Faltam ainda medidas de controlo da distribuição de produtos comunitários e às cobranças de honorários de advogados, médicos e outros profissionais liberais...
«Incentivo à exigência de factura» é o título de uma mensagem de correio electrónico da Autoridade Tributária que os contribuintes portugueses recebem hoje.
A mensagem recorda que a partir do primeiro dia do próximo ano, será obrigatória a emissão de factura para todas as vendas de bens e serviços e recomenda que todos os portugueses o exijam a bem da economia nacional.
Ora muito bem: Já não era sem tempo tomar esta medida, sobretudo para evitar a economia paralela e consequentemente termos agentes económicos mais favorecidos que outros.

Mas a fuga aos impostos não se fica apenas nos sectores do grande consumo: advogados que cobram mais de 5 mil euros de adiantamento de honorários e nem sequer se dignam a emitir recibo. Conheço, pelo menos uma jurista que o pratica, sobretudo a troco de hipotéticas amizades. Mais: pede o dinheiro quase sempre em numerário e ainda tem a distinta lata de utilizar a figura da injunção, para reclamar honorários que, em parte já foram recebidos.
A missiva da Autoridade Tributária, assinada pelo director-geral José António de Azevedo Pereira é meritória, mas peca por lacunas sobre alguns procedimentos, bem como explicar a regra das facturas como, por exemplo, a restauração só é obrigada a fazê-lo a partir dos 10 euros e que, até este montante, os chamados talões de caixa justificam as despesas.
Passo a transcrever o texto da mensagem da Autoridade Tributária:
«A partir de 1 de janeiro de 2013 será obrigatória a emissão de fatura por todas as vendas de bens e serviços mesmo quando os particulares não a exijam.
Quando é emitida fatura, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) garante o controlo e a cobrança do IVA correspondente. Se a fatura não for emitida esse controlo é impossível.
Se todos exigirmos fatura em todas as aquisições que efetuamos conseguiremos:
• Aumentar a riqueza conhecida que Portugal produz (PIB);
• Aumentar as receitas fiscais, sem pagarmos mais impostos;
• Aumentar a equidade e justiça entre todos os contribuintes portugueses;
• Diminuir o défice orçamental e criar condições para uma redução futura da carga fiscal;
• Criar melhores condições para que o nosso país possa ultrapassar com rapidez a fase difícil em que se encontra.
Quando não exigimos fatura contribuímos para:
• Aumentar a evasão fiscal e enriquecer ilicitamente aqueles que não pagam impostos;
• Diminuir a receita fiscal, que é uma riqueza de todos os portugueses;
• Prejudicar com mais impostos os contribuintes cumpridores.
O seu papel é decisivo. Exigir fatura não tem custos. É um direito e um dever de todos. E todos ganhamos. Portugal e cada um de nós.
Em breve receberá mais informação acerca dos benefícios fiscais (até 250 euros) que serão proporcionados a quem exige fatura.»
Com os melhores cumprimentos.O Diretor-Geral,
José António de Azevedo Pereira
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