Ontem, provavelmente pela coincidência do jogo que envolveu a nossa selecção, o qual por momentos teve o condão de nos entusiasmar, como se de uma anestesia ou analgésico se tivesse tratado, vi uma mensagem no FB que dizia:
“Comentário de um Sr. com alguma idade depois de acabar de assistir ao Portugal Bósnia: É pá, voltámos ao tempo do Fado, Fátima e Futebol.
Não sei que tempo é esse mas tenho uma certeza... Não quero saber!”
Pois, o meu amigo David diz que não sabe que tempo é esse e que não quer saber, por isso vou satisfazer-lhe o seu desejo, não vou dizer qual era o tempo, mas posso adiantar algo sobre o tempo actual.
Desse tempo, até aos dias de hoje o Fado continua, não só porque neste momento está a concorrer a património da humanidade e por isso ouvimo-lo várias vezes ao dia na rádio e na TV, como em sentido figurado, também o vemos permanentemente à nossa frente.
Quanto ao futebol, eu que sou do tempo em que os estádios tinham maior capacidade, era raro estar como menos de meia casa e muitas vezes enchiam (Alvalade chegou a levar 80.000 pessoas e a luz 120.000), devo dizer que nunca ninguém viu tantos jogos, nem nunca se ouviu falar tanto de futebol com o hoje. Havia só um programa desportivo por semana na TV, não havia o Jogo, o Record era tímido e a Bola saia apenas à segunda e à quinta-feira.
Quanto a Fátima, continua felizmente (minha perspectiva) e talvez mais que nunca no coração dos portugueses. Embora não sejam dias de feriado e acredito que não é preciso sê-lo para que se comemore ou evoque uma data, nunca as peregrinações do 13 de Maio e do 13 de Outubro tiveram tantas pessoas. Isto, independentemente da pouca mediatização de que hoje beneficia nos média, porque esses optaram por A substituir por folhetins diversos (novelas, big brothers e concursos de treta).
Por isso hoje podemos dizer que estamos na era do Fado, Futebol e Folhetim.
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