Portugal está a atravessar um dos momentos mais conturbados da sua história, e para que esta má sina seja ultrapassada terá que encontrar as respostas primeiro cá dentro antes de se voltar para fora, culpabilizando a Europa ou demonstrando-lhe que é capaz. A Europa não nos vai resolver problema nenhum, a não ser o de nos financiar o curto e médio prazo.
Teremos que pensar muito bem em diagnosticar com seriedade e uma profunda lucidez o que nos levou a este tão mau estado!
Somos ainda um imaturo País consumista europeu com apenas algum poder de compra de 15 ou 20 anos a esta parte e talvez por isso, não soubemos aproveitar os fundos que recebemos da CE para fazermos face à adaptação da nossa adesão e às exigências da união. Fizemos mais ou menos o que fez o Alberto João Jardim na Madeira, ergueu estradas em sítios inacessíveis e nós na década de 90 construímos também, estádios de futebol, estradas a mais e que não travaram a desertificação do interior! Mais, pagámos a agricultores para deixarem os campos e a pescadores para venderem as embarcações! Contrariamente à Espanha e à Irlanda que souberam canalizar parte dessas verbas para o sector produtivo, que por sua vez as verteu rentabilizadas para a economia. E o efeito está à vista!
Ficámos para trás, e isso paga-se caro! Tivemos governantes com pouca visão de futuro, vai-se fazendo pouco, e à boca das eleições, trabalha-se à pressa e mal! Essa postura até tem chegado para ludibriar os mais incautos. E a população portuguesa de brandos costumes, é levada na onda de meia dúzia de chico espertos que não fazem, não querem fazer, e até têm raiva que os outros façam....
Há que contrariar esta tendência e reabilitar o sector produtivo, inovando e diferenciando! Todos nós temos que acrescentar valor às nossas atitudes financeiras e economicistas, mas acima tudo teremos que reinventar este País, e talvez assim se consiga re-erguer e olhar o futuro de frente!
Para isso, teremos mesmo que fazer alguma coisa, apresentar soluções para estes problemas que nos assolam, família a famlía, concelho a concelho, por forma a encontrarmos uma saída para esta crise financeira e last but not least tentar ultrapassar igualmente o nosso problema de mentalidade saudosista que está sempre à espera de um milagre, ou que um qualquer D. Sebastião apareça para nos salvar a todos!
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