18.3.11

Internet e Limites

À Luz da Psicologia
Os mais jovens utilizam a internet com grande facilidade, ao ponto de espantarem alguns adultos.
Evitando alarmismos, importa dizer que apesar dos perigos que contêm a Internet é fascinante e útil. Portanto, devemos entender como podemos usar esta ferramenta fantástica para o crescimento dos jovens sem correr riscos e sem os proibir de a utilizar.
Um dos obstáculos muitas vezes apontado é o desconhecimento dos pais face à matriz da Internet.
Chegados aqui importa dizer que os pais devem aprender o indispensável sobre o funcionamento da Internet. Por exemplo, o pequeno detalhe do histórico sobre o qual devem interrogar os filhos e deixando bem claro se este for apagado eles irão ficar privados da Internet.
E não tem mal nenhuns os pais assumirem esta posição assertiva, na medida em que não se deve confundir liberdade com libertinagem. Os pais não só têm o direito de controlar o que os filhos fazem como têm essa obrigação.
Outro aspecto merecedor de atenção é o facto de os jovens ficarem demasiado tempo no quarto focados num computador quando precisam estar junto dos pais na sala. E se ao inicio poderá parecer um sacrifício, passadas algumas semanas vão notar a satisfação dos filhos estarem junto dos pais.
Nos dias que correm, a Internet ainda é vista como uma possibilidade de comunicar e é recorrente ouvir-se que o filho está no seu quarto ao computador (horas infindáveis) a conversar com os amigos. Conversar? Conversar é estar ao lado dos amigos, é ser confrontado com opiniões distintas, é ter de lidar com alguma crítica ao que se disse, é ouvir o que os outros gostaram ou não gostaram, é estar perto e permitir o toque, se for caso disso.
Através da Internet, a capacidade de expressão é limitada e no futuro, quando estiverem na presença de alguém, não têm capacidade de se relacionar porque, afinal de contas, passaram anos de uma forma escondida, evitando muitas vezes o nome verdadeiro.
É fundamental estabelecer limites.
Em casa é para conversar ou ouvir as conversas dos pais. Conversar com os amigos é, sobretudo, na escola quando estão nos intervalos ou quando saem com eles. Outro aspecto importante é o Facebook e o desejável é que o filho o utilize e experimente mas que os pais estejam na sua lista de amigos.
Isto é um controlo grande sobre os filhos, mas os adolescentes que sempre foram mais acompanhados e controlados são aqueles que se sentem mais vinculados aos pais. Não temos de confundir controlo com ditadura.

Mauro Paulino - Psicólogo Clínico - www.mauropaulino.com

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