21.12.10

Lusofonia já não é globalizável

É verdade que o nosso maior problema é estrutural - falta de visão estratégica, de pro-actividade e de determinação na busca de verdadeiras soluções para Portugal me fazem um enorme confusão deixo aqui este testemunho.

Agora o que não acredito de todo é na globalização:

· Através da lusofonia não vejo como, porque a lingua portuguesa já lá vai com o acordo ortográfico (a nossa lingua mãe está condenada a falar-se apenas em algumas das nossas ex-colónias, hoje países independentes). É triste mas é verdade entender-se que o português é o brasileiro em algumas partes do planeta, nomeadamente no Ocidente Norte-americano, na América Latina e já mesmo no Extremo Oriente;

· Aproveitando a nossa tradição de navegadores e mesmo numa óptica de explorar apenas a nossa ZEE – Zona Econónica Exclusiva, creio que será particularmengte dificil porque para issso é necessário dinheiro, muitos milhões de euros que não temos… e uma frota e armadores que já não temos, que acabaram por falência ou foram vendidas para obtenção de resultados financeiros elevados para tapar os buracos do deficite, como o exemplo da Soponata, a Sociedade de Navios Tanques (vulgo companhia de tranmsporte de petrólios) que tantas receitas nos proporcionava, mesmo que até fosse mal gerida.

Para já apenas perspectivo uma aplicação estratégica na qualidade daquilo que poderemos retirar do território interior, até estimular as zonas fronteiriças, aproveitando algum desenvolvimento de localidades do outro lado, obviamente de Espanha.

José Maria Pignatelli

1 comentário:

Miguel X disse...

isso do português ser diferente não faz grande moça, tb. o inglês o é, tens o inglês (Reino Unido; Americano; Sul Africano, etc.).

Quanto às companhias maritimas e às verbas necessárias também temos que por os miolos a trabalhar, neste momento, tanto Angola como o Brasil têm guita e parece que Timor tb tem (lol).

Temos portos de lingua portuguesa espalhada por todos os continentes, temos pessoas que falam português espalhados por todos os paíse, temos uma identidade cultural muito mais próxima com toda ou quase toda essa gente, do que com a grande maioria dos europeus.

Para além disso temos os nossos irmãos galegos aqui mesmo em cima, falam quase português e também eles estão espalhados por alguns cantos do mundo, o Chile é o maio exemplo.

Já agora, sabes quantas linguas tem Moçambique? 50 e só se conseguem entender numa, no portugues, claro! Não é o nosso, mas é parecido.

Basta de temer, de termos medos e receios.
Podemos perder essa batalha?
Claro que sim. Mas já partimos tanta guita e com isso nda ganhámos.

O que temos a perder?

Temos que ir para o mundo e JÁ!