RTP em directo, uma tarde inteira, mostrou uma Feira e uma cidade.
Em Portalegre reinventa-se o futuro depois da falência da indústria têxtil. A uma só voz procuram-se soluções de sobrevivência contra a interioridade e outros males.
Os claustros do Convento de Santa Clara de Portalegre são o palco da 6ª Feira de Doçaria Conventual, um acontecimento que reúne mais de vinte doceiros nacionais e alguns estrangeiros. A aposta deste evento é mostrar a vantagem competitiva que é - e sempre será - promover produtos de qualidade e genuínos numa era de globalização.
A RTP deu uma ajuda a recordarmos Portalegre, a terra de José Régio e do arquitecto Souto Moura recentemente distinguido com o maior galardão internacional da arquitectura – transmitiu o seu “Programa das Festas”, das tardes de sábado, em directo daquela cidade.
Para os promotores, esta é uma das ocasiões da cidade divulgar a sua gastronomia, cultura, monumentalidade e museologia e o trabalho que se tem realizado em torno da sua conservação.
É porventura uma oportunidade de sair do esquecimento provocado pela interioridade, mas também momento importante para atrair as atenções de quase meio milhão de espanhóis que vivem muito próximos daquela cidade portuguesa, apesar das acessibilidades para Espanha ficarem aquém das expectativas, mesmo de facilitar a proximidade física entre populações.
Para além de um conjunto de actividades em torno desta feira de doces e licores, acontece uma exposição intitulada “A Arte de bem iluminar: do Azeite ao LED”. Como não podia deixar de ser é inevitável não se falar de azeite em Portalegre, da sua produção de oliveiras de sequeiro que dão o melhor azeite do planeta, só possível na Beira interior, em Trás-os-Montes e na Grécia.
Mas a RTP passeou os telespectadores pela cidade e mostrou-nos talvez o melhor museu de arte contemporânea do interior do País – o Museu da Tapeçaria Guy Fino, uma homenagem ao património artístico nacional representado pelas Tapeçarias de Portalegre, um género único que se tornou muito conhecido a partir de 1947. O nome de Guy Fino, um profundo conhecedor da indústria de lanifícios, foi atribuído para prestar uma homenagem justa a quem definitivamente integrou Portalegre e Portugal na lista dos maiores e melhores produtores internacionais de Tapeçaria.
Sem comentários:
Enviar um comentário