O governo está moribundo. A coligação está condenada.
Paulo Portas mostrou inteligência e, apesar do seu discurso a repor a verdade dos factos pouco lisonjeiros para o primeiro-ministro Passos Coelho, é crível que os sociais-democratas não resistam à tentação de atirar a toalha ao chão. É de uma enorme inabilidade o anúncio de reuniões de emergência da Comissão Política Nacional e da Comissão Permanente do PSD, apenas para analisar as declarações do Presidente do CDS.
Nem as tentativas estereotipadas de Marcelo Rebelo de Sousa, no seu comentário semanal na TVI, terão o condão de influenciar positivamente os intervenientes da coligação governamental, principalmente o autismo de Pedro Passos Coelho que se revela incapaz de negociar o que quer que seja e com qualquer um dos parceiros nacionais ou internacionais.
Também dificilmente o Conselho de Estado chegará a uma unanimidade, aí sobretudo face à dimensão da contestação das novas medidas de austeridade anunciadas pelo Primeiro-Ministro e corroboradas pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que é transversal, às confederações patronais e aos sindicatos, sem excepção.
José Maria Pignatelli
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