29.12.10

Sem JUSTIÇA não há paz

Tenho afirmado e escrito muitas vezes, que a JUSTIÇA não é um favor, mas sim um direito. É isso que a distingue da Caridade. Hoje li um texto em cujas afirmações me revejo inteiramente.
Para quem nunca leu nem ouviu o Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, poderão ser uma surpresa as suas afirmções:
"A Igreja não pode ser uma fábrica de bem-fazer, deve ser sim uma fábrica de Justiça. Claro que temos de dar de comer a quem tem fome, mas o essencial não é a caridadezinha, nem sequer a caridade. O essencial é garantir os direitos de cada cidadão. É isso que temos de exigir do Estado e é isso que também falta à Igreja."
Eu subscrevo inteiramente estas afirmações e aplaudo o uso da liberdade de expressão, que revela a liberdade de pensamento de um sacerdote que não deixou de ser um Homem.
Este bispo vem na linha de pensamento e acção de outros bispos que honram a Igreja portuguesa:
D. António Alves Martins, bispo de Viseu no século XIX e D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto no século XX.
Todo aquele que tem sob a sua responsabilidade seres humanos, é imperioso que seja, antes de tudo, justo. A caridade vem depois e não pode substituir a Justiça.

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