16.2.11

Auto-estima e sexo

O novo artigo do psicólogo clínico Mauro Paulino fala da auto-estima e do sexo. Mais um contributo numa área cada vez mais exigente em virtude da multiplicidade das questões em torno da psicologia e da sua crescente importância na sociedade.
À Luz da Psicologia
Muito se ouve falar em auto-estima e sexo, porém a falha é que nos esquecemos de relacionar cada uma destas noções para aumentar o nosso bem-estar.
De uma forma muito simples, a auto-estima é o grau em que cada pessoa se aprecia a si própria. E se esta apreciação for negativa irá retirar menos prazer (ou até mesmo desprazer) dos contactos sexuais realizados. Sentir-se pouco atraente, stressado(a), inseguro(a) e ansioso(a) contribui para uma baixa auto-estima.
É importante que pense sobre as imagens e as palavras que lhe surgem quando está a fazer sexo, pois estas afectam os níveis de prazer. Desde o primeiro beijo no infantário até à primeira vez que fez amor, a sua iniciação no mundo do sexo tem influência sobre todo o seu futuro sexual – transportamos memórias connosco!
Mas mais do que pensar é preciso agir para atingir a felicidade. E a auto-estima e a felicidade são influenciadas pela auto-aceitação. Dizer palavras bonitas e encorajadoras sobre o seu parceiro e sobre si direcciona-o(a) para a realização.
As educações deturpadas sobre a sexualidade, bem como as experiências negativas não nos impedem de ter relações sexuais na actualidade, mas podem condicionar fortemente o prazer retirado de cada toque. Explorar a nossa sexualidade é indispensável para a podermos viver.
Entregar-se de corpo e mente é essencial para o desfrutar de uma vida sexual saudável. A sua mente e saúde emocional estão directamente ligadas à sua libido. O sexo, tal como os sentimentos, são uma expressão do nosso corpo; são partes da mesma entidade – a Pessoa que cada um de nós é!
É fundamental os casais ultrapassarem as barreiras comunicacionais e exporem os seus medos, assim como, os seus desejos e fantasias. O sexo funciona como o termómetro da relação. A intimidade que o sexo proporciona ao casal é como o agrafo que junta dois papéis, de modo a que não se percam um no outro.
Todos nós precisamos de uma relação, pois ninguém é feliz sozinho. E nessa relação precisamos de admirar e sentir desejo pelo outro, mas também precisamos de sentir que o outro nos admira e deseja com a mesma intensidade.
Não se limite, não se agarre às desculpas convencionais que circulam pelos corredores. Pelo contrário, crie o seu espaço e caminho para o prazer – exceda-se a si mesmo(a).

Mauro Paulino - Psicólogo Clínico
www.mauropaulino.com

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