“Por duas vezes aqui apelei para que se
promovesse um debate sério sobre a reforma da Administração Local no sentido
que a Assembleia Municipal e até mesmo o Executivo camarário emitissem
pronuncia sobre o futuro do território das freguesias do nosso Concelho”,
disse Paulo Aido a propósito do novo mapa com a divisão administrativa de
Odivelas decidido pela administração central e já publicado.
O
Vereador Independente, que fazia uma declaração durante a última reunião do
Executivo camarário, recordou: “A minha
primeira intervenção ocorreu precisamente há ano e meio por via de uma Moção -
aprovada por todos e, portanto onde todos terão de se rever - para que todas as
forças políticas e independentes representados nos Órgãos Autárquicos do
Concelho de Odivelas se empenhassem no debate da Reforma da Administração
Local, tanto mais que os eleitos na Assembleia da República, do Partido
Socialista, então no governo, e do Partido Social-Democrata, invocavam esta
temática com particular importância no futuro do País”.
O
autarca prosseguiu: “Nada se fez!
Deixámos a decisão nas mãos da Unidade Técnica para a Reorganização
Administrativa do Território. Odivelas perde três freguesias: Indica-se uma
redução de 7 para 4 freguesias. Mas o mais preocupante é reconhecer que o
território fica claramente mal reorganizado. Que se fez uma divisão
administrativa – passe a expressão - a “régua e esquadro”, numa resolução de gabinete,
sem prévio conhecimento da realidade territorial do Concelho de Odivelas”.
Para Paulo Aido, “morre na base os dois maiores partidos portugueses em preparar uma
reforma administrativa territorial que modernizasse o funcionamento deste
sector público de proximidade aos cidadãos, tantas
vezes anunciada durante o governo de José Sócrates, quer pelo Partido
Socialista quer pelo Partido Social Democrata”.
“Mantenho
a convicção – continuou - que seria
difícil encontrar unanimidade entre todos. Mas, seguramente, era possível
encontrar um compromisso que permitisse analisar mais racionalmente a
legislação que se evocou e invoca neste domínio que, independentemente das
leituras que se fizessem, abria claramente uma oportunidade para que o Concelho
de Odivelas pudesse ver diminuídas de 7 para 5 freguesias, em vez das 4 que
agora se anunciam”.
O autarca independente clarificou: “Com este despacho da Unidade Técnica para a
Reorganização Administrativa do Território, suportado por uma Lei coxa, será
legitimo questionar o futuro do nosso concelho, na política de proximidade num
território cada vez mais envelhecido e, consequentemente carenciado de serviços
de apoio fundamentais. Em boa verdade, a maioria dos
autarcas de Odivelas optaram apenas por se manifestarem contra a Lei. Aceitaram
deixar ao critério do poder central a divisão administrativa. Sabíamos todos
que o poder central tem, naturalmente, uma visão mais generalista e qui çá
técnica, que propriamente concordante com a nossa realidade territorial, onde
se impunha tempo para redesenhar novas fronteiras”.
“Mais
uma vez – concluiu - a luta política
sobrepôs-se aos interesses dos cidadãos, ao futuro do ordenamento do Concelho
de Odivelas. Lamento por isso!”
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