Pedro Santana Lopes ex-primeiro ministro recorda Outubro de 2004, altura em que recebeu a visita do chanceler Schroeder e compara o mediatismo entre essa visita e a de Angela Merkel. Observa como é possível passar do 8 para 80. E em boa verdade aconteceu a todos os níveis, mesmo com o extremo de se fechar o espaço aéreo.
Naturalmente, que esta diferença se fica a dever à conjuntura socioeconómica e ao facto de, agora, estarmos de ‘mão estendida’ que nem pobres despojados de quase tudo, menos do Sol que ainda hoje brilha intensamente.
Santana Lopes tem razão. Mas não percebeu que ainda somos muito “assaloiados” nestas andanças. Obviamente que, para Pedro Passos Coelho, Angela Merkel é mais importante que o Papa, nesta particular momento. De momento, o dinheiro é mais importante que as questões espirituais...
Se colocarmos a mãozinha nas nossas consciências que resposta daremos à pergunta: Afinal, o que veio cá fazer a Sra. Merkel?
«Há oito anos, recebi, em visita oficial, o Chanceler Alemão, Gerard Schroeder. Em Outubro de 2004. O almoço não foi em Oeiras, foi no Palácio Nacional de Sintra. Também fomos a um encontro de empresários, na altura, na Câmara de Comércio Luso - Alemã. E recordo - me de ter estranhado o fato de a visita ter tido muito pouca cobertura da Comunicação Social.
Desta vez, foi o contrário. Obviamente, as circunstâncias são muito diferentes. Mas, se naquela altura parecia que tinha vindo a Portugal um Subsecretário de Estado, agora foi o contrário: com a devida vénia, parecia a visita do Papa.
Em Portugal, nestas matérias, não há mesmo meio-termo. Já sei que vão dizer que são ciúmes... Digam, que acho graça. Tenho pena de que não sejamos capazes de dar a devida medida a cada acontecimento. Principalmente, quando está envolvida a componente externa.»
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