“Quando me disseram que o livro ia ser apresentado no 1º de Dezembro, feriado, fiquei preocupado mas depois até entendi a simbologia da data” disse Pedro Santana Lopes no início da apresentação do livro de Paulo Aido "A Confidente de Sá Carneiro", numa clara alusão à soberania do País face ao que se adivinha, com a crise financeira que nos obriga a uma cada vez maior dependência externa.
Sala cheia - mais de uma centena e meia de pessoas -, televisões e jornais em peso para a sessão de lançamento do livro de Paulo Aido, "A Confidente de Sá Carneiro", da editora Zebra no final da tarde de dia 1 de Dezembro, em Lisboa.
Apresentado por Pedro Santana Lopes e com o filho de Francisco Sá Carneiro na assistência - além de outros notáveis -, a dar um inequívoco sinal da importância deste livro para a memória do mítico líder do PPD/PSD, a sessão ficou marcada pelas palavras emotivas do ex-primeiro-ministro que recordou os tempos em que foi assessor de Sá Carneiro e conheceu de perto a forma verdadeira e vertical como ele fazia e vivia a vida política.
Pedro Santana Lopes afirmou que “esta publicação resulta de uma ideia curiosa – um livro feito a duas mãos e a uma voz, porventura num momento importante em que as pessoas falam cada vez mais em Francisco Sá carneiro, mesmo aquelas que nem sequer viveram na altura e isto talvez por ele ter vivido no tempo do combate pela liberdade”.
Servir é honroso
Santana Lopes referiu-se a Conceição Monteiro como uma pessoa especial que soube servir, soube ser leal e, acima de tudo, soube perceber que servir é honroso. Elogiou a lealdade de Conceição Monteiro para com Sá Carneiro, nos seus «momentos altos» e nos «momentos menos bons», e precisou que este teve «a vida feita num inferno por tantos daqueles que hoje fazem conferências sobre Francisco Sá Carneiro, tantos daqueles que viram as suas qualidades depois de ele morrer e não as conseguiram perceber enquanto ele era vivo».
Santana Lopes recordou um dos piores momentos aquele em que Sá Carneiro saiu da liderança do PPD/PSD e tinha com contra si «o Presidente da República, o Conselho da Revolução, as televisões que existiam, as rádios que existiam, a Capital [jornal], que era dirigida por Francisco Sousa Tavares, o Diário de Notícias estatizado, o Jornal de Notícias, todos os jornais, toda a imprensa, o CDS, que apoiava o Governo Mota Pinto mais do que Sá Carneiro, o PS, o PC”.
O apresentador social-democrata disse ainda que “Conceição Monteiro percebeu que entre os humanos há quem tenha a humildade e a capacidade de liderar e que alguns desses líderes podem ver antes sobre as competências políticas, económicas e sociais”.
“Um tempo em que os políticos não eram de plástico,
mas tinham valores e guiavam-se por eles"
Paulo Aido, por sua vez, referiu-se ao livro como sendo uma homenagem ao fundador do PPD/PSD e a Conceição Monteiro, "pela fidelidade e espírito de missão como sempre encarou o trabalho e a relação que manteve com Sá Carneiro". Este livro, acrescentou, "é um tributo a quem decidiu entregar o seu tempo para perpetuar a memória de um dos mais importantes políticos portugueses do século XX".
Conceição Monteiro, por sua vez, realçou a memória de Sá Carneiro, a forma impoluta com que encarou sempre os desafios da política e falou da enorme proximidade que estabeleceu com o presidente do PPD/PSD, justificando as palavras de Santana Lopes: "Este livro podia chamar-se também A Sombra de Sá Carneiro, tal foi a relação única vivida entre os dois".
Paulo Aido diria, em jeito de conclusão, que o livro remete-nos para "um tempo em que a política era feita de verticalidade, de valores, em que os políticos não eram de plástico, mas tinham valores e guiavam-se por eles".
Sala cheia - mais de uma centena e meia de pessoas -, televisões e jornais em peso para a sessão de lançamento do livro de Paulo Aido, "A Confidente de Sá Carneiro", da editora Zebra no final da tarde de dia 1 de Dezembro, em Lisboa.
Apresentado por Pedro Santana Lopes e com o filho de Francisco Sá Carneiro na assistência - além de outros notáveis -, a dar um inequívoco sinal da importância deste livro para a memória do mítico líder do PPD/PSD, a sessão ficou marcada pelas palavras emotivas do ex-primeiro-ministro que recordou os tempos em que foi assessor de Sá Carneiro e conheceu de perto a forma verdadeira e vertical como ele fazia e vivia a vida política.
