7.11.11

A questão do fosso!

Há muitos anos, desde que vi pela primeira vez o projecto do novo Estádio de Alvalade que sou contra o fosso e sou-o por várias razões:

1- Entendo-o como um perigo;

2- Entendo que o jogo quanto mais perto for visto, mais vivido se torna;

3- Entendo que desde que há o novo estádio o Sporting nunca ganhou um campeonato, não só por culpa própria ou dos árbitros, mas também por causa do fosso, a sua existência implica a perca de alguns pontos por época.

Nas últimas eleições a lista vencedora prometeu acabar com ele, pela dimensão da obra que isso implica tinha e continuo a ter “algumas” dúvidas, mas espero sinceramente por todas as razões que acima expus e pelo perigo que ontem ficou demonstrado, embora sem a gravidade que imaginei quando ontem no estádio me apercebi do acidente, que finalmente se ponha fim àquele buraco.

No futebol há uma coisa a reter e mais uma vez aqui os ingleses já nos abriram o caminho. Para eles todos os agentes são importantes, jogadores, treinadores, dirigentes, etc., etc., mas o mais importante de todos é o adepto, é para ele que o espectáculo é feito e é dele que vivem. É por isso que por vezes jogam de manhã (para que os fãs no oriente os possam ver), é por isso que não há fosso e inclusivamente os bancos dos suplentes estão muitas vezes quase ou mesmo dentro das bancadas, é por isso que quando há atrasos imprevistos no transporte de adeptos, como por exemplo engarrafamentos inesperados, retardam o início do jogo.

Convém não esquecer que os adeptos ingleses não são propriamente os mais pacíficos, mas que em Inglaterra tudo corre dentro da normalidade e em Espanha o Real Madrid ainda este fim-de-semana, precisamente com o objectivo de se promover nos países orientais, também começou a jogar de manhã, o que fez com que 60 milhões de chineses vissem os três golos de Ronaldo.


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