Coloco aqui o texto que foi publicado hoje no Nova Odivelas, na coluna "Pode Haver Luz"
Em Merkel uma luz?
Ao longo dos 24 textos que já escrevi para esta coluna tenho tentado dar sinais positivos e de esperança, o que no ambiente em que estamos inseridos e no meio das dificuldades com que todos nos deparamos, por vez não é fácil.
Em Merkel uma luz?
Ao longo dos 24 textos que já escrevi para esta coluna tenho tentado dar sinais positivos e de esperança, o que no ambiente em que estamos inseridos e no meio das dificuldades com que todos nos deparamos, por vez não é fácil.
Faço-o, porque efetivamente ao contrário de que às vezes nos querem fazer ver, nem tudo é mau, nem tão pouco tudo está perdido. Acredito seriamente que neste mundo, para além de haver muitas coisas boas, há muitas oportunidades e que depende cada um de nós a construção de um mundo melhor.
É nesse sentido, mesmo em condições adversas, que tento, com a serenidade possível, encontrar sinais que se possam tornar numa oportunidade e foi com esse espírito que acompanhei com alguma atenção a visita de Merkel a Portugal.
Como todos temos conhecimento, podendo esse facto ser do nosso agrado ou desagrado, a Alemanha é hoje o País mais poderoso da Europa, é quem domina a economia europeia e por isso mesmo é quem no nosso continente mais pode influenciar Portugal e a nossa qualidade de vida. Acresce a este facto a questão da situação financeira, económica e social em que nos encontramos.
Nestas circunstâncias, a visita da Chefe de Estado da Alemanha revestia-se de uma importância suplementar.
Acresce, o facto de a Alemanha ter uma enorme influencia e responsabilidade no tão falado Memorando e com isso ter que vir também a assumir responsabilidades no seu sucesso ou insucesso. E sabendo nós que o caso da Grécia está a correr mal, o que para Merkel e para a Alemanha é grave e muito negativo, e que o caso de Portugal, aos olhos europeus, está a correr relativamente bem, era importante ver que sinais sairiam desta visita.
Foi nesta perspectiva que olhei para esta visita e retive, evidentemente sabendo que nem tudo depende de nós e da Alemanha, como são por exemplo as questões relacionadas com Espanha, Itália e França, que ficou claro que temos aberta uma janela de oportunidade e que essa janela passa precisamente pela necessidade da Alemanha ter em Portugal um caso de sucesso. Essa questão poderá ser por ventura quase tão importante para eles, como para nós.
Agora temos que ser pragmáticos e continuar a fazer o nosso trabalho, o qual, para além de tudo, passa por saber aproveitar com inteligência este ponto.
Será que vi mal?
2 comentários:
O pior cego é o que não quer ver!
O pior cego é o que não quer ver (nem deixar publicar)!
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