À luz da psicologia
Todos nós nascemos com características primitivas como resultado de uma herança de milhões de anos de evolução filogenética. Partilhamos com muitas espécies, uma percentagem enorme de genes, e portanto, várias das coisas que observamos em muitas espécies estão também em nós. Nascemos assim com um programa biológico, mas depois à medida que os anos vão passando vamo-nos desenvolvendo e relacionando com outros humanos com os quais interagimos, vamos lidando com os dados da cultura transmitidos, por exemplo, através de fábulas que vamos ouvindo, histórias que vamos sabendo sobre a vida dos outros e tudo isso vai transformando o nosso cérebro.
E são comportamentos como conversar com os outros, saber dos eventos da vida, do mundo, seja através de uma conversa ou da leitura de um livro, que vão permitir que a estrutura cerebral se transforme até que um dia, quando o cérebro já está suficientemente estruturado, nós tenhamos a capacidade de amar.
Amar é talvez o produto psicológico mais complexo, mais tardio, mais evoluído do desenvolvimento cerebral humano. O amor é uma aprendizagem e construção pois não nascemos ensinados a amar, apenas nascemos a precisar de amor. E quando este estágio é atingido vinculamo-nos a uma só pessoa. Razão pela qual se diz que quem ama não trai.
Desta forma, ficará mais fácil não se usar de uma forma tão leviana a palavra amor evitando confusões entre o que é estar atraído e a beleza de amar. Amar é quando partilhamos vidas e corpos, quando estamos felizes com alguém. Amar é o sentimento que resulta dessa partilha, não é o desejo.
É importante ter em mente que as palavras são os focos luminosos para o nosso pensamento e por isso devemos ter cuidado com as palavras utilizadas para não nos iludirmos.
Mauro Paulino
www.mauropaulino.com
Todos nós nascemos com características primitivas como resultado de uma herança de milhões de anos de evolução filogenética. Partilhamos com muitas espécies, uma percentagem enorme de genes, e portanto, várias das coisas que observamos em muitas espécies estão também em nós. Nascemos assim com um programa biológico, mas depois à medida que os anos vão passando vamo-nos desenvolvendo e relacionando com outros humanos com os quais interagimos, vamos lidando com os dados da cultura transmitidos, por exemplo, através de fábulas que vamos ouvindo, histórias que vamos sabendo sobre a vida dos outros e tudo isso vai transformando o nosso cérebro.
E são comportamentos como conversar com os outros, saber dos eventos da vida, do mundo, seja através de uma conversa ou da leitura de um livro, que vão permitir que a estrutura cerebral se transforme até que um dia, quando o cérebro já está suficientemente estruturado, nós tenhamos a capacidade de amar.
Amar é talvez o produto psicológico mais complexo, mais tardio, mais evoluído do desenvolvimento cerebral humano. O amor é uma aprendizagem e construção pois não nascemos ensinados a amar, apenas nascemos a precisar de amor. E quando este estágio é atingido vinculamo-nos a uma só pessoa. Razão pela qual se diz que quem ama não trai.
Desta forma, ficará mais fácil não se usar de uma forma tão leviana a palavra amor evitando confusões entre o que é estar atraído e a beleza de amar. Amar é quando partilhamos vidas e corpos, quando estamos felizes com alguém. Amar é o sentimento que resulta dessa partilha, não é o desejo.
É importante ter em mente que as palavras são os focos luminosos para o nosso pensamento e por isso devemos ter cuidado com as palavras utilizadas para não nos iludirmos.
Mauro Paulino
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