OdivelasViva custa pelo menos 408 mil euros trimestrais à Câmara de Odivelas. E ainda falta conhecer se esta verba inclui os montantes relativos à quota que o Município detém naquela empresa para pagar a prestação mensal do empréstimo de 22,5 milhões de euros contraídos para a construção do pavilhão Multiusos e a escola dos Apréstimos na freguesia da Ramada.
O Vereador Paulo Aido voltou a questionar a Presidente da Câmara Municipal de Odivelas sobre as despesas da autarquia com a empresa publico-privada OdivelasViva, precisando: “Se os 408.212 euros pagos trimestralmente são os únicos encargos resultantes da posição accionista do Município na empresa. E se este valor que traduz 1,6 milhões de euros anuais, inclui o pagamento da percentagem devida à Câmara relativamente aos encargos decorrentes do empréstimo de 22,6 milhões de euros, a vigorar pelo prazo de 24 anos”.
Na reunião do Executivo da Câmara, realizada ontem, o autarca perguntou ainda pelo número de anos a que haverá lugar ao pagamento das prestações trimestrais e pela previsão do valor destas quotas a pagar até ao final de 2013, relembrando que importa conhecer a relação das receitas e das despesas decorrentes da actividade do pavilhão Multiusos e da Escola dos Apréstimos.
“Também pretendo conhecer – adiantou Paulo Aido – a relação de outros encargos directos, além da prestação trimestral, para a Câmara Municipal de Odivelas inerentes ao funcionamento dos dois equipamentos construídos pela OdivelasViva que tenham sido feitos ou que se prevejam realizar”.
Testemunhas de Jeová pagam mais que Xutos & Pontapés
O Vereador Independente voltou a manifestar-se contra a gestão avulsa do pavilhão Multiusos porque “não encerra nenhuma regra e isso, agora, fica mais uma vez demonstrado com a cedência do equipamento às Testemunhas de Jeová que terão de pagar 3.500 euros para a sua reunião que durará dois dias, enquanto que para o concerto dos Xutos & Pontapés o pavilhão foi cedido por 2.600 euros”.
Paulo Aido explicou: ”As Testemunhas de Jeová são uma instituição sem fins lucrativos que desenvolvem uma importante actividade de apoio social e pagam mais que os promotores de um concerto que teve receita de bilheteira, certamente, acima dos 120 mil euros e dispuseram das instalações por 4 dias. Este é um critério naturalmente injusto, tanto mais que, se é certo que os Xutos & Pontapés são mediáticos, também não será menos verdade que este encontro religioso será notícia em todos os Órgão de Comunicação Social”.
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