Por ordem de D. Manuel I, Damião de Góis encomendou a um iluminista flamengo a execução da árvore genealógica dos reis de Portugal. Era um vasto conjunto de iluminuras, de que só existem 11 folhas.
A folha número 4 é a do rei D. Dinis, que ontem ofereci aos visitadores deste blog.
Esta maravilha da arte flamenga está hoje no museu Britânico, porque em 1843 a vendemos ao adido inglês Newton Smith, por 40 libras esterlinas, que depois a vendeu por 60 guinéus ao museu. Desde então, os chamados "Portuguese Drawings", estão considerados como uma das suas famosas preciosidades.
Este destino foi semelhante ao de muitas outras obras de arte, que de Portugal partiram para sempre, assim se forjando, por desleixo ou baixos interesses, a relativa pobreza das nossas colecções de arte.
Quem não se lembra do recente desaparecimento de jóias que foram da Coroa Portuguesa, as quais estavam à guarda do Palácio da Ajuda, que autorizou a sua saída para uma exposição e desapareceram sem que se tivessem pedido responsabilidades?
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