9.12.10

Paulo Portas elogiou "A Confidente de Sá Carneiro"










Em Odivelas a apresentação do livro de Paulo Aido foi um êxito

Paulo Portas apresentou em Odivelas “A Confidente de Sá Carneiro” do autor Paulo Aido. Uma semana depois do lançamento oficial da publicação em Lisboa, o Forno da Cidade encheu-se para ouvir o líder do CDS, o autor e naturalmente Conceição Monteiro.

Mais de uma centena de pessoas ouviram Paulo Portas fazer um brilhante resumo da obra, demonstrando claramente que leu e releu “A Confidente de Sá Carneiro” talvez por ter sido um jovem militante do então PPD até Francisco Sá Carneiro ter perdido a vida.

Portas afirmou que “este livro tem a enorme vantagem de se ler facilmente, de ser um testemunho muito bem contado, não ser maçador e muito diferente do que já se escreveu sobre Sá Carneiro”.

O líder do CDS esclareceu que o trabalho de Paulo Aido “começa com o despertar de Sá Carneiro num discurso televisivo e acaba no fatídico acidente de Camarate numa compilação muito bem escrita porque relata também a história de uma profunda amizade entre Conceição Monteiro e Sá Carneiro que mantiveram uma cumplicidade extraordinária demonstrativa da lealdade, convicções e trabalho intenso entre duas pessoas”.

Paulo Portas recordou a sua profunda amizade desde adolescente com Conceição Monteiro e pormenores que disse “nem os mais novos hoje conseguem entender porque apesar de então já se ter feito a revolução, os partidos tiveram imensas dificuldades em se formar e organizar (…) era quase como se existissem na clandestinidade”.


Sá Carneiro tinha um magnetismo inusitado

que não se compra nos supermercados…

Era ímpar e genuíno


O apresentador lembrou que foi seguidor incondicional de Francisco Sá Carneiro e que foi o mítico líder do PPD que, através de Conceição Monteiro, lhe mandou entregar uma ficha de militante assinada por ele e que só entrou no CDS após a sua morte.

Para o líder do CDS, “Sá Carneiro tinha um magnetismo inusitado que não se compra nos supermercados, nem em lado nenhum… Era ímpar e genuíno
E acrescentou: “Sá Carneiro apesar de estar claramente ligado à luta pela liberdade teve a coragem de fazer acreditar centenas de milhares de portugueses que o novo ciclo pós 25 de Abril não era feito só de revolucionários e era sua convicção de que Portugal tinha de ser um País civilizado, integrado no contexto europeu e gerador de oportunidades”-
A Confidente de Sá Carneiro” - para Paulo Portas - “é um trabalho muito bem feito por Paulo Aido que testemunha ainda que então a política levou pessoas a colocar em risco as suas carreiras profissionais vidas pessoais porque entraram nela no propósito de servir o País a troco de nada”.
Paulo Aido, o autor do livro, reviu-se nas palavras do líder do CDS para afirmar ter percebido que “a política deve ser feita por pessoas com a capacidade de Francisco Sá Carneiro, com espírito de missão, em prol dos cidadãos” – precisando que - “enquanto vereador na Câmara de Odivelas o procura fazer sempre porque se assim não for então não valerá a pena prestar serviço público”.
O autor disse que “este livro é simultaneamente uma homenagem ao fundador do PPD/PSD e a Conceição Monteiro pela fidelidade e espírito de missão como sempre encarou o trabalho e a relação que manteve com Sá Carneiro".
Segundo Paulo Aido o livro "é um tributo a quem decidiu entregar o seu tempo para perpetuar a memória de um dos mais importantes políticos portugueses do século XX".
Conceição Monteiro, por sua vez, realçou a saudade que tem de Sá Carneiro, de ter convivido e trabalhado durante seis anos – entre 1974 e 1980 – com um dos melhores estadistas portugueses do século passado, realçando inclusivamente que “foram porventura os seis melhores anos da sua vida, de um período de trabalho intenso, sem descanso e vida familiar

Conceição Monteiro agradeceu à sua irmã “a enorme compreensão e ajuda prestada para que nada faltasse à sua família e a seus pais nesse período”.


José Maria Pignatelli






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