Pedro Santana Lopes afirmou que “esta publicação resulta de uma ideia curiosa – um livro feito a duas mãos e a uma voz, porventura num momento importante em que as pessoas falam cada vez mais em Francisco Sá carneiro, mesmo aquelas que nem sequer viveram na altura e isto talvez por ele ter vivido no tempo do combate pela liberdade”.
Servir é honroso
Santana Lopes referiu-se a Conceição Monteiro como uma pessoa especial que soube servir, soube ser leal e, acima de tudo, soube perceber que servir é honroso. Elogiou a lealdade de Conceição Monteiro para com Sá Carneiro, nos seus «momentos altos» e nos «momentos menos bons», e precisou que este teve «a vida feita num inferno por tantos daqueles que hoje fazem conferências sobre Francisco Sá Carneiro, tantos daqueles que viram as suas qualidades depois de ele morrer e não as conseguiram perceber enquanto ele era vivo».
Santana Lopes recordou um dos piores momentos aquele em que Sá Carneiro saiu da liderança do PPD/PSD e tinha com contra si «o Presidente da República, o Conselho da Revolução, as televisões que existiam, as rádios que existiam, a Capital [jornal], que era dirigida por Francisco Sousa Tavares, o Diário de Notícias estatizado, o Jornal de Notícias, todos os jornais, toda a imprensa, o CDS, que apoiava o Governo Mota Pinto mais do que Sá Carneiro, o PS, o PC”.
O apresentador social-democrata disse ainda que “Conceição Monteiro percebeu que entre os humanos há quem tenha a humildade e a capacidade de liderar e que alguns desses líderes podem ver antes sobre as competências políticas, económicas e sociais”.
“Um tempo em que os políticos não eram de plástico,
mas tinham valores e guiavam-se por eles"
Paulo Aido, por sua vez, referiu-se ao livro como sendo uma homenagem ao fundador do PPD/PSD e a Conceição Monteiro, "pela fidelidade e espírito de missão como sempre encarou o trabalho e a relação que manteve com Sá Carneiro". Este livro, acrescentou, "é um tributo a quem decidiu entregar o seu tempo para perpetuar a memória de um dos mais importantes políticos portugueses do século XX".
Conceição Monteiro, por sua vez, realçou a memória de Sá Carneiro, a forma impoluta com que encarou sempre os desafios da política e falou da enorme proximidade que estabeleceu com o presidente do PPD/PSD, justificando as palavras de Santana Lopes: "Este livro podia chamar-se também A Sombra de Sá Carneiro, tal foi a relação única vivida entre os dois".
Paulo Aido diria, em jeito de conclusão, que o livro remete-nos para "um tempo em que a política era feita de verticalidade, de valores, em que os políticos não eram de plástico, mas tinham valores e guiavam-se por eles".
O livro vai ter uma segunda apresentação, desta vez a cargo de Paulo Portas, lider do CDS e decorrerá em Odivelas, onde o autor viveu e é Vereador Independente da Câmara Municipal.
José Maria Pignatelli
José Maria Pignatelli
1 comentário:
A apresentação foi fantástica. Fizeram-se alguns comentários dignos de registo. Recordo aquela máxima de "servir é honroso" e de que a lealdade não se publicita, ela encerra no silêncio. Gostei também das intervenções humildes de Conceição Monteiro e do autor Paulo Aido que nos habituou a maior descrição, mas que deu a entender que vivemos numa era que até a política é de plástico... Muito bem!
Apenas um senão - a ausência dos líderes do PSD de Odivelas já que falamos de um livro escrito por um Vereador da Câmara de Odivelas que, ainda que independente, esteve ao lado deles na coligação que acabou derrotada. Houve excepções: estiveram lá muitos militantes e simpatizantes odivelenses e também notei a presença do vice-presidente da Freguesia de Odivelas Pedro Martins. Acredito que o autor - que prima pela educação - tenha convidado os Vereadores do Executivo... mas talvez se possa compreender a ausência, por uma questão de ambiente. Em todo o caso valha-nos Santo António - estamos em 2010 e nestas coisas não há nem pode haver partidarites, tanto mais que o livro não é uma peça política ou manifesto de doutrina alguma, antes uma história de um personagem que perdeu a vida aos 46 anaos e prestou elevado serviço público ao País. Era bonito que houvesse este entendimento. Até por lá vi um socialista que recordo vê-lo com as lágrimas a cair no dia do acidente de Camarate.
Por vezes penso que ainda estou vivendo na idade média.
De qualquer forma parabéns ao autor, a Conceição Monteiro e a Perdro Santana Lopes.
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