18.9.12

TSU – O meu contributo (1)


A Ideia:
O mundo, a economia e a sociedade mundial tem sofrido desde há cerca de 150 anos a esta parte uma transformação gigantesca. Começou com a revolução industrial e mais recentemente e talvez com maior impacto, ou pelo menos sentimo-lo mais porque o estamos a viver o momento, com a revolução tecnológica.

Veja-se que ao longo de todo este tempo o trabalho humano foi sendo substituído pela máquina, a qual actualmente teve uma enorme evolução com a introdução da tecnologia e com a sua ligação à comunicação.

O resultado disto é que ao longo dos anos foram-se eliminando postos e postos de trabalho, os quais nunca mais serão substituídos por outras actividades e que está a provocar enormes ondas de desemprego por todo o mundo ocidental, o que só não é mais visível porque a população destes países tem vindo a diminuir e a envelhecer (de notar que a média de filhos por mulher na união europeia é de 1,5 e que o necessário para ter uma taxa positiva é 2,1).

Para evidenciar o raciocínio, vou colocar aqui só três questões:

1 – Com actual pagamento por sistema electrónico das auto-estradas (vulgarmente conhecido por Via Verde) e com a introdução de máquinas (tipo vending) junto às tradicionais portagens, deixou de fazer sentido a existência de portageiros (mais tarde ou mais cedo irá acontecer). Nesse sentido pergunto, onde irá trabalhar toda essa gente, haverá alguma actividade que irá absorver todos esses postos de trabalho?

2 – Há uns anos uma das profissões que mais postos de trabalho ocupava era a de secretária. Com a introdução dos computadores e de novas formas de comunicação, primeiro fax e depois email, toda esta profissão/função foi quase liquidada, pelo que questiono: será que foi criada outra profissão que substitua esta?

3 – Caixas Multibanco, quantos postos de trabalho aniquilaram? Lembro-me que há uns anos os bancos tinham a necessidade de ter, não só mais balcões, como também mais funcionários por cada balcão.

Lancei esta reflexão porque, entre outras questões, considero que esta evolução está a contribuir para os enormes problemas que estão a ser colocados a todo o estado social e a toda a sociedade e porque vem a propósito da questão que levantou toda agitação que estamos a viver relacionada com a TSU. Acresce a isto que tenho por princípio que devemos contestar com o que não concordamos, mas temos igualmente que tentar colaborar no sentido de encontrar soluções.

Foi neste sentido, pese o facto de não ter apresentado formalmente, mas sim a quem entendi que poderia equacionar esta solução, que propus que se estudasse a viabilidade e como é que poderia ser feito para as máquinas, sobretudo as que substituem postos de trabalho, passem a contribuir para a Segurança Social.

Acresce que em conversa com o meu amigo e Deputado Artur Rêgo fiquei a saber algo que desconhecia, que na Áustria já faz se algo deste género, pelo que a ideia que poderia de certa forma ser considerada disparatada, afinal pode merecer, no mínimo, o benefício da dúvida e por conseguinte ser estudada.

A partir deste momento (nos próximos dias) vou reflectir mais pormenorizadamente sobre esta questão e lançar mais elementos, no blogue “Um Rumo”, para reflexão e como é óbvio, se alguém entender dar contributos, … todos serão bem recebidos.



Nota 1 : Esta ideia nasceu de uma conversa tida com os meus amigos José Luís Costa e António Barata.

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