quanto ao destino do que ofertou, ou mesmo das organizações a quem deu.
A Caritas Portuguesa vai distribuir uma importância significativa para a construção de umas dezenas de casas no Sri Lanka (Sudoeste asiático) para realojar famílias vítimas do tsunami.
Gesto meritório da organização.
O planeta está cada vez mais globalizado e a ajuda humanitária também.
Têm de ser os mais ricos a ajudar os mais pobres estejam eles onde estiverem.
Mas não haverá entre os milhões de bilionários asiáticos quem possa ajudar a Caritas neste propósito?
Convenhamos que devemos saber:
Os doadores desses montantes são portugueses?
Os donatários fizeram-no para essa finalidade?
Foi publicitado algum peditório ou acção específicas junto de habituais instituições doadoras?
Entre nós com 2 milhões de pessoas a viver no limiar da pobreza, não haverá umas dezenas de famílias a precisarem de auxílio?
Esta instituição é auditada convenientemente?
Permitam-me entender o gesto como controverso e resultante do nosso eterno defeito em sermos mais papas que o Papa…
Ignoramos permanentemente a pobreza que temos cá dentro a conviver diariamente connosco.
Talvez por vergonha.
Mas não deixa de ser uma fatalidade!
José Maria Pignatelli
Os doadores desses montantes são portugueses?
Os donatários fizeram-no para essa finalidade?
Foi publicitado algum peditório ou acção específicas junto de habituais instituições doadoras?
Entre nós com 2 milhões de pessoas a viver no limiar da pobreza, não haverá umas dezenas de famílias a precisarem de auxílio?
Esta instituição é auditada convenientemente?
Permitam-me entender o gesto como controverso e resultante do nosso eterno defeito em sermos mais papas que o Papa…
Ignoramos permanentemente a pobreza que temos cá dentro a conviver diariamente connosco.
Talvez por vergonha.
Mas não deixa de ser uma fatalidade!
José Maria Pignatelli
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