9.3.11

Quando o homem do apito exagera

O futebol ao mais alto nível também é muitas vezes mal tratado. Ontem, o Barcelona foi claramente ajudado na eliminação dos britânicos do Arsenal.
Os ingleses bem se podem queixar da expulsão prematura de Van Persie por ter chutado para a baliza no mesmo segundo que o árbitro apitou um fora-de-jogo já de si “tirado a ferros”. Obviamente que o holandês não ouviu o apito no meio de um infernal ruído produzido pelos 100 mil espanhóis que se encontravam nas bancadas. Nem ele nem ninguém, nem mesmo os que seguiam a transmissão televisiva.
Depois uma grande penalidade inexistente, porque o jogador do clube inglês cortou a bola e não entrou à perna do adversário. Inevitável que a velocidade do lance provocaria o contacto.
E se este infortúnio não bastasse o treinador francês do Arsenal, Arsène Wenger será alvo de um inquérito disciplinar da UEFA pela contestação que fez considerada conduta menos própria para um técnico.
Pois é ter o melhor jogador do mundo ajuda bastante e é um excelente meio de publicidade para as eliminatórias seguintes. Já o ano passado o reinado do Barcelona foi atropelado pelo Internacional de Milão de José Mourinho que, contra tudo e todos, voltou a conquistar uma Liga dos Campeões.
Naturalmente que não devemos tirar o mérito à equipa espanhola recheada de excelentes executantes. Mas não será menos verdade que se deram ao luxo de jogar demasiado abertos, arriscando tudo, muito por força de terem percebido que a expulsão de Persie fez moça. Provavelmente, onze contra onze, a música teria sido diferente.

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