3.11.11

No dia 24, eu vou trabalhar!



Como todos nos lembramos, salvo os que sofram de amnésia ou de Alzheimer, há meia dúzia de meses, quando alarmados com a falta de dinheiro e com a falta de quem o emprestasse para pagar os ordenados, pensões e outros compromissos do estado, José Sócrates e Teixeira dos Santos, de um dia para o outro, foram a correr pedir a já tão falada ajuda externa.

Perante esta situação, porque o que se tratava era de um País (Portugal) que já não tinha crédito nos mercados, foram-nos impostas condições para que tal financiamento visse a acontecer. Condições essas, que têm que ser cumpridas, pois caso não o sejam, não só não nos chegarão mais tranches das verbas solicitada, como pior do que isso, uma vez que fica comprovada a nossa incapacidade para cumprir, fecham-se portas a novos financiamentos, os quais com toda a certeza serão necessários até para a subsistência de todos os portugueses.

Poderemos perguntar se as medidas são duras, se são justas, se são necessárias e sobretudo se haveria alternativas a estas medidas e quais?

Que são duríssimas ninguém tem dúvida. Quanto à justiça, por muito bem que ela seja, hão-de parecer sempre injustas para quem com elas sofre e sobretudo porque a grande maioria de nós gostaria de ver severamente castigados os responsáveis políticos, económico e financeiros que nos conduziram a esta situação, mas isso … , o que me parece que são transversais, todos vamos sofrer directa e indirectamente com elas. Quanto à necessidade de tomar medidas que nos façam inverter a tendência crescente do deficit e do endividamento também não tenho qualquer dúvida. Pergunta-se então se haveriam medidas alternativas para cumprir com as exigências de quem está na disposição de nos emprestar dinheiro, talvez as haja, não duvido, mas não deveriam ser muitas as diferenças.

A única hipótese que temos chama-se trabalho. Só com ele e com alguma genialidade que eu penso ser intrínseca aos portugueses a produção poderá aumentar e isso é decisivo para inverter a dificílima situação em que nos encontramos.

Por tudo isso entendo que as greves não são a solução para a resolução da situação em que nos encontramos, bem pelo contrário, só a prejudica ainda mais.

Por isso mesmo não farei greve no dia 24, nem em qualquer outro dia, se quiserem promover formas de protesto com a mesma convicção, o qual é legitimo, e sem que simultaneamente estejam a prejudicar os próprios e todo o País, há alternativas, por exemplo uma manifestação à noite ou ao fim-de-semana.

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo plenamente e eu também vou trabalhar, no dia 24 de Novembro.
Rita