25 - O MEU NATAL
É notório que nos últimos anos, devido a uma série de
factores, entre os quais a oferta e a capacidade financeira, tendo sido ela
real ou virtual, fomos criando uma sociedade muito materialista e consumista, que
é mais egocêntrica e egoísta, e por isso mesmo mais desumana.
No meio de tudo isso fomos perdendo a noção de solidariedade,
de partilha, de dádiva e também de algo que considero de capital importância, a
humildade e o espiritualismo.
Inclusive o Natal, não obstante ter
passado a ser vivido por muitos como uma época de encontros familiares e de
troca de presentes (muitas vezes de um exagero extremo), perdeu muito do seu
significado original, a qual é centrada precisamente no amor pelo próximo, na
paz, na partilha e na esperança.
Importa por isso perceber que para
além da angústia com que muitos de nós nos deparamos, por força das
circunstâncias, esta é uma das razões pela qual este ano muitos de nós estamos
ainda mais inquietos. De facto é desolador, sobretudo para aqueles que têm
filhos e/ou netos pequenos, olhar para o fundo da Árvore de Natal, a qual há
uns anos estava mais ou menos composta, e ver que este ano vai estar careca ou
quase careca.
Por certo que para muitos, eu não sou
excepção, neste aspecto, esta época vai ser mais triste e desoladora, por isso
mesmo, mais que nunca, há que recentrar o Natal na sua mensagem original,
vive-lo de uma forma mais intensa e espiritual.
É com este espírito, tentando encontrar
em cada um de nós a melhor forma de partilhar a mensagem de Natal, que vou
viver este período e estou certo que com pequenos gestos, com pequenos exemplos
que dê aos meus filhos e/ou ou com experiencias que partilhe com eles, que vou
chegar ao final desta quadra e vou sentir que lhes dei um grande presente.
Experimente fazer o mesmo!
Texto escrito para: Nova Odivelas - Coluna Pode Haver Luz.
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