Um triunfo fantástico, dois empates e uma derrota, esta última num jogo a eliminar contra a selecção da vizinha Espanha.
Os portugueses já não têm com que se distrair tanto.
Portugal está fora da Taça do Mundo aos curtos oitavos de final.
Sobram os primos brasileiros a eterna alternativa à nossa equipa.
Para trás ficam a falta de ambição, critérios discutíveis da equipa técnica e histórias mal contadas como a obstinada convocatória de Pepe, o regresso prematuro a Portugal de Nani, a lesão de Deco e o desaguisado entre Simão e Ronaldo.
Também não se justifica a indelicadeza dos jogadores para com os quase 30 mil portugueses que assistiram ao desafio com os espanhóis – foram incapazes de agradecer o apoio incondicional que tiveram de princípio ao fim. Não discerniram que na Cidade do Cabo estiveram compatriotas que voaram milhares de quilómetros.
Falta de humildade e saloiice do costume. Uma selecção comandada por estrelas onde todos querem estar mas ninguém quer jogar, salvo raríssimas excepções. Eduardo, Ricardo Carvalho, Ricardo Costa e Fábio Coentrão foram porventura os melhores, os mais lutadores, os que assinaram exibições de vulto e os que entusiasmaram meio mundo.
A nossa selecção não merecia mais. Dançou ao ritmo dos espanhóis. Foi sempre pouco ou mesmo nada ambiciosa. A derrota foi justa.
Mais uma vez a selecção é tema de debate. Continuamos sem saber até que ponto algum dia se investirá numa equipa com prazo verdadeiramente representante do País, onde os convocados tenham orgulho disso mesmo.
José Maria Pignatelli
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