9.12.12

Afinal é possível fazer uma festa e trocar muitos sorrisos. "Um Almoço por Um Sorriso" aconteceu em Odivelas

Francisco Mendes, também ele presidente de uma associação, mostra o convite
Francisco mendes ao lado do coronel José Serra
Dueto das soprano Elisa Serralho e Cátia Santos
Rui Bandeira abriu o espectáculo
Afinal, é possível organizar um almoço em troca de sorrisos. É imaginável ser solidário e confraternizar com quase trezentas pessoas sem que alguém se sinta colocado no escaparate da caridadezinha. É fácil fazer sem recurso ao anúncio, à publicidade, à fotografia de ocasião.
Ontem, muitas pessoas especiais ajudaram à realização de um sonho: Quase esgotar a capacidade da maior sala de refeições do concelho, onde todos os dias da semana se servem mais de 300 almoços e outros tantos jantares, á maneira antiga, sobre mesas com toalha, loiça, talheres e copos de vidro, tal qual como nas nossas casas. Aconteceu no Instituto de Odivelas. E só foi possível pelo voluntariado das cozinheiras e alunas.
Fizemos os convites e distribuímos pelas instituições de apoio aos mais desfavorecidos, espalhadas pelo concelho, juntamos alguns que se encontram melhores na vida e quatro artistas de peso. Mexeram-se estes ingredientes com a varinha mágica e, como resultado alcançámos um recorde de sorrisos.
A nossa festa encerrou com Rui Bandeira, que se estreou a cantar em Odivelas, a sua terra, e com as sopranos Cátia Santos e Elisa Serralha, num espectáculo de elevada qualidade apresentado por Francisco Mendes, que sobressaiu pela sonoridade que só a Igreja do Mosteiro de S. Bernardo e S. Dinis permite.
Realço também a presença de algumas antigas alunas como Ilda Vieira, com 101 anos, e a convicção do coronel José Serra, Director do Instituto de Odivelas, em abrir a escola à comunidade odivelense, em partilhar os seus sucessos e momentos mais difíceis.
Foi possível organizar «Um Almoço por Um Sorriso» porque encontrámos estas condições e um conjunto de pessoas incríveis, de doadores que nem sequer estiveram presentes. Alguns fizeram representar-se por amigos: a solidariedade não se publicita, encorajasse. Mas eu não posso deixar de agradecer aos incansáveis:
Paulo Pires, criador dos restaurantes Paullus;
Albano Marques e Rui Marques;
Jorge Pires, do Grupo Arnaldo Dias e Forno da Cidade;
Paulo Lopes, gestor das pastelarias Espiga Dourada e El Rei D. Dinis;
Engº José Calapez, da Teocal:
Pedro Vicente, da Victoria Seguros;
João Coelho, da Farmácia Joleni.
Enorme também a colaboração da Paula Lopes, da Alferes Sara Paulino, Filomena Lourenço, do Coronel José Serra, do António Carlos Folgado, do Miguel Xara Brasil, Fernando Contumélias e, claro dos mentores Paulo Aido e José Maria Pignatelli.
Mas os parabéns são para todos os que, ontem, tiveram a capacidade de confraternizar, de trocar sorrisos e empolgarem-se com o espectáculo musical.
Afinal, é mesmo possível fazer bem e bem feito, tão-só pela comunhão de um conjunto de cidadãos. Oxalá que outros os saibam fazer de Norte a Sul do País sem recurso a estratagemas de onde possam sair favorecidos seja politicamente seja financeiramente.

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