Economia chinesa já é a segunda maior do mundo.
Quem procura um mercado em crescimento para investir, não pode ficar indiferente à evolução económica do gigante asiático.
Segundo os dados do segundo trimestre do ano, a China ultrapassou o Japão e ascendeu à segunda posição do ranking das maiores economias do mundo. "É uma marca da crescente importância da China na economia mundial", disse Eswar Prasad , ex-responsável pela economia chinesa no Fundo Monetário Internacional (FMI), sublinhando que "a resistência do crescimento da economia chinesa durante a recente crise permitiu que vários países, em particular, os mais dependentes das exportações de matérias-primas, beneficiassem do seu crescimento".
No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 10,3% tendo ascendido a 1,337 biliões de dólares, enquanto o PIB do Japão ficou-se pelos 1,288 biliões. Ainda assim, no conjunto dos dois trimestres, o país do sol nascente continua na segunda posição.
Segundo Jim O'Neill , o economista chefe da Goldman Sachs, a China só deverá ser a maior economia do mundo em 2027. No entanto, devido à taxa de crescimento que o país tem registado nos últimos anos, o país tem ganho posições no panorama económico mundial. Além de ter ganho, no ano passado, o estatuto de maior mercado automóvel do mundo aos Estados Unidos e de maior exportador mundial à Alemanha, o país com cerca de 1,3 mil milhões de habitantes solidificou a sua posição como o maior consumidor mundial de ferro e cobre e manteve o segundo lugar entre os maiores consumidores de petróleo.
Ao nível dos mercados acionistas, a bolsa chinesa conta já com quatro das maiores empresas cotadas do mundo - a PetroChina, o Industrial & Commercial Bank of China, a China Mobile e o China Construction Bank - e, este ano, deverá ser o maior mercado mundial de ofertas públicas iniciais, segundo as estimativas da PriceWaterHouseCoopers.
Momento complicado para quem investe com base no crescimento económico, a China é um país incontornável. No entanto, apesar de ter registado uma taxa de crescimento de 10,3% no segundo trimestre do ano, a economia chinesa está a arrefecer. Em julho, a produção industrial cresceu ao ritmo mais baixo dos últimos 11 meses, o crescimento das vendas no retalho e o crédito concedido abrandaram e a refinação de crude também devido à diminuição da procura.
Todavia, é do mercado imobiliário que surgem os maiores receios. Segundo declarações do professor de economia e ex-economista chefe do FMI, Kenneth Roggoff , o mercado imobiliário chinês está em "colapso" e deverá afetar o setor financeiro do país. Existe algum consenso entre os especialistas sobre a sobrevalorização do mercado imobiliário chinês.
Porém, sempre que os sinais de aquecimento soam, o governo chinês tem tomado as medidas necessárias para o arrefecer. Além de ter dificultado o acesso ao crédito, aumentando a taxa de juro mínima aplicada nos créditos à habitação, só este ano, as autoridades já aumentaram as reservas obrigatórias dos bancos por três vezes.
Segundo os especialistas da sociedade gestora Invesco , os preços no mercado imobiliário em 2010 poderão descer 20% face aos registados em 2009. Contudo, se a economia arrefecer as autoridades tomarão as medidas necessárias para evitar um "aterragem forçada". "O governo chinês conta com uma situação fiscal forte, mais de 2,45 triliões de reservas em moeda estrangeira, um défice orçamental inferior a 3% do PIB, e um endividamento na ordem dos 20% do PIB, o que dá muito espaço de manobra, mesmo que implique a emissão de mais dívida nacional", lê-se na publicação trimestral da sociedade gestora intitulada "Risk & Reward".
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