Paulo Portas apresentou em Odivelas “A Confidente de Sá Carneiro” do autor Paulo Aido. Uma semana depois do lançamento oficial da publicação em Lisboa, o Forno da Cidade encheu-se para ouvir o líder do CDS, o autor e naturalmente Conceição Monteiro.
Mais de uma centena de pessoas ouviram Paulo Portas fazer um brilhante resumo da obra, demonstrando claramente que leu e releu “A Confidente de Sá Carneiro” talvez por ter sido um jovem militante do então PPD até Francisco Sá Carneiro ter perdido a vida.
Portas afirmou que “este livro tem a enorme vantagem de se ler facilmente, de ser um testemunho muito bem contado, não ser maçador e muito diferente do que já se escreveu sobre Sá Carneiro”.
O líder do CDS esclareceu que o trabalho de Paulo Aido “começa com o despertar de Sá Carneiro num discurso televisivo e acaba no fatídico acidente de Camarate numa compilação muito bem escrita porque relata também a história de uma profunda amizade entre Conceição Monteiro e Sá Carneiro que mantiveram uma cumplicidade extraordinária demonstrativa da lealdade, convicções e trabalho intenso entre duas pessoas”.
Paulo Portas recordou a sua profunda amizade desde adolescente com Conceição Monteiro e pormenores que disse “nem os mais novos hoje conseguem entender porque apesar de então já se ter feito a revolução, os partidos tiveram imensas dificuldades em se formar e organizar (…) era quase como se existissem na clandestinidade”.
Sá Carneiro tinha um magnetismo inusitado
que não se compra nos supermercados…
Era ímpar e genuíno
O apresentador lembrou que foi seguidor incondicional de Francisco Sá Carneiro e que foi o mítico líder do PPD que, através de Conceição Monteiro, lhe mandou entregar uma ficha de militante assinada por ele e que só entrou no CDS após a sua morte.
Para o líder do CDS, “Sá Carneiro tinha um magnetismo inusitado que não se compra nos supermercados, nem em lado nenhum… Era ímpar e genuíno”
E acrescentou: “Sá Carneiro apesar de estar claramente ligado à luta pela liberdade teve a coragem de fazer acreditar centenas de milhares de portugueses que o novo ciclo pós 25 de Abril não era feito só de revolucionários e era sua convicção de que Portugal tinha de ser um País civilizado, integrado no contexto europeu e gerador de oportunidades”-
“A Confidente de Sá Carneiro” - para Paulo Portas - “é um trabalho muito bem feito por Paulo Aido que testemunha ainda que então a política levou pessoas a colocar em risco as suas carreiras profissionais vidas pessoais porque entraram nela no propósito de servir o País a troco de nada”.
Paulo Aido, o autor do livro, reviu-se nas palavras do líder do CDS para afirmar ter percebido que “a política deve ser feita por pessoas com a capacidade de Francisco Sá Carneiro, com espírito de missão, em prol dos cidadãos” – precisando que - “enquanto vereador na Câmara de Odivelas o procura fazer sempre porque se assim não for então não valerá a pena prestar serviço público”.
O autor disse que “este livro é simultaneamente uma homenagem ao fundador do PPD/PSD e a Conceição Monteiro pela fidelidade e espírito de missão como sempre encarou o trabalho e a relação que manteve com Sá Carneiro".
Segundo Paulo Aido o livro "é um tributo a quem decidiu entregar o seu tempo para perpetuar a memória de um dos mais importantes políticos portugueses do século XX".
Conceição Monteiro, por sua vez, realçou a saudade que tem de Sá Carneiro, de ter convivido e trabalhado durante seis anos – entre 1974 e 1980 – com um dos melhores estadistas portugueses do século passado, realçando inclusivamente que “foram porventura os seis melhores anos da sua vida, de um período de trabalho intenso, sem descanso e vida familiar”
Conceição Monteiro agradeceu à sua irmã “a enorme compreensão e ajuda prestada para que nada faltasse à sua família e a seus pais nesse período”.
José Maria Pignatelli
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