As Olimpíadas são fascinantes por revelarem personalidades verdadeiramente extraordinárias, cheias de talento, empenho, sentido de conquista e, em alguns casos um patriotismo exclusivo. Nas Olimpíadas de Londres já houve quem se notabilizasse por isso mesmo, ainda mais quando subsistiram algumas dúvidas sobre o desempenho destes atletas meses antes.
Para já, o mundo do desporto deverá eleger três atletas que competem em modalidades individuais e conseguiram desempenhos ímpares: os norte-americanos Michael Phelps e Serena Williams e o jamaicano Usain Bolt.
Phelps, 22 medalhas e 32 recordes do mundo
O nadador Michael Phelps tornou-se o supercampeão dos Jogos de Londres: juntou quatro medalhas de ouro a duas de prata. Com esta proeza, Phelps - já com 27 anos e cuja participação chegou a estar em dúvida – tornou-se no atleta mais medalhado (22 galardões) na história das Olimpíadas, ultrapassando a ginasta russa Larisa Latynina que detinha o recorde com 18 medalhas.
A recordar ainda que o nadador já tinha conquistado oito medalhas de ouro nos Jogos de Pequim em 2008, tende então superado as 7 medalhas de ouro conseguidas pelo também norte-americano Mark Sptiz, em Munique 72’ e outros tantos recordes mundiais. Phelps revelou-se sempre um quebra-cabeças para os seus adversários: bastava atirar-se para a água que levava longo avanço de meio corpo. As suas características invulgares permitiram-lhe bater 32 recordes mundias na sua carreira.
Serena Williams, um ‘Ás’ vertiginoso, a 200 km/h
Serena Williams foi a Londres passear talento e uma capacidade física inigualável. Arrasou todas as adversárias e, na final individual, ‘esmagou’ a russa Maria Sharapova, por 2-0, numa partida que durou apenas uma hora, com os estrondosos parciais 6-0 e 6-1. A tenista russa, que perdeu a possibilidade de subir à liderança do ranking mundial, foi humilhada: sofreu 10 ases, ou seja não conseguiu parar 10 serviços da norte-americana que lhes imprime uma velocidade entre os 180 e os 200 quilómetros por hora.
Nestas Olimpíadas Serena Williams foi demasiado forte: tornou-se a primeira tenista, entre as mulheres, a alcançar o Golden Slam individual e em duplas. Poucas horas depois do triunfo sobre Sharapova, a americana voltou a conquistar o ouro em pares, ao lado da sua irmã Venus Williams. Aliás, é a terceira vez que acontece: primeiro, em Sidney 2000 (precisamente nos Jogos onde Venus Williams triunfou em singulares) e depois nos Jogos de Pequim, em 2008.
Assim, as duas irmãs tornaram-se as primeiras tenistas na história, entre homens e mulheres, a ganhar quatro medalhas de ouro em quatro Jogos Olímpicos.
Estas vitórias de Serena Williams - que assim triunfa em todas as competições do Grand Slam – sucedem depois de uma lesão no ombro que obrigou a uma cirurgia e a quase dois anos de recuperação: a norte-americana esteve parada um ano, caiu para baixo do centésimo lugar no ranking e já recuperou até à 4ª posição.
Jamaicano Bolt já tem 4 medalhas de ouro
Usain Bolt voltou a calar uma multidão dentro de um estádio Olímpico. Repetiu a proeza de Pequim: 100 metros em 9,63 segundos, e mais uma medalha de ouro.
O jamaicano tornou-se bicampeão olímpico dos 100 metros e junta já 4 medalhas de ouro em Olimpíadas: em Pequim, acrescentou a medalha nos 200 metros e na estafeta de 4x100. Bolt também já foi campeão mundial nas 3 provas, em 2009, e repetiu o feito nos 100 e 200 metros no Mundial do ano passado.
O velocista tornou-se conhecido em 2007 quando conquistou as medalhas de prata no ‘Mundial’ de Osaka e também por uma forma peculiar de correr os 100 metros que ainda hoje mantém: cumprir o percurso numa espécie de 2 tempos, sendo que os derradeiros 50 metros são avassaladores, deixando a concorrência para trás sem qualquer possibilidade de recuperação.
